Exclusividade

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Thomas deitou no meu quarto comigo e ficamos apenas olhando pro teto, pensando, enquanto ele mexia nos meus fios castanhos. Não sabia exatamente que horas eram, mas sabia que já era tarde.

– Não tem que ir pra casa?

– Quer que eu vá?

Sentei na cama e olhei para ele, que ainda estava vestindo aquele moletom que não ajudava em nada.

– Tira esse moletom – ele me olhou de um jeito tentador. – Só não aguento ver esse moletom.

Assim que ele tirou joguei do outro lado do quarto e voltei a deitar sobre o braço dele.

– Bella?

– Oi?

Assim que ergui o rosto senti os lábios dele tocar os meus com ternura, minha mão que não foi nem um pouco discreta ao passear pelo corpo dele.

Thomas me puxou para cima dele, afastou os cabelos do meu rosto e voltou a me beijar. Ouvimos a porta principal bater e em seguida a voz da minha colega de quarto.

– Merda!

Saí de cima do loiro e ele levantou da cama, mesmo sem saber pra onde ir. Indiquei o meu guarda-roupas e torci pra que Thomas coubesse la dentro até Lou fazer a visita diária dela pra ver se eu estava bem.

Segundos depois a ruiva abriu a porta e  eu estava praticamente segurando pra que ela não a abrisse muito.

– Oi, amiga.

– Oi – falei, tentando parecer relaxada. – O que tá fazendo em casa?

– Eu esqueci algumas coisas e o Brian passou aqui comigo pra buscar.

– Ah, entendi. Bom, se divirta e lembre-se: não quero ser tia.

Lou deu um beijo na minha bochecha e assim que finalmente fechei a porta respirei aliviada, e abri a porta do guarda-roupas pra que o loiro saísse.

Fiquei vigiando para ver se ela passaria aqui outra vez, mas a única coisa que escutei foi um tchau e o bater da porta. Depois um silêncio.

– Meu Deus...

Thomas sentou na beira da cama e me puxou para perto.

– Por acaso eu ouvi ela dizer o nome do meu amigo?

– É, eles ainda estão saindo.

– Então temos a noite toda?

– É, temos.

Thomas voltou a me beijar e quando a língua dele invadiu a minha boca uma onda de calor percorreu meu corpo assim como algo frenético.

– Thomas? – ele me olhou. – Eu não sei o que você faz comigo, mas sinto as coisas mais bizarras perto de você.

– Bizarras boas ou ruins?

– Boas.

Ele tocou no mesmo lugar onde o chupão estava há alguns dias, eu sabia que não esqueceria tão fácil.

Coloquei minha mão sobre a dele.

– Agora que estamos nessa, me diz que vai ficar longe dele.

– E quem disse que é ele?

Thomas me olhou surpreso e com um certo fascínio.

– Você tá certo, é ele. – comecei a rir.

– Então?

– Você tem casos com outras mulheres?

– Sim.

– E como quer exigir isso? Exclusividade.

– Porque agora não quero outra mulher que não seja você.

– Tá bom....exclusividade, então.

Thomas passou as mãos por meu cabelo antes de me beijar outra vez.

– Mais uma coisa – afastei minha boca da dele. – Nada de ser visto em público ou qualquer gracinha.

– Claro.

– E quando as coisas mudarem nós podemos...ver como vai funcionar.

– Faço o que você quiser, só não me peça pra me afastar.

Amor à Segunda VistaOnde histórias criam vida. Descubra agora