Perfeita

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Eu estava observando meu reflexo no espelho depois de pronta quando de repente a porta do meu quarto se abriu e Thomas entrou, perfeitamente vestido como sempre, mas dessa vez conseguiu se superar vestindo um terno preto.

Deveria ser crime um homem ser bonito assim.

Enquanto se aproximava de mim, me analisou por completo e a repuxou um dos lados da boca.

– Perfeita.

– Tom...– dei um sorriso sem graça e voltei a olhar no espelho.

Ele me olhou através do mesmo.

– Não acredita que seja perfeita?

Abaixei meu rosto.

– Você é, meu amor – sussurrou no meu ouvido. – Esse vestido só ressaltou isso.

Me virei outra vez em sua direção, ficando cara a cara.

– Está bonito também.

Ele deu de ombros.

– Faço o que posso.

Os lábios dele tocaram os meus com calma. O mínimo contato desses era capaz de fazer meu coração disparar.

– Posso fazer uma pergunta? – perguntei, sem jeito.

Só tinha um jeito de saber e era perguntando.

– Claro.

– Quem era a mulher que ligou pra você ontem?

– Foi você que atendeu...

– Eu não quis, mas....desculpa.

– O que ela falou pra você?

Thomas parecia preocupado.

– Nada demais. Só foi extremamente grossa.

Ele balançou a cabeça em negação depois de respirar fundo.

– Ela é minha ex-namorada. Georgia.

Olhei surpresa pra ele.

– E ainda fala com ela? – me afastei um pouco dele.

– Não, mas ela insiste nisso.

– E quando terminaram?

– Alguns dias antes de conhecer você naquela festa.

– Entendi.

Eu estava prestes a falar algo quando minha mãe bateu na porta avisando que precisávamos ir agora. Olhei rapidamente para o Thomas antes de passar por ele, abrindo a porta do quarto.

– Bella...

– Nós terminamos essa conversa depois.
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Depois do casamento todos nós fomos para uma recepção na casa dos pais do noivo de Kat. Eu estava sentada conversando com uma amiga de infância quando a dança dos casais foi liberada e Thomas apareceu quase no mesmo instante.

Não duvido que ele tenha falado com a minha irmã pra agilizar isso.

– Aceita?

Olhei para a minha amiga e avisei que depois conversariamos mais antes de segurar na mão do loiro para levantar.

Tom aproximou o corpo do meu e colocou as mãos uma em cada lado da minha cintura. As minhas estavam em volta do pescoço dele.

– Está com raiva de mim?

– Não estou com raiva de você.

– Eu terminei com ela porque assim como o seu ex, ela tinha um comportamento possessivo. Por isso ela foi grossa com você ao celular.

– Mas ela sabe que terminou com você, não sabe?

– Por incrível que pareça sim.

– Tudo bem...

– Não quero que se preocupe com isso ou até mesmo...ache que eu ainda me importo com ela.

Fiquei olhando pra ele por alguns minutos antes de mudar de assunto.

– Vi você ajudando minha avó hoje com o jardim, ou pagando seus pecados, não sei – brinquei. – Você também gosta disso?

– Minha mãe gostava dessas coisas e acho que tudo que me lembre ela eu gosto.

– Gostava?

– Ela morreu quando eu tinha treze anos.

– Eu não sabia....sinto muito.

– Tento não lembrar disso.

Depois da festa Thomas e eu voltamos para a casa dos meus avós enquanto eles ainda estavam com minha irmã, ou seja, a casa estava vazia.

Entrei no meu quarto, sentei na cama e tirei meu sapatos, sentindo um alívio tão grande que acho que poderia morrer de felicidade.

O loiro entrou minutos depois, já sem o paletó, com a gravata desfeita e alguns botões da blusa abertos.

Ele apoiou as mãos na cama, me prendendo, e começou a olhar pra minha boca. A cor rosada realmente era algo difícil de resistir.

– Bom, sabe de uma coisa, meu amor? Eu não sou mais o seu professor.

– Que bom, porque não sei se eu aguentaria você por muito tempo.

– Então significa que não precisamos mais nos esconder, até porque isso já estava me deixando louco.

– Não sabe fazer as coisas no sigilo, professor? – provoquei.

– Isabella...

O puxei para perto pela gravata que ainda estava ao redor do pescoço dele antes de beijá-lo.

Thomas me inclinou para trás antes de eu deitar por completo, as mãos dele estavam prendendo as minhas na altura da cabeça.

Em questão de segundos minhas mãos foram amarradas com a mesma gravata que eu estava segurando há pouco tempo e eu estava pressa na cama.

Thomas subiu a saia longa do vestido antes de tirar minha calcinha de um jeito provocante.

– Isso – me mostrou a calcinha antes de guardar no bolso. – Fica comigo.

Ele trilhou um caminho de beijos por minhas pernas até chegar na parte interna da coxa.

Enquanto sua língua brincava com meu ponto sensível e as mãos com meus seios, apertando, eu lutava contra os gemidos.

Quando ele subi para me beijar meus dedos foram direto para o botão e o zíper da calça, até que o loiro segurou minha mão.

– Eu ainda não terminei, meu amor.

Ele se afastou de mim e foi até a minha mala.

– Ontem, quando me pediu pra pegar uma roupa pra você, eu encontrei um negócio bem interessante pra falar a verdade.

Levantei um pouco a cabeça para ver que ele estava com o meu vibrador nas mãos. Merda.

Foi realmente difícil não cair na risada.

Acho que no fundo eu estava rindo de vergonha.

– Tenho que admitir que admiro a mulher que sabe do que gosta e sabe se satisfazer.

Tom voltou para cima de mim e senti quando ele pressionou o brinquedo contra mim antes de ligá-lo. O loiro estava beijando, mordiscando e lambendo meu pescoço ao mesmo tempo, e por mais que fosse angustiante não poder tocar nele, acho que nunca senti esse tipo de prazer antes.

– Por favor... – consegui falar, ofegante.

– Por favor o que, Bella?

– Não...não para.

Amor à Segunda VistaOnde histórias criam vida. Descubra agora