Ele não conseguia sentir nada

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O tempo se arrasta positivamente lento quando você espera por algo, Magnus notou, suspirando para si mesmo.

— Algo errado com o seu café, Mags?

Magnus olhou para seu café intocado, antes de balançar a cabeça. 

— Está tudo bem. – disse ele, sorrindo para Maia. Ela tinha ficado muito brava com ele quando o viu pela primeira vez ("Como você pode simplesmente desaparecer assim? Eu estava preocupada, seu idiota!"), Mas felizmente ela o perdoou. – Eu só estou... – Magnus se contorceu quando ela lhe lançou um olhar astuto.

— Oh meu Deus... – disse ela, sorrindo. – Você finalmente transou com ele.

A campainha da cafeteria tocou.

— Eu... – Magnus disse, antes de perceber que os olhos de Maia estavam em outro lugar.

— Puta merda. –  ela murmurou, olhando para algo atrás de Magnus. – Olhe para aquele gostosão, Mags.

Curioso, Magnus se virou...

E congelou.

Um homem alto, de ombros largos, estava parado na entrada, varrendo um par de olhos cinza ao redor do café. Seu cabelo azul meia-noite estava arrumado em um topete, e não fez nada para suavizar o corte afiado de sua mandíbula firme ou o aço em seu olhar quando seus olhos claros travaram nos de Magnus.

Magnus tentou ficar menor.

— Ele está olhando para você, Magnus! – Maia sussurrou animadamente. – Como você tem tanta sorte? Primeiro Alexander e agora...

— Ele é meu irmão. – disse Magnus com um suspiro, observando com resignação enquanto Raphael caminhava até ele.

Raphael estava com raiva. Ele podia parecer calmo e controlado, mas Magnus sabia que ele estava realmente com raiva. 

Não que ele pudesse ler os pensamentos de Raphael. Ele nunca poderia e, para sua surpresa, Magnus ainda não conseguia penetrar os escudos mentais de Raphael, apesar de suas habilidades telepáticas muito aprimoradas.

Não que ele estivesse se esforçando muito. Tecnicamente, ele estaria cometendo um crime se o fizesse.

Mas ele conhecia Raphael. Ele não precisava ler sua mente para saber que seu irmão não estava satisfeito com ele.

— Irmão?! – Maia exclamou assim que Raphael os alcançou.

— Magnus. – Raphael disse cuidadosamente.

Magnus pensou que era a primeira vez que Raphael realmente o chamava de Magnus. Ele não ficou surpreso.

Raphael podia ser um defensor das regras em casa, mas como um Lorde Chanceler do Ministério de Assuntos Intergalácticos, ele era bem versado nos costumes de outros planetas e nunca faria algo que traísse que eles não eram humanos. 

Até a maneira como ele estava vestido era impecavelmente humana. 

Enquanto Magnus não tinha esperança na moda humana, Raphael estava usando um terno escuro de aparência cara que não era muito diferente dos que Alexander usava.

Ao pensar em Alexander, Magnus entrou em pânico. A pausa para o almoço de Alexander iria começar em breve. Alexander poderia entrar na cafeteria a qualquer minuto agora.

— Oi. – disse Magnus, tentando freneticamente decidir o que fazer. 

Apresentar Alexander a Raphael seria uma ideia terrível. 

Star Crossed Lovers (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora