— Eu nunca vou te perdoar pelo que você fez.- Disse me deitando na cama.
— Mais não fui eu. Foi o Daniel!- Marcelina se defendeu.
— Mais foi você quem deu a ideia, Marcelina.- Deixa de ser intrometida, Carmen.
— Ninguém te chamou na conversa, Carmen.
Carmen me olhou incrédula.
— Não precisa falar com ela assim, S/a.- Marcelina defendeu Carmen.- Mais agora, como foi lá dentro?- Pergunta em voz baixa se aproximando.
— Marcelina, eu já te disse tudo que tinha que dizer.- Respondo.
— Ah, mas você não disse tudo. Me conta os detalhes.
— Foi o que eu disse. A gente fez as pazes.- Falei alto.
— Mais isso você já falou.
— E o que você esperava que eu dissesse?
— Que vocês se...- Nem termine.
— Marcelina, nem termina essa frase.- A interrompi.
— Dá pra as gralhas falarem mais baixo? Eu estou tentando tirar o meu sono da beleza!- Reclamou Maria Joaquina levantando seu tapa olho.
QUEBRA DE TEMPO
— Meu mundo acabou!- Maria Joaquina gritou, juntamente de Carmen e Marcelina.
Cocei meus olhos, e vi Maria Joaquina sair correndo com uma gosma rosa na cabeça.
— O que aconteceu?- Gritei.
— Colocaram geleca rosa no chuveiro!- Marcelina gritou de volta.
— E na torneira também!- Completou Carmen.
Saí correndo atrás de Maria Joaquina junto de todas as meninas do alojamento.
— Polícia! Bombeiro!- Olívia gritou junto de Graça.
Vi os meninos correrem do alojamento também. Mário e Adriano estavam com a mesma gosma rosa na cabeça, igual a Maria Joaquina.
— Elas estão me seguindo!- Maria Joaquina gritou vendo uma enorme quantidade de baratas subindo pelas paredes.
QUEBRA DE TEMPO
— Oxente... Logo agora que eu estava começando a pegar o jeito desse negócio de acampamento.- Graça fungou, e Campos abaixou a cabeça.- Tchau, Seu Campos. Bigodinho - Sorriu, e entrou no ônibus.
Paulo deu um passo a frente, e Sr. Campos estendeu a mão para o menino bater.
Logo em seguida, Paulo entrou no ônibus juntamente de Kokimoto.
— Minha neta!- Campos disse abraçando Alícia.
— Vô, vai ficar tudo bem, viu?- Falou Alícia com a voz embargada.
— Mas ficar bem o quê? Está tudo bem.- Beijou a cabeça da menina.- Boa viagem.
— Obrigada.- Respondeu entrando no ônibus.
— Sr. Campos, sabe que quando eu cheguei aqui, achei que o senhor era um irresponsável.- Olívia exclamou.
— E agora a senhora tem certeza?- Perguntou desanimado.
— Tenho, tenho certeza que ninguém melhor do que o senhor para tomar conta de um acampamento, viu?- Sorriu e estendeu a mão, para um cumprimento.- Até a próxima. Um selinho!- Puxou Campos para um beijo rápido.
Entrei no ônibus com Marcelina seguida de Olívia.
Marcelina se sentou junto a Laura, deixando o assento ao lado de Jaime livre para mim.
Ao contrário da ida, todos ficaram calados, não sabia se comemorava por ter o silêncio presente naquele ônibus, ou se ficava triste, pelo motivo dele.
— Nem em um momento tão triste você para de comer?- Quebro o silêncio perguntando a Jaime ao meu lado, que comia um sanduíche.
— Essa tristeza só me dá mais fome.- Responde seco logo após um suspiro.
Deito a cabeça em seu ombro, e Jaime faz o mesmo, deitando sua cabeça na minha.
— Quer?- Mostra seu sanduíche. Apenas nego com a cabeça.
De repente, vejo Maria Joaquina correndo pelo ônibus atrás de Olívia.
— Para, motorista! Para o ônibus! Para. Para!- Gritou Olívia.
QUEBRA DE TEMPO
— O que aconteceu, Alícia?- Alan pergunta preocupado.
— A gente descobriu um negócio que pode salvar o Panapaná!- Alícia exclamou animada.
— Tá, mas, o acampamento está fechado, vocês não podem ficar.
— E quem falou em acampamento? Eu convidei meus amigos para passar uns dias no sítio do meu avô. Isso, por acaso, é contra a lei?- Colocou as mãos na cintura.
— Gostei! Garota inteligente. Então vamos avisar o seu avô. Ele está lá na sala dele.
Todos os alunos correram para dentro do acampamento.
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NEVERMIND • Jaime Palillo •
Fanfic[CANCELADA] (de novo rsrs) Um garoto, uma garota, dois rivais. Será que com a ajuda dos amigos, essa dupla de inimigos viram amigos, ou até mesmo algo a mais?