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Hermione viajou diretamente da Mansão Malfoy para seu escritório, determinada a continuar trabalhando e ignorar os acontecimentos da manhã. Como resultado, sua tarde no Ministério foi completamente enervante e, quando chegou ao apartamento, ela não queria nada além de um banho quente e sua cama. Seu dia foi esmagador em sua tensão emocional, e enquanto ela passava o resto do dia de trabalho após sua saída abrupta da Mansão Malfoy, ela sabia que sofreria por isso mais tarde.

Era oficialmente mais tarde.

Enquanto tirava os sapatos, ela se lembrou dos últimos minutos com Malfoy. A expressão no rosto dele ao vê-la se vestir, suas tentativas contidas de cuidar dela. Uma tristeza inesperada a pegou de surpresa. Ela atribuiu o fato ao cansaço e à sensação geral de estar sobrecarregada e tentou ignorar.

Bichento a seguiu enquanto ela se dirigia ao banheiro, com a intenção de desfrutar de um banho quente antes de dormir. Ela se sentia ferida, como se a menor coisa a levasse às lágrimas. A briga dela com Malfoy, embora previsível e até familiar, a aborreceu de uma forma que as palavras dele nunca a impactaram antes. Enquanto ela se sentava na beira da banheira e passava a mão debaixo da água para testar a temperatura, ela pensou nos comentários dele sobre os cuidados posteriores e se perguntou se estava faltando alguma coisa.

Algo além do fato de que ela já teve duas interações intensamente sexuais com seu valentão de infância, que por acaso também era um ex-Comensal da Morte. Três se ela incluísse a versão fantasiosa do bruxo loiro.

Talvez em vez de um banho quente ela precisasse de uma bebida.

— Vinho Accio. — A garrafa de vinho tinto entrou no banheiro, batendo levemente no batente da porta antes de parar em sua mão estendida. Ela colocou-o na penteadeira antes de se despir. Ao entrar na banheira, ela abriu a garrafa e começou a beber direto da fonte. Com os olhos fechados e a cabeça apoiada no fundo da banheira, Hermione tentou descobrir exatamente o que havia acontecido antes e por que ela não estava completamente histérica.

Ela mal se lembrava da visita à sala de estar dos Malfoy. Tudo o que ela lembrava era de ter entrado lá, sendo dominada pelas lembranças e terminando nos aposentos de Malfoy. O que aconteceu depois foi um pouco confuso, mas ela lembrou que ele a deixou com raiva e queria provar a ele que não estava com medo.

E de alguma forma isso resultou nela ficando completamente rígida, amarrada à cama dele.

O que aconteceu depois disso ela lembrou com vívida clareza.

— Maldito inferno. — Ela tomou outro grande gole de Merlot. O que começou como uma adição impulsiva a uma experiência de fantasia controlada parecia ter se transformado em algo um pouco mais difícil de ser descartado como uma fantasia passageira. Havia algo ali, algo nele em particular que a fazia sentir-se inquebrável.

Sem mencionar os orgasmos.

Talvez ela devesse fazer uma lista. Escorregando levemente na banheira esmaltada, Hermione colocou a garrafa de vinho no chão.

Agarrando sua varinha, ela acionou seu anotador sem mãos. A pena e o pergaminho flutuaram até o banheiro e Bichento deu um pequeno miado quando a pena roçou o topo de sua cabeça, antes de parar acima do ombro de Hermione.

— Razões pelas quais transar com Malfoy é uma péssima ideia. — A pena foi rabiscada e seu animal de estimação lançou-lhe um olhar de, se ela não se conhecesse melhor, choque e horror. — Ele me odeia e sempre odiou.

Ela apoiou os antebraços na beirada da banheira.

— Bem, isso é muito contundente, não é, Bichento? — O gato malhado laranja apenas piscou para ela. — Ronald morreria de choque. Isso pode realmente ser positivo. — Hermione estendeu a mão pela borda da banheira e levou a garrafa de Merlot aos lábios, tomando outro gole. — Três dos melhores orgasmos que já tive. Definitivamente um ponto positivo.

Sex & Occlumency | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora