Capítulo 3

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Hope 🌙

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Hope 🌙

Depois que Anne saiu batendo os pés irritada com a minha decisão, eu terminei de comer e então fui atrás do Ben. Demorei uns bons minutos para encontrar o mesmo até chegar no telhado e encontrá-lo observando a floresta que rodeia a mansão de vidro como a minha mãe gosta de chamar.

- Bu! - Digo o assustando, pois ele se encontrava de costas para mim. - Pensando no que? - Pergunto esticando meu braço para colocar sobre seus ombros, mesmo ele sendo mais alto e ser um pouco incômodo é um costume a qual não consigo deixar.

Todos, quando éramos crianças, perguntavam o porquê de eu o fazer aquilo com ele pois parecia que eu era o garota ao invés dele, e eu sempre respondia que era uma maneira de proteger o meu melhor amigo, Benjamin nunca se importou ou chegou a falar que se incomodava por isso que nunca tive a iniciativa de parar.

- Em nada só vim passar um tempo aqui, respirar, aqui tem muito ar puro não acha? - Ben parece querer desconversar, mas eu não deixo o puxando para mais perto.

- Você não me engana, tem alguma coisa botando esse sua cabeça para funcionar. - Lhe dou um peteleco na testa fazendo o mesmo gemer de dor pondo a mão no local.

- Isso dói sua maluca. - Ele diz se afastando.

- Desculpa, eu não quis machucar. - Digo me aproximando para deixar um beijinho como às vezes fazia quando ele reclamava mais sério que o normal, mas o mesmo dá dois passo para trás ficando mais distante de mim. - Não vou te machucar novamente vem aqui. - Abro os meus braços, mas ele balança a cabeça em negativa olhando para seu próprio pés me fazendo franzir o cenho em confusão.

- Não Hope, eu tenho que vê se alguém precisa de alguma ajuda com o preparamento da festa de hoje a noite. - Abro a minha boca em um O não pelo fato dele ter recusado o carinho que eu iria fazer mas por ter me chamado de Hope em tom sério quase nunca ele me chama assim e nunca foi dessa forma quase grosseria.

- Hope? Agora que você não sai daqui mesmo. - Digo indo até ele em passos rápidos para que o mesmo não tenha a chance de fugir. - Vai me conta. - Insisto o segurando pelo braço.

- Não. - Ele me solta brutalmente ao ponto de me machucar mesmo que não seja nada sério doeu se tornando impossível de não dizer um "ai".

- Qual o seu problema? Eu só quero saber o que está se passando com o meu melhor amigo seu ogro. - Digo massageando meu pulso dolorido.

- Esperança... - Ele me chama e eu olho com certa irritação agora ele me vem com esse tom de cachorro pidão. - Eu não queria te machucar, eu só não quero conversar agora, certo?

- Mas eu me preocupo com você. - Faço um bico me sentindo excluída da vida dele.

Benjamin se aproxima de mim segurando meu rosto com suas duas mãos grandes apertando minhas bochechas aumentando o bico em meu rosto.

- Você tem que parar de ser infantil. - Ele diz sorrindo perto do meu rosto.

Eu o empurro com todas forças que tenho.

- Não sou infantil seu palerma. - Reclamo vendo ele dá uma gargalhada alta me irritando.

Vou até onde o mesmo se dobra de tanto rir para lhe dá outro peteleco no meio da testa, mas sou pega de surpresa pela sua agilidade que segura a minha mão no ar, com o susto quase que me desequilibro, mas  sou segurada por ele que me apanha pela cintura num gesto mais rápido que antes tudo isso sem soltar a mão que ia lhe bater.

- Tão infantil e desastrada Esperança. - Ben diz me puxando para mais perto de si.

É nessas horas que percebo a tensão de adultos entre nós, fitando seus olhos azulados com pigmentos vermelhos tão belos e nada comum, nem Otto tem olhos assim o mais velhos dos irmãos tem os olhos da tia Elis.

- Vocês fazem um par tão bonito. - Uma voz feminina fala, reconheço ser Sophie.

Me afasto de Benjamin tentando me recompor e fazer uma careta para minha dama de companhia.

- Precisa de alguma coisa? - Pergunto sem olhar para o rosto do meu amigo que se encaminhou até o para peito sem olhar para trás onde a outra estava.

- Sim, que você vá fazer mais uma prova do seu vestido de hoje a noite. - A mesma pede enquanto sem conseguir me controlar reviro os olhos.

Eu odeio essas provas, uma perca de tempo.

- Certo, já estou indo. - Digo fazendo um gesto para que ela possa voltar para onde veio.

- Certo, não demore muito. - Ela dá um tchauzinho.

Vou até o Benjamin transpassando dessa vez o meu braço por sua cintura deitando a minha cabeça em seu braço.

- Está tudo bem mesmo? - Pergunto levantando o rosto para ver o seu.

- Tá sim, pode ir lá experimentar seu vestido, nos vemos na festa eu vou ajudar com que precisarem para depois me arrumar. - Ele diz depositando um beijo no topo da minha cabeça.

- Certo, vê se não some. - Digo-lhe apertando em meu braço logo depois saindo na mesma direção que vim.

***

A costureira uma mulher rechonchuda e bem humorada logo ajusta o que tem que ajustar em meu vestido.

A vestimenta é de um cinza esverdeado de tule com flores vermelhas, o mesmo possui um corpete que marca bem o meu dorso enquanto a saia é roda de chiffon, mas bem leve, ele possui alças finas e  ao mesmo tempo mangas longas caídas com as mesmas flores do resto do tecido.

Assim que visto minhas roupas que estava antes me jogo na cama para descansar um pouco e também para ver se o tempo passa mais rápido para hoje a noite. Em algum momento eu adormeço sendo acordada por sopro em meu ouvido, me levantei no susto batendo a cabeça com a pessoa sem um pingo de senso.

- Aí! - Reclamo pondo a mão na parte lateral do meu crânio.

- Aí, digo eu. - A voz rouca de Benjamin chega aos meus ouvidos então viro para olhá-lo e vejo fazendo o mesmo gesto que eu, só que na testa.

- O que você quer? Ninguém pode ao menos dormir em paz nessa casa. - Reclamo dando um tapa no lugar vermelho da sua testa onde antes tinha batido na minha cabeça.

- Só vim te acordar, você perdeu o almoço, o seu pai já chegou e a sua irmã chatinha também. - Ele faz uma careta para falar de Anne.

- Me acordasse com uma pessoa normal. - Digo tendo lhe empurrado para fora da cama, mas o mesmo como mais cedo segura as minhas mãos rapidamente. - Você anda treinando? - Pergunto olhando para seus dedos grandes em volta do meu pulso.

- Eu sei que estou mais forte, né?- Ele estufa o peito me fazendo revirar os olhos.

Quando tento puxar meus braços de suas mãos ele me puxa para mais perto ao ponto de nosso narizes se tocarem, nossas respirações se misturam enquanto nenhum de nós dois faz menção de se afastar.

- Mas o que porcarias é essa. - A voz estridente da minha irmã banha o meu quarto inteiro.

 - A voz estridente da minha irmã banha o meu quarto inteiro

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