Magnus estava dormindo quando se ouviu uma batida suave na porta.
Alexander ficou tentado a ignorar, relutante em se livrar do abraço de Magnus, mas as batidas não pararam.
Alexander roçou seus lábios contra os de Magnus. Magnus sorriu em seu sono. Alexander se forçou a se afastar, dando a Magnus um travesseiro para abraçar em seu lugar.
Uma pequena carranca apareceu no rosto de Magnus, como se ele não tivesse sido enganado pela substituição, mas eventualmente sua respiração se normalizou novamente.
Alexander vestiu uma camisa e uma calça de moletom, antes de se dirigir para a porta.
Seu humor relaxado mudou imediatamente quando ele viu o homem que estava do outro lado.
— Você não vai levá-lo embora. — disse Alexander, bloqueando a porta. Ele sabia que sua voz era tensa e cortante.
Ele não se importou com o que Magnus disse... este homem foi quem tirou Magnus dele, a razão pela qual Alexander não o via há um ano.
Os estranhos olhos prateados de Raphael encontraram os dele. Eles eram impossíveis de ler.
— Fui eu quem o trouxe aqui. Você achou que eu o deixaria vir para este planeta sozinho no estado em que ele estava? Ele estava quase sem coerência. Ele mal conseguia andar ou falar.
Alexander teve que se lembrar que Magnus estava bem agora. Magnus estava dormindo em sua cama, saudável e feliz. Magnus estava bem. Magnus era seu.
— Ele está melhor agora. — disse Alexander, sua voz cortada. — Você pode retornar ao seu planeta. — Até mesmo dizer isso ainda era estranho pra caralho. — Eu vou cuidar dele.
'Ele é meu para cuidar.'
Raphael o olhou nos olhos e não disse nada.
— Saia da minha cabeça. — Alexander disse, acentuando cada palavra.
Raphael não parecia nem um pouco perturbado. Ele assentiu.
— Já vi tudo o que precisava ver. — Ele se virou para sair, mas parou e olhou para trás. — Magnus ficará com você por enquanto. A situação política em nosso planeta está muito instável agora. Voltarei para buscá-lo quando tudo se acalmar. — Alexander ficou rígido, seus punhos cerrados. — Ele tem uma casa e uma família... O escândalo acabará eventualmente. Ele não pode se esconder aqui para sempre. Vai ser difícil, mas ele será reintegrado na sociedade. Ele é um descendente de reis, não um garoto de café.
Alexander encontrou seu olhar mortal.
— Não vou deixar você levá-lo embora de novo.
— Eu não vou tirá-lo de você... se você continuar o tratando bem. — Raphael sorriu. O sorriso não atingiu seus olhos. — Você não quer saber o que farei com você se não o fizer.
Alexander lançou-lhe um olhar impressionado.
— Você não precisa me ameaçar. Se você apenas ler minha mente, você sabe que eu mataria por ele.
Ele nem estava exagerando.
— Eu sei. — disse Raphael. — Se eu não soubesse, não o deixaria aqui. — Pela primeira vez em seu curto conhecimento, Raphael lhe lançou um olhar que quase passou por amigável. Quase. — Faça meu irmão feliz.
— Eu farei. — Alexander disse.
Raphael acenou com a cabeça e tocou seu próprio pulso. Imediatamente, uma névoa estranha, quase transparente, passou por ele, tornando-se um borrão branco impenetrável.
E então ele se foi.
Alexander olhou para o lugar vazio que Raphael tinha acabado de estar e então riu.
Fodidos alienígenas. Ele não conseguia acreditar que essa era sua vida agora.
Sua mente ainda estava girando enquanto ele se arrastava de volta para a cama.
Magnus murmurou sonolento.
— Quem era?
Alexander o envolveu em seus braços.
— Seu irmão. — disse ele, seus dedos acariciando a pele lisa das costas de Magnus. — Ele já foi embora.
Magnus piscou seus olhos abertos e olhou para ele.
— Você está estranho. Ele foi um idiota?
— Não. — Alexander deu uma risada. — Eu só... eu o vi literalmente desaparecer no ar, Magnus. Tipo, realmente ver... tornou tudo real, eu acho.
Franzindo a testa, Magnus mordeu o polegar.
— Isso te incomoda? Que eu não sou humano... que sou um alienígena? — Alexander riu. — Eu não entendo... — disse Magnus com o beicinho mais fofo. — É uma questão séria. Por que você esta rindo de mim?
— Porque a resposta deve ser óbvia. — Alexander encontrou os olhos de Magnus com firmeza. — Mags, eu não dou a mínima se você é um garoto de café ou um príncipe de outro planeta. — Ele se inclinou e beijou o nariz de Magnus e depois seus lábios macios e rosados. Deus, ele o amava pra caralho. — Você é Magnus. Você é meu. Isso é tudo o que me importa.
— Eu gosto dessa resposta. — disse Magnus, enterrando os dedos no cabelo de Alexander e o beijando de volta com força.
Eles se beijaram pelo que pareceram horas, até que Alexander se sentiu quase tonto de amor e desejo e felicidade, e Magnus estava ofegando e sussurrando sem fôlego "Eu te amo" entre os beijos.
Porra, isso era... louco. Esse sentimento.
— Então... — ele disse com a voz rouca, olhando nos olhos vidrados de Magnus. — Estou curioso. Existem realmente alienígenas com grandes cabeças verdes e olhos pretos assustadores?
Magnus suspirou.
— Tenho uma confissão a fazer... — disse ele, hesitante. — É assim que realmente parecemos. Nós apenas bagunçamos as mentes dos humanos e fazemos vocês pensar que nos parecemos com vocês. É uma ilusão.
Alexander olhou para ele.
Uma risada escapou dos lábios de Magnus, antes que ele desatasse a rir.
— Seu merdinha! — Alexander pulou em cima dele e começou a fazer cócegas nele.
Eles rolaram na cama, rindo e se beijando novamente. Porra, ele não conseguia beijá-lo o suficiente.
Quando eles finalmente pararam de rir, Alexander pressionou suas testas juntas.
— Como posso dizer 'Eu te amo tanto' no seu idioma? Um amigo me pediu para perguntar para você.
Magnus riu.
— Seu amigo nunca será capaz de pronunciar isso. — Ele murmurou, esfregando o nariz contra o de Alexander. Ele deu a Alexander um pequeno sorriso feliz. — Mas diga a ele que isso não importa.
E talvez não importasse mesmo.
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Star Crossed Lovers (Malec)
FanfictionEle é o ser humano mais precioso que Alexander já viu. Pena que ele não é humano. Banido por seus pais para o terceiro planeta no sistema Solar, o Príncipe Magnus'ngh'chaali do Segundo Grande Clã está completamente fascinado por seus habitantes. A...