nós 'tamo muito patrão hoje

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— Ai, que suquinho bom... — Doyoung comenta, após beber um longo gole do suco de laranja que fiz para eles após o almoço. — Amo melancia, nham-nham... Aê, galera, nós 'tamo muito patrão hoje, né?

Estamos todos no terraço, pegando o mísero sol que apareceu hoje, deitados na espreguiçadeira e até mesmo nadando na piscina. Eu mesmo aproveitei para enfiar a cabeça na água, já que provavelmente mais tarde não vou ter tempo nem paciência. Lá se foi todo o meu penteado.

— Vem cá, por que vocês vieram de manhã mesmo? — questiono. Nado até a borda esquerda da piscina, onde se encontra Dodo. — Eu não aguento mais vocês.

— Você nos ama, pornocu — Yuta sorri, batendo os pés dentro da água enquanto está sentado na beirada da piscina. — Vem cá. Me diz se você acha que eu devo postar...

— Que é? — nado devagarinho até ele, que estende o celular para me mostrar uma foto dele na piscina. A questão é que a bunda do Yuta não é tão grande quanto aparece na foto. — Que foto é essa, Yuta? Sua bunda não é desse tamanho, não.

— Um pouco de photoshop não faz mal a ninguém — ele dá de ombros e bloqueia o celular. — Vou postar assim mesmo.

— Você sabe que todo mundo que te conhece sabe disso, né?

— E quem se importa? Ninguém fala dos filtros que você põe nas fotos de comida pra mascarar a aparência delas.

— Minhas comidas são bem bonitas, eu não ponho filtro pra isso — bato a mão na água e faço questão de respingar na cara dele.

— Ok, ok... Vamos diminuir as interações entre vocês dois, antes que o Ten realmente mate Yuta — Taeyong nada até chegar pertinho de mim. Puxa-me pelos ombros para longe do japonês e eu me ser levado.

Chegamos até o outro lado da piscina e eu já estou cansado de ter de lidar com as provocações de Yuta. Eu não sei porque pensam que eu gosto dele, porque eu não gosto.

— Pronto. Uma distância mínima muito boa — Tae fala. Ele se distrai cutucando meu brinco. — Você fica fofinho com o cabelo todo molhado.

Encosto minhas costas na lateral da piscina e fico olhando para o céu. Está com algumas nuvens, mas espero que não atrapalhe nossa festa. O horário dela é umas 15hs até início da noite, porque eu não quero que dure tanto tempo. Faltam algumas horas ainda, por isso estou aqui de bobeira com os meninos. Acho que estamos nos divertindo de uma maneira geral, embora Yuta esteja gravando um vídeo enquanto diz: “e teve boatos que eu ainda estava na pior. Se isso é estar na pior... Porra, o que é dizer estar bem, né?”. Isso me irrita um pouco, porém nada que o carinho de Taeyong não me acalme.

— Se lembra daquele dia que você me salvou? — pergunta do nada. — Quando eu machuquei meu joelho e me afoguei?

Fecho os olhos para tentar me lembrar do que ele está falando. Ah, sim, aquele dia que chegamos em Lefkada teve isso. Lembro-me de ter brigado com Yuta sobre cuidar do Taeyong. Que bom que tudo deu certo, senão eu iria enlouquecer.

— Hm. Lembro, sim. Por quê?

— Ah, sei lá... Eu gostei daqueles dias. Quer dizer, eu vivia machucado, mas... sabe, a esperança de ficar contigo me deixava um pouco aquecido.

— Entendi — abro os olhos para olhar Taeyong. Ele ainda continua mexendo na minha orelha. — Ei, você tá feliz?

Taeyong sorri, com esse cabelo grudado na testa e o rosto iluminado.

— Tô sim e você?

— Também.

— Você sempre foi fofo ou está sendo fofo por conta de mim?

crises et chocolat༶✎༶tae. tenOnde histórias criam vida. Descubra agora