Eu sou um alienígena

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Eles ficaram assim por um longo tempo, corpos suados emaranhados no sofá.

Alexander não tinha ideia de quanto tempo havia passado quando ele ergueu a cabeça e olhou para o rosto corado e cheio de prazer de Magnus. 

Tão lindo. Tão lindo. Mags.

Um pensamento persistente o incomodou no fundo de sua mente, uma sensação de que ele havia esquecido algo, mas pairava nas bordas da memória.

Alexander franziu a testa, finalmente lembrando da coisa mais peculiar.

Se abaixando, ele tocou o estranho líquido na parte interna das coxas de Magnus. Era incolor e sem cheiro, semelhante ao lubrificante, mas... Mesmo que Magnus tivesse se preparado antes de vir aqui – o que era difícil de acreditar – essa coisa tinha vazado de Magnus sem parar. 

Alexander se lembrava claramente de Magnus ficando mais úmido  quanto mais tempo fodia, o que... não deveria ser possível. Não deveria ser possível, porra.

Com as sobrancelhas franzidas, Alexander ergueu os olhos para Magnus, sem saber o que pensar.

Magnus estava olhando para Alexander com cautela. 

— Eu... – disse ele. – Eu posso explicar. Vou explicar tudo que não consegui explicar antes. Vou explicar porque fui embora.

Os lábios de Alexander se estreitaram. Ele rolou de cima de Magnus e se sentou. 

Agora que seu cérebro não estava confuso de desejo, ele se lembrava que estava chateado com Magnus. 

Mas se Magnus realmente iria explicar tudo, ele iria ouvi-lo.

— Vá em frente. – ele disse friamente.

— Eu... – Magnus disse, torcendo as mãos antes de olhar para baixo e enrubescer ao perceber que estava nu da cintura para baixo. Ele se sentou e puxou a camisa para baixo para cobrir a virilha. Ele limpou a garganta e olhou para Alexander apreensivamente. – Eu sou um alienígena.

Céus, que anticlimátiico.

Alexander deu uma risada áspera. 

— Não é mais engraçado. – Ele pensou que estava realmente recebendo uma explicação. 

Magnus franziu a testa. 

— Não estou tentando ser engraçado. Eu sou um alienígena. Como em, de outro planeta. Essa é a verdade.

— Certo. – disse Alexander. Ele não conseguia acreditar que Magnus estava reduzindo tudo a uma piada de novo, em vez de lhe dar uma resposta honesta pela primeira vez.

— Eu sou um alienígena. – Magnus insistiu, uma nota de desespero rastejando em sua voz.

— Tudo bem. – disse Alexander, se levantando e fechando o zíper da calça. Ele estava tão cansado disso. 

— Alexander!

— O quê? – Alexander rosnou.

Magnus sorriu trêmulo para ele. 

— Eu estou dizendo a verdade. Olhe minha boca. Está vendo? Esta é a prova de que estou dizendo a verdade.

Alexander zombou. Mas então ele parou e olhou.

A boca de Magnus não estava se movendo. E ainda assim ele podia ouvir a voz de Magnus perfeitamente.

— Eu sou um alienígena. Um alienígena telepático. – A voz de Magnus disse, enquanto a boca dele não se movia um centímetro. – É por isso que não pude ficar com você. É por isso que não pude contar muito sobre mim. Eu vou te mostrar.

Star Crossed Lovers (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora