— Tive uma ideia! — o sorriso que ele dá ao exclamar isso me faz pensar que há grandes chances de eu não gostar, mas ele vai falar mesmo assim. — Se lembra quando a gente falou de ir ao motel?
— Hm.
— Por que a gente não vai?
— Porque eu estou de greve — reviro os olhos. — Sem sexo até você pedir desculpas.
— Eu não peço desculpas — põe as mãos espalmadas no meu peito e olha-me com os olhos falsamente inocentes. — Eu falo: poderia ter dito o que pensava de uma maneira que você não percebesse o insulto.
— Quando você diz isso eu só penso: por favor, volte para o seu país, por favor, saia da minha frente. Você me transformou num xenofóbico — apoio a nuca no recosto do sofá e olho-o meio abobado.
— Eu vou te denunciar, já falei — toca gentilmente meu nariz e começa a cutucar. — Aliás, cadê meu beijo?
— Vai ficar sem.
— Muito castigo de uma vez só, Taeyong — faz uma careta super fofa que deixa seu nariz enrugadinho.
— Você está lindo, sabia? — mudo de assunto só para provocar. — Está assim todo produzido por quê? Com certeza não é para mim, porque não sou tão especial ao ponto de você se arrumar todo assim.
— Tem razão — estala a língua no céu da boca e eu rio com o fato de ter concordado. — Eu estava gravando um comercial de chá gelado e vim direto para cá. Mas essas roupas são minhas mesmo, eu gosto de me vestir bem para me dar confiança a mais.
— E como foi lá? Você gostou?
— Uhum — sua mão direita deita no topo da minha cabeça e ele começa a fazer um carinho gostoso. — Você vai ver o resultado na televisão. Vou ganhar chá de graça por bastante tempo também. E eu fiquei bem fofo.
— Você é bem fofo — me desencosto do sofá para abraçá-lo forte. — E lindo. E cheiroso. E é bem o amor da minha vida.
— Eu sou o amor da sua vida?
— Está duvidando?
— A vida é muito longa para ter só um amor.
— Então fazemos assim: você é um dos amores da minha vida. Gostou?
Ele parece ponderar por alguns segundos. Enfim, conclui:
— Não, eu gosto de ser único.
— Vai tomar no cu, Chittaphon — dou uma chacoalhada no seu corpo e ele ri graciosamente daquele jeitinho que fecha os olhos.
— Vamos ao hotel... Motel, na verdade. Merda de palavras parecidas — ainda está rindo quando fala isso. — Hm? Vamos?
— Então não vamos transar, porque você não pediu desculpas.
— Tá bom. Vamos ao motel e não vamos transar — ele diminui um pouco o riso para me olhar atentamente. Isso está com cara de cilada, mas vou pagar pra ver as artimanhas dele. — Juro.
— Qual sentido de ir ao motel e não transar?
— Você não disse que queria ir ver como é?
— Hm — estreito os olhos, investigando sua expressão. Uma falsa inocência é tudo que borda o rosto desse desgraçado. Vou comprar o jogo dele. — E o que vamos fazer lá?
— Sei lá... Jogar cartas? Poker? Eu te ensino a jogar. Você tem um baralho aqui? — ele prontamente se levanta do meu colo e vai caminhando até meu quarto.
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crises et chocolat༶✎༶tae. ten
Fanfiction✎ ༶ ❝ taeyong prefere chocolates, ainda que venda flores ❞ ༶ ✎ ༶༶ ten carrega suas crises, ainda que lhe tragam dores ༶༶ ➴ cover and plot by me, myself and i. ༶nct {℠} fanfiction ➴ continuação da fanfic "thé et fleurs" ➴ dois capítulos p/semana...