Você era meu sol e minha lua e minhas estrelas.

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Alexander se deixou cair no sofá e levou a garrafa aos lábios novamente, olhando para o teto sem realmente vê-lo.

Ele podia se lembrar do dia em que conheceu Magnus tão claramente. 

O engraçado era que ele geralmente ia ao café da esquina e nunca ia ao café em que Magnus trabalhava... ele não gostava muito. 

Se sua cafeteria favorita não estivesse tão lotada naquele dia, ele provavelmente nunca teria conhecido Magnus.

Ele desejou nunca ter feito isso.

Alexander tomou outro gole da garrafa, saboreando a queimadura, e depois outro.

Ele fez uma pausa com a garrafa nos lábios quando a porta se abriu. Magnus marchou de volta, uma expressão teimosa incomum em seu rosto.

— Eu não vou deixar você fazer isso. — disse Magnus, caminhando para Alexander.

Alexander só conseguia olhar para ele. Antes de recuperar a capacidade de falar, Magnus montou em seu colo e prendeu os ombros de Alexander nas costas do sofá com as mãos. Alexander poderia facilmente tê-lo empurrado, mas ele estava atordoado demais para se mover.

— Eu me recuso a acreditar que você não sente mais nada por mim. — disse Magnus, olhando em seus olhos atentamente. — Eu sei que você ainda sente algo. Eu senti. Eu senti isso durante o sexo.

Alexander fez uma cara inexpressiva. 

— Sexo é apenas sexo. Não confunda com outra coisa. Você me disse para esquecer você. Eu esqueci.

O lábio de Magnus tremeu. 

— Você está mentindo. Você só está magoado por eu ter mentido para você. Eu não queria. Eu sinto muito. Eu realmente, realmente sinto muito.

Puta que pariu. Esses olhos deveriam ser proibidos. Claro que eles eram desumanos.

— Eu não quero suas desculpas. — disse ele friamente. 

Ele disse a si mesmo que era a coisa certa a fazer. 

Magnus nunca o amou como Alexander o amava. 

Magnus tinha voltado apenas por causa de algum imperativo biológico, pelo amor de Deus. 

Magnus havia mentido para ele por muito tempo e nada o impediria de mentir para ele novamente. 

Magnus poderia desaparecer a qualquer hora que quisesse, sempre que não precisasse do pau de Alexander. 

O relacionamento deles sempre foi muito distorcido, com Alexander sempre esperando que Magnus voltasse e ficasse.

Ele tinha que minimizar suas perdas, não importava o quanto quisesse envolver Magnus em seus braços, enchê-lo e engoli-lo inteiro, provar, marcar e memorizar cada centímetro dele, escondê-lo em algum lugar ao qual apenas ele tivesse acesso e respirá-lo para sempre.

— Eu não estou mentindo. — disse Alexander, olhando nos olhos de Magnus e esperando que Magnus não estivesse lendo sua mente.  — Você me disse para esquecer você. Faz um ano. Eu superei você. Numerosas vezes. Já estive com outras pessoas.

O fato de que ele se sentia culpado por isso provava o quão fodido ele ainda estava por causa de Magnus. Ele não devia nada a Magnus. Magnus o usou e o abandonou por sua família, e teve a coragem de dizer a Alexander para ser feliz em uma maldita carta. 

Star Crossed Lovers (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora