O quarto era grande o suficiente para ele. As cores da parede eram um pastel claro, deixando o clima aconchegante e reconfortante. O criado mudo era um rosa bebê, que combinava com a cor da parede. A cama de solteiro estava arrumada e com os lençóis tradicionais brancos cobrindo a fronha.
Havia uma porta dupla de vidro que levava á varanda. E também tinha outra porta branca, que era a entrada para um banheiro clássico.
O quarto era grande o suficiente para ele passar uma semana e era reconfortante o suficiente para o deixar confortável e tranquilo ali.
Durante todas as aulas, Takemichi não conseguia dormir pensando se seu plano daria certo. E até agora está dando tudo certo.
Seu plano era simples e prático. Ele alugaria um apartamento para ele passar a semana, e no dia de seu aniversário de dezoito ele voltaria em sua casa, pegaria suas poucas coisas que ainda estavam lá e iria começar a morar sozinho. Um plano prático e simples.
Já era de noite e ele já estava no quarto de um apartamento barato. Seu dinheiro não era infinito, então ele teria que economizar o máximo possível.
Takemichi abre a sua mochila e pega as mudas de roupa que estavam amontoadas junto com seus materiais escolares e começa a colocar peça por peça no guarda-roupa. Por ser poucas roupas, nem mesmo metade do móvel ficou ocupado com as peças, mas já era um bom começo para quem praticamente fugiu de casa.
A cozinha do apartamento tinha todos os móveis principais e era toda branca, uma mesa de jantar de madeira clara e com quatro cadeiras estava no centro. Uma cozinha clássica e simples, mas era o suficiente para Takemichi fazer várias gostosuras e realmente provar de sua própria comida.
Mesmo cozinhando e trabalhando feito um louco na sua antiga casa, ele nunca teve o prazer de realmente provar e se empanturrar de sua própria comida. E para não passar fome na escola, já que sua mãe não deixava ele levar comida, o Hanagaki pegava alguns alimentos escondidos à noite e guardava em sua mochila, para no dia seguinte ele fazer uma simples refeição na sala de assuntos domésticos que tinha na sua escola. Mas sua mochila não era de boa qualidade e não tinha muito espaço, então era sempre alguns alimentos básicos e em pouca quantidade, e isso não dava uma ótima refeição.
E em falar de alimentos, Takemichi precisava ir ao mercado comprar alguns alimentos para poder sobreviver, mas as compras ainda podem esperar mais um pouco, ele ainda precisava ver a sala.
Ao chagar no cômodo desejado ele percebe que a sala tinha um sofá de dois lugares e duas poltronas, um tapete grande e felpudo que cobria boa parte do espaço do cômodo, também tinha uma televisão que não era simples mas também não era da última geração. Em um canto da sala tinha uma estante de livros e um vaso com uma planta alta como decoração.
Talvez ele pudesse fazer uma pipoca e ver um bom filme romântico.
Ou talvez ele devesse pedir uma pizza? Ele nunca comeu uma pizza, então seria interessante provar um alimento novo.
Na verdade, tinha várias coisas que ele nunca tinha feito, e duas delas era ver um filme comendo pipoca e comer uma pizza. O Hanagaki sempre viu Tayugui comer pizza ou assistir um filme comendo pipoca. Ele sempre teve vontade de fazer o mesmo, mas sabia que se fizesse isso, provavelmente iria levar a maior surra de sua vida, então era melhor evitar mais marcas em seu corpo.
Tem tantas coisas que ele queria fazer agora que estava livre aquela casa. Ele finalmente estava livre de tudo que o machucou, agora era só aproveitar o máximo possível essa liberdade que o mundo lhe concedeu.
Várias coisa que ele poderia fazer passaram em sua mente. Ele lendo um livro sentado em uma cadeira na varanda, um coberto o protegendo do frio da manhã e uma xícara cheia de chocolate quente. Assistindo um filme enquanto segura um enorme balde de pipoca. Ele tomando um banho de banheira e sentindo seu corpo relaxar de verdade após anos.
Ah, tinha tantas coisa que ele poderia fazer. E só de pensar nisso seu coração se enchia de alegria e esperança.
Esperança de uma amanhã melhor. Esperança de que talvez ele possa finalmente viver como sempre quis viver.
Com um sorriso de orelha a orelha, Takemichi vai até o lugar que havia guardado seu dinheiro e pega uma quantia razoável. Ele iria fazer uma refeição especial para comemorar sua liberdade que há muito tempo era desejada por si.
Era um sentimento incomparável. Ele se sentia livre e bem, mas por algum motivo, ele sentia a falta de algo, ou até mesmo de alguém, mas isso era impossível, já que ele não tinha amigos e nem mesmo familiares que eram importantes para si.
Ele apenas sentia falta de algo de que nunca teve. Era entranho e desconfortável, mas não era insuportável.
Muitas vezes o Hanagaki já teve sonhos estranhos, onde ele era rodeado de pessoas que se importavam com ele e o faziam feliz, mas por algum motivo, ele nunca conseguia ouvir o nome dessas pessoas e muito menos ver o rosto delas.
Mas sempre que sonhava estar com elas, Takemichi se sentia completo, e algo em sua mente lhe falava que aquela era sua única e verdadeira família, que amava, cuidava e se preocupava com ele.
Ele queria conhecer essa família que sempre invadia seus sonhos, mas ele nem ao menos sabia se eles realmente existiam ou se eram apenas frutos de sua mente para não fazer ele desistir de acreditar em um futuro melhor.
Quem sabe ele não pudesse encontrar essas pessoas e viver mais feliz do que já está...
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Podre alma sonhadora, está com esperanças demais em uma falsa alegria.
Sua alegria é como um castelo de cartas, que pode cair a qualquer momento, e infelizmente, o mundo está mais que pronto para soprar e ver esse castelo de alegria desmoronar...
Podre alma inocente, aproveite essa alegria o máximo que consegue, pois, o mundo não gosta de te ver sorrindo e rindo. Ele tem inveja de pessoas como você.
Ele tem inveja de pessoas que sorriem diante da tristeza. Ele tem inveja das pessoas que enfrentam a morte por amor. Ele tem inveja de pessoas com bom coração mesmo após ser destruídos mentalmente, e infelizmente, você é um conjunto de tudo o que ele mais inveja.
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Outra chance
FanficTakemichi nunca viveu por si, sempre foi pelos outros. E quando ele finalmente desiste de tudo, uma voz desconhecida decide lhe dar outra chance.