Você é meu, não dele.

454 68 5
                                    

Magnus era um péssimo colega de apartamento.

Ele era bagunceiro, era péssimo lavando roupa, colocava os pés na mesinha de centro, deixava suas coisas espalhadas pelo apartamento e monopolizava a TV para assistir ao Discovery Channel.

Magnus também se imaginava como um decorador de interiores. Ele comprou coisinhas estranhas em uma venda de garagem e decorou o apartamento, alegando que faltava personalidade ao lugar.

Um dia Alexander voltou para casa para ver uma pintura gigante na sala de estar que retratava algo que lembrava vagamente o vômito de alguém.

— O que é isso, Mags? — Alexander perguntou, dividido entre rir e beijá-lo.

Magnus sorriu para ele. 

— É arte, bobo. Não é maravilhoso? O artista me vendeu por apenas dez dólares!

Às vezes Alexander tinha quase certeza de que Magnus estava zoando, mas olhando para a expressão sincera e aberta de Magnus, ele sabia que não estava. Céus, Alexander não sabia que era possível adorar uma pessoa tão ridícula.

O dia em que Magnus descobriu o ioga foi o pior.

Ele pediu a Alexander para ir com ele comprar um tapete de ioga e então não conseguiu se decidir entre um marrom "sensato" e um rosa "alegre". No final, ele comprou o marrom e Alexander comprou para ele o rosa. Depois de pegar as esteiras de ioga, Magnus assistiu a tutoriais em vídeo e aparentemente decidiu que absolutamente tinha que fazer ioga todas as noites vestindo nada além de um minúsculo short branco que não deixava nada para a imaginação.

Alexander o odiava. Ele odiava as pernas de Magnus, seus joelhos de formato estranho e seu short branco ridículo.

Exceto que ele realmente, realmente não odiava.

— Você é um masoquista, cara. — Jace disse a ele um dia, um mês depois que Magnus foi morar com ele.

Ele e Jace estavam descansando na frente da TV de Alexander, assistindo a uma partida da Liga dos Campeões. 

Magnus, que não entendia o sentido do futebol, estava na cozinha, cantarolando alguma música e cozinhando, que era sua última obsessão. Magnus era muito bom nisso, na verdade, embora tudo que ele cozinhasse fosse um pouco picante.

— Somos apenas amigos. Deixe isso.

Ele ignorou a expressão de pena no rosto de Jace e focou sua atenção no jogo. Magnus enfiou a cabeça para fora da cozinha. 

— Alguém quer sorvete? Eu fiz sorvete!

— Claro, amor. — disse Alexander.

— Qual sabor? — Jace perguntou, lançando a Alexander um olhar que ele ignorou. 

— Limão. — respondeu Magnus.

— Hmm, não, obrigado. — disse Jace. Quando Magnus desapareceu de volta para a cozinha, Jace olhou para Alexander. — Desde quando você gosta de sorvete de limão?

— Cale a boca. — Alexander disse sem muito calor.

Magnus voltou com uma tigela de sorvete e uma colher. Ele os deu para Alexander e se aconchegou contra ele. 

— Quem está ganhando? — ele perguntou sem muito interesse, passando um braço em volta da cintura de Alexander.

— O Barcelona. — Alexander respondeu, ignorando o olhar de Jace, e cavou no sorvete. Ele levou a colher à boca, engoliu em seco e reprimiu uma careta. Ele realmente não era fã de limão.

Star Crossed Lovers (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora