Depois de muito choro, e consolos, Smiley foi o primeiro do grupo a conseguir perguntar para o doutor algo.
" Doutor, quando poderemos visitar ele?"
" Desculpa, mas acho que visitas nesse momento não seja muito apropriado, eu venho acompanhando o caso dele dês que o trouxeram aqui, e vejo como o quarto que ele está tem várias coisas que vocês deixaram lá como lembranças, então deixe ele acordar, sozinho, calmo e analisar cada presente para saber e se lembrar que nenhum de vocês seriam capazes de fazer mal algum a ele."
Akkun sorri ao se lembrar o quão o quarto do garoto estava cheio de lembranças e presentes. Ele era realmente amado e não tinha dúvida sobre isso.
" Mas doutor, ele não vai acordar transtornado outra vez?"
Hinata pergunta com medo. Ela não queria que seu amigo acordasse do mesmo jeito que agora pouco e fazesse a mesma coisa, ou até mesmo pior, isso séria horrível,e ela tem a certeza que seu coração não aguentaria mais uma notícia dessas por algum tempo, então era melhor evitar certas coisas.
" Não se preocupe, já foi colocado calmante leve junto ao soro, ele já vai acordar calmo e mais tranquilo, no entanto, é melhor evitar muita pressão ou contato com ele hoje, principalmente vocês dois, que são namorados dele." Akkun fala, olhando diretamente para Mikey e Draken.
Os dois indivíduos ignoram totalmente seus amigos, que estavam de queixo caído e com expressões confusas, e um deles olha emburrado para o doutor.
Sem perceber, Sanzu solta um pequeno sorriso. Ele sentia que sua rainha iria ficar bem, e lhe alegrava saber que seus reis estavam do mesmo jeito que antes, prontos para receber a rainha de braços abertos e como sempre foram, sem mudar nada.
Aquilo era bom... Sentir confortável com,quase, toda a família, esperando ansiosamente por mais um integrante, pronta para mostrar que pode contar para tudo com eles.
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Uma coisa que poderia ser considerada histórica estava acontecendo; a divindade do amor estava com cara fechada.
Ela estava arrumando a bola de fios com raiva, quase arrebentando eles com a força da que estava usando, não ligando para nada, apenas pensando em acabar logo com aquilo para ir ajudar o pobre humano do tempo, que nesse momento deve estar desesperado e sozinho.
" Você não parece muito feliz."
A voz enjoativa e fina é ouvida pela divindade do amor, que estava sem paciência para aguentar as ladainhas da divindade do destino.
" Como estar feliz se estou aqui, sentada no chão, em um lugar deserto e arrumando um monte de fio para fazer uma máquina velha funcionar?"
Dizer que o amor estava com raiva seria eufemismo. Ela estava puta. O destino fez ela ir para um lugar deserto na terra e ainda disse que sua missão especial era arrumar a lata velha que o destino chamava de carro, e como se não fosse o bastante, a divindade da paz estava fazendo outra missão em um lugar muito distante daqui, fazendo ela ficar sozinha.
" Não fale assim do meu carro, ele está em ótimas condições."
Ela sorri debochada e encosta na porta do carro, olhando o amor, que estava na frente do carro, com o capô aberto, suja de gracha e tentando arrumar um monte de fios que nem deveriam estar ali.
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Outra chance
Hayran KurguTakemichi nunca viveu por si, sempre foi pelos outros. E quando ele finalmente desiste de tudo, uma voz desconhecida decide lhe dar outra chance.