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09. Estudos na Biblioteca

Scarlett fechou a porta da sala comunal e seguiu em direção a biblioteca. Apertou os livros contra si enquanto caminhava.

Ajudar um colega. Isso que ela iria fazer. Nada mais, nada menos.

Sua mente divagou tanto que em um piscar de olhos, ela já tinha chegado na biblioteca.

— Boa noite, madame Pince. — a garota cumprimentou.

— Boa noite Scarlett.

E ela foi se sentar em uma mesa vazia.

Enquanto arrumava seus livros, cadernos e penas, Theo passou pela porta da biblioteca.

Ele tinha um cabelo curto e usava óculos de armação transparente. Vestia o uniforme da Corvinal e também segurava vários livros.

— Oi. — ele disse enquanto sentava na cadeira vazia.

— Oi, você quer começar por qual matéria? Não temos muito tempo até o toque de recolher.

— Acho que poções... Tudo bem?

— Aham. Vou te fazer algumas perguntas, ok?

— Pode ir.

Scarlett pegou seu caderno e abriu em uma página qualquer.

— Poção do Esquecimento. Me explica ela. — Scarlett passou os dedos pela página.

— É uma poção que tem efeito de esquecer lembranças e acontecimentos do passado. Os ingredientes, além de água, são duas gotas de água do Rio Leto, quatro bagas de Visgo, dois ramos de Valeriana e 1 ramo fresco de Papoula Sonífera.

— Ótimo. Só não esquece que as lembranças tem que serem de ocorridos recentes. E o ramo fresco de Papoula Sonífera precisa ser com cápsula.

— Vou lembrar. — Theo aproximou sua cadeira a de Scarlett. Que quase no mesmo segundo, teve a reação de afastar sua cadeira.

Ela reteve a vontade de fazer uma careta e folheou seu caderno.

— Poção da Memória, Filtro dos sonhos... Tem alguma que você não sabe?

— Na verdade, não.

A garota o encarou.

— Você quer estudar outra matéria?

Theo alternou em olhar o caderno e olhar Scarlett.

— Também não...

A garota segurou o ímpeto de fugir.

— Olha, se você não precisa de ajuda em nenhuma matéria...

— Você tem olhos bonitos, Scarlett.

Ela respondeu com um sorriso fraco e falso.

— Theo, eu realmente acho que a gente devia estudar...

— Ok. Qualquer coisa que você quiser me ensinar eu posso escutar com prazer. — ele apoiou a cabeça com uma mão.

— Não é assim que funciona...

— Então me explique. Como funciona? — Theo olhou tão fundo nos seus olhos que Scarlett cogitou que ele poderia ter lido seus pensamentos.

Pronto. Aquilo foi demais. Não estava preparada para nada daquele tipo e não estava nem um pouco interessada em ver até onde aquele conversa iria.

— Eita! Olha a hora. — Scarlett apontou para o relógio. — Acho que é minha deixa para ir embora. — pegou seus materiais na mesa e os segurou contra o peito. — Obrigada Theo, a gente remarca para outro dia, ok?

Não entendeu o motivo de estar agradecendo muito menos esperou o corvino responder.

Seguiu em passos apressados e nem olhou para trás.

Assim que saiu da biblioteca, suspirou de alívio.

Talvez devesse se sentir mal de ter deixado o garoto sozinho, sem nenhuma resposta. Mas apenas chegou em uma conclusão que ele iria ficar bem e que tinha muito mais coisas para se preocupar do que um garoto que mal a conhece a sabe apenas fazem comentários sobre sua aparência.

Treinos extras de quadribol, Scorbus, cuidar dos amigos, se comportar, se alimentar bem, permanecer sã... Scarlett definitivamente tinha coisas mais importantes para colocar seu foco.

Só quando parou no andar de quadros percebeu que não sabia para aonde estava indo.

Cogitou voltar para a comunal mas não queria lidar com seus companheiros falando sobre Theo e como ela os abandonou em uma noite de jogos. Que acima de tudo, era verdade.

Então seguiu para o corujal.

Quando chegou, abraçou o próprio corpo por causa do frio. Sentou no chão de mármore e ficou observando o céu.

— Ia ser legal se alguma de vocês me escutasse, para variar. — ela disse para as estrelas.

Ficou bastante tempo lá.

Seus pensamentos foram e voltaram várias e várias vezes.

Quando percebeu, já estava na hora do toque de recolher. Preciava voltar para a comunal.

Scar juntou seus livros do chão e se levantou. Dando uma pequena corridinha, saiu do corujal.

Ela andava em um misto de cautela e velocidade. Rápida o bastante para chegar cedo e cautelosa o suficiente para não ser pega por monitores.

Quando finalmente chegou nas masmorras, viu um vulto na entrada da sala comunal e sentiu sua espinha gelar.

Por favor, que não seja nenhum monitor.

Ela costumava não se preocupar com coisas assim, mas desde que sua permissão para Hogsmeade esteve em jogo, procurou ser mais discreta e se esforçar mais para permanecer na linha.

A pessoa sem identidade andava com a mesma cautela de Scarlett. Eram passos silenciosos e ágeis.

A garota se encolheu para trás de um pilar, realmente não queria ser descoberta.

— Aí caramba. — e um barulho de algo caindo no chão foi escutado.

Scarlett reconheceu a voz.

— Albus?

Seu amigo estava na frente da porta da comunal sonserina, juntando velas do chão que tinha acabado de derrubar.

— Oi Scar. — Potter respondeu na maior naturalidade. — Vem sempre aqui?

— Eu basicamente moro aqui... E você também. — Scarlett estreitou os olhos. — O que você está fazendo?

O garoto suspirou.

— Scorpius está com fome.

— Isso não é o suficiente.

— Eu pensei em ir na cozinha e convencer algum elfo a me dar um bolinho de baunilha. — ele devolveu as velas para seus lugares. — Isso é o suficiente?

A garota riu.

— É sim.

Scarlett abriu a porta da comunal e colocou seus livros dentro, antes de a fechar novamente.

Albus a encarou confuso.

— Vou com você, faz tempo que a gente não conversa sozinhos.

O garoto sorriu.

— Verdade.

notas da autora

oi gente
eu sei que esse capítulo foi bem curto e entediante mas eu juro que ele foi necessário para o desenvolvimento futuro da história

eu já mencionei isso antes mas queria enfatizar
de 5 em 5 capítulo eu vou fazer um capítulo com conteúdos extra sobre os personagens, eles vão começar a partir do capítulo 10

as aulas de vocês já começaram??
enfim tchau até semana q vem

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