Sex & Occlumency | Dramione

09

Hermione passou a maior parte do sábado ignorando ativamente o fato de que ela se arrependia de sua saída abrupta da Mansão Malfoy na noite anterior.

Quando ela saiu de seu estado sonhador pós-orgasmo para se encontrar enrolada no colo de Malfoy, seu braço forte em volta dela, ela quis ficar lá. Ele estava quente e cheirava bem, e uma grande parte dela queria simplesmente enterrar a cabeça em seu ombro e adormecer felizmente. Mas então, ela se lembrou abruptamente de quem era o braço que a segurava com tanta delicadeza e entrou em pânico. Sua história com Malfoy era muito controversa e seu desejo de permanecer em seus braços a fez questionar coisas que ela não queria explorar.

Hermione não entendia muito bem por que ela ficava nervosa com o quão gentil Malfoy continuava sendo depois de suas interações. Mas ela sabia que ter que se lembrar constantemente de que eles compartilhavam uma antipatia mútua, combinado com o fato de que ela sempre se esquecia do idiota monumental que ele sempre foi, estava começando a incomodá-la. Sua preocupação por ela, sua determinação em agir como zelador, acrescentaram uma camada ao tempo que passaram juntos que a fez sentir coisas. E ela não queria sentir nada por Draco Malfoy. Já era bastante ruim que ele a tivesse impressionado intelectualmente com sua proposta, mas sentimentos? Ela estava além de despreparada para lidar com isso.

E embora ela soubesse em primeira mão que ele eventualmente tentaria fazer a coisa certa e acreditasse que merecia uma segunda chance, ela nunca previu a possibilidade de realmente gostar dele.

Hermione Granger não deveria gostar de Draco Malfoy. Isso estava desequilibrando toda a sua visão de mundo.

Em um esforço para recuperar o equilíbrio diante dessas revelações desconfortáveis, ela voltou a se convencer da antipatia dele por ela. Ela estava falando sério quando respondeu a sua pergunta antes de fugir da cena de seu... seja lá o que fosse. A garantia do ódio dele por ela era a armadura emocional de que ela precisava para continuar a pedir o que queria dele, sem se envergonhar dos motivos para desejá-lo. A experiência lhe ensinara que tratar isso como qualquer outra coisa poderia ser uma interrupção abrupta em seus encontros, e ela estava estranhamente apegada à ideia de continuar suas bizarras aventuras sexuais.

No domingo ela conseguiu deixar de lado a maior parte de suas reflexões e estava ansiosa para se encontrar com Ginny e algumas outras amigas dela em uma celebração pós-aniversário, apenas para mulheres. Elas planejaram ir ao Caldeirão Furado e depois que ela se fortificou com um pouco de macarrão, Hermione aparatou no Beco Diagonal e foi para o pub.

Ginny e algumas outras mulheres que Hermione reconheceu como sendo da roda de quadribol de Ginny estavam sentadas em uma mesa no canto e já estavam bebendo. Hermione sorriu e se juntou a elas enquanto Ginny deslizava um litro de cerveja amanteigada pela mesa pegajosa para ela.

— Hermione, você precisa se atualizar. Já estamos na segunda rodada.

— Eu estou atrasada?

— Não, apenas começamos cedo. — Ginny ergueu o copo em uma saudação e Hermione retribuiu o gesto, tomando um grande gole de cerveja amanteigada. Em poucos minutos ela já estava envolvida na conversa, rindo junto com as histórias contadas pelas outras mulheres à mesa. Em pouco tempo, surgiu o assunto namorados e homens e o grupo de jovens tornou-se consideravelmente mais turbulento.

— Agora há um sujeito com quem eu gostaria de transar sem sentido. Quero dizer, olhe essas roupas! — A amiga de Ginny do quadribol gesticulou descuidadamente para a porta atrás de Hermione. Ela estava prestes a se virar para dar uma olhada no homem que chamou a atenção da outra bruxa, quando Ginny disse algo que a deixou abruptamente imóvel.

— Merlin, Cassie, esse é Draco Malfoy. Ele é provavelmente o bruxo menos transável que já conheci.

A bruxa de cabelos escuros engasgou com a bebida e se virou para Ginny.