XX - DOCE SURPRESA...

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Rapidamente eles chegaram no hospital e Seher entrou com Kevser para a sala de parto. As horas passavam depressa e nenhum sinal ou notícia vinha de dentro, os homens da família esperavam na sala e tentavam tranquilizar Yalçin.
- ESTÁ DEMORANDO MUITO...É NORMAL ISSO?! EU PRECISO DE UMA NOTÍCIA! Dizia Yalçin já muito preocupado abraçado a Ziyah. Realmente já era tempo demais e as parteiras estavam tendo problemas na sala, o bebê estava atravessado e Kevser quase não tinha forças, já estava cansada demais.
Seher segurava nas mãos da irmã e juntas buscavam forças para esse parto que estava tão difícil. 
- ABLLA...VOCÊ PRECISA FAZER FORÇA! VAMOS...PEGUE NAS MINHAS MÃOS E VAMOS JUNTAS...
- SEHER...SEHER...EU ESTOU COM MEDO! EU PRESENCIEI O PARTO DA MAMÃE E NÃO QUERO MORRER SEHER...Ela gemia de dor e se contorcia, todos faziam de tudo para ajudar mais realmente estava bem difícil.
Seher então respondeu que não era pra ela pensar em coisas ruins e sim em como o bebê iria nascer forte e bonito.
A médica foi chamada as pressas, quando Yalçin viu a doutora entrando seu desespero só aumentou. Sr. Yusuf abraçou o garoto dando um ombro amigo e disse que tudo ficaria bem, bastava ele ter fé.
Depois da avaliação médica a doutora foi muito sincera e disse que a situação não era boa mais com os devidos cuidados logo o bebê e mãe estariam bem. Deu os comandos para as enfermeiras e parteiras e começou a trabalha, passou mais um tempo e então ouviu-se um choro estridente, forte que percorreu os corredores.
- MEU FILHO! É O MEU FILHO...MARSHALLAH...ABI É YUSUF QUE NASCEU! Sorria compulsoriamente Yalçin abraçado aos irmãos, uma enfermeira apressada atravessou a porta e disse.
- QUEM É O PAI DESSE LINDO BEBÊ QUE ACABOU DE NASCER?!
- SOU EU...Yalçin estendeu a mão e seguiu com ela acompanhado de todos os outros. Pelo vidro viu Yusuf deitado no bercinho e perguntou como ele estava.
- SUA ESPOSA E O BEBÊ ESTÃO ÓTIMOS, NÃO VAI DEMORAR PARA VOCÊ ENCONTRÁ-LOS...Uma enfermeira dava banho no bebê e vestia um linda roupa e todos emocionados se abraçavam e festejavam essa Vitória do amor e da fé.
No quarto Seher e Kevser ainda choravam de emoção, ainda a pouco Seher teve o privilégio de ser a primeira pessoa a pegar Yusuf no colo e sentiu que a ligação deles era muito forte. Yalçin já entrou com o bebê no colo e sorrindo para Kevser disse.
- VOCÊ ME FEZ O HOMEM MAIS FELIZ DO MUNDO...ELE É PERFEITO...NOSSO CORDEIRO É LINDO!
Deu um beijo na testa da esposa e entregou Yusuf nos braços dela que carinhosamente também o beijou. Sr. Yusuf se aproximou e erguendo as mãos para o céu agradeceu por aquela benção e então disse.
- MEU CORDEIRO...VOCÊ DEVE AGRADECER AO SEU TIO YAMAN...SE NÃO FOSSE OS PLANOS MIRABOLANTES DELE, HOJE NÃO ESTARÍAMOS FESTEJANDO EM FAMÍLIA!
Yaman sem graça trouxe Seher para mais perto e deu um beijo na testa dela, parecia estar grato por ter todos nesse momento tão feliz, ela então pegou o bebê do colo da irmã e ninando entregou para Yaman, que sem jeito disse que era melhor ela pegar pois estava com medo.
- VAMOS...VOCÊ NÃO VAI PERDER ESSA OPORTUNIDADE...PEGUE!
Aqueles braços grandes davam a volta no pequeno bebê, ele balançava como forma de ninar Yusuf sorriu pra ele o que fez uma lágrima que fazia tempo que estava presa no canto dos olhos cair.
Tuna estava muito empolgada a inauguração da loja seria nesta tarde, tudo estava organizado e pronto para receber os futuros clientes, ela fez um conjunto de avental e lenço com muitas flores e bem colorido. Nedim ainda estava no trânsito e também estava ansioso para a inauguração, queria que tudo corresse bem, ele colocou uma roupa mais esportiva, pra quem estava acostumado a ver ele vestido de preto e social o moço estava muito bonito com uma camiseta polo e um jeans mais claro o deixou até mais jovem.
Adem era um jovem muito bom em negócios, ele gostava de carros e tinha uma loja que vendia as mais diversas marcas. Naquela manhã ensolarada ele decidiu que iria trabalhar com um carro antigo, apesar do mecânico alertar que a mercedez estava com problemas, ele ignorou e seguiu viagem. Depois de um tempo na estrada o carro começou a dar sinais que logo deixaria ele na mão, sem chances de continuar o carro finalmente parou bem em frente da floricultura.
Tuna avistou o homem que chutava o pneu do carro e com as mãos na cabeça esbravejava no celular. Ela então se aproximou e perguntou se ele queria ajuda, Adem inrritado descontou nela toda sua raiva.
- NÃO PRECISO DA SUA AJUDA! O QUE UMA...UMA MULHER PODERIA FAZER PRA ME AJUDAR?!
Tuna olhou assustada porém inconformada com a falta de educação dele, com as mãos na cintura disse.
- MEU SENHOR...VOCÊ NÃO PRECISA RESPONDER DESSA FORMA, REALMENTE ESSA MULHER NÃO PODERIA FAZER MUITA COISA EM RELAÇÃO AO CARRO, MAIS UM COPO COM ÁGUA FRESCA AJUDARIA A PENSAR MELHOR...PASSAR BEM! Entrou na loja fechou a porta e então ficou observando ele andar de um lado para outro.
Adem já tinha se arrependido de ter tratado a moça tão mal daquele jeito, afinal ela apenas ofereceu uma ajuda. O guincho disse que iria demorar pra chegar e ele a mercê do calor e do sol, achou melhor engolir o orgulho, entrar pedir desculpas e aceitar a ajuda. Bateu na porta e esperando ouvir algum desaforo dela, apenas ouviu uma doce voz dizendo
- BOM QUE VOCÊ RECONSIDEROU, UM COPO COM ÁGUA VAI AJUDAR NÃO É MESMO? Disse Tuna sorrindo, ele parou para olhar melhor e a moça era muito bonita, tinha um rosto que parecia ter sido contornado por anjos, um olho azul vibrante e uma boca que fazia qualquer um se perder. O lenço na cabeça o fez se lembrar da mãe que também usava esse acessório então quando foi pegar o copo com água da mão dela acabou se distraindo demais e virou tudo fazendo a maior bagunça.
- ALLAH...DESCULPE-ME STA? QUAL O SEU NOME MESMO? Disse isso tirando a blusa fazendo Tuna corar na mesma hora.
- EH...ME CHAMO TUNA...EU...ACHO QUE NÃO É O MAIS IDEAL O SR. TIRAR SUA BLUSA AQUI DENTRO! DIGO PODEM ACHAR...
- AH SIM...ESPERE EU TENHO OUTRA CAMISA NO CARRO! EU SOU ADEM...Estendeu a mão em forma de agradecimento, foi então que Tuna gelou ainda mais ao ouvir uma voz tão familiar.
- É PRAZER SR. ADEM...EU SOU NEDIM NOIVO DA STA. TUNA...POSSO SABER SE ISSO SÃO MODOS?! Nedim segurava o ombro dele em sinal de atenção, realmente ele era um homem forte e impunha medo nas pessoas então Adem recuou.
- DESCULPE-ME SR. NEDIM...EU...MEU CARRO QUEBRO AQUI EM FRENTE E SRA
TUNA ME OFERECEU GENTILMENTE UM COPO COM ÁGUA E...BEM...O COPO VIROU...
- ESTOU VENDO QUE O COPO VIROU...VAMOS ACHO QUE O SEU GUINCHO CHEGOU...VOCÊ JÁ PODE IR! O rapaz saiu envergonhado, pois não teve nem mesmo a chance de pedir desculpas ou agradecer Tuna, mais tinha um plano amanhã viria comprar um buquê de flores e então poderia fazer o que não teve oportunidade hoje.
Tuna permanecia parada olhando intrigada para Nedim que ainda escarava Adem que já estava la fora. Ela então cutucou ele e perguntou.
- POSSO SABER O QUE FOI ISSO? DIGO VOCÊ VAI TRATAR TODOS OS HOMENS QUE ENTRAREM AQUI DESSA FORMA? VOU FALIR EM DOIS TEMPOS!
- NÃO SEJA ENGRAÇADINHA TUNA...VOCÊ BEM VIU COMO ESSE...ESSE GAROTO OLHOU PRA VOCÊ! E A AUDÁCIA EM TIRAR A CAMISA E MOSTRAR...A NEM É TUDO ISSO O CORPO TAMBÉM. Ora ele falava com ele mesmo, ora respondia ela mais os olhos estavam no rapaz.
- E VOCÊ PRETENDE TRATAR ASSIM TODO MUNDO...DIGO VOCÊ SABE QUE MUITOS HOMENS VÃO ENTRAR AQUI!
- SIM...SIM...SIM...TUNA VOU TRATAR ASSIM SEMPRE QUE ACHAR NECESSÁRIO! TA BOM?!
- ENTÃO MEU QUERIDO VOCÊ DEVERIA TER ME DADO UM SALÃO DE CABELEIREIRO E NÃO UMA FLORICULTURA...AQUI É LUGAR DE HOMENS, COMO ALGUÉM QUE EU CONHEÇO, QUE VEM BUSCAR FLORES PRA PEDIR DESCULPAS POR ALGUM DESAJUSTE EMOCIONAL...E O MEU PAPEL É AJUDAR!
Foi o bastante para atrair a atenção dele, como não tinha pensando nisso, ela tinha toda razão o lugar ficaria cheio de abutres prontos pra querer o que era seu. Sem nem pensar juntou Tuna e a encostou na parede, olhando sério pra ela.
- NÃO SE ATREVA A FALAR ASSIM DE NOVO...NÃO QUERO NINGUÉM OLHANDO O QUE É MEU! ESTÁ ME OUVINDO TUNA?!
- ALLAH...O QUE É SEU NEDIM?! FAÇA-ME O FAVOR DE ME SOLTAR...NEDIM...
Ele pressionava ainda mais o corpo junto ao dela e lhe beijava o pescoço, não demorou pra Tuna se render aos encantos dele. Uma batida na porta o fez parar o que estava fazendo e então olhou pra ela e para um outro rapaz parado a porta.
- BOM DIA IRMÃ...JÁ ESTÁ ABERTO?!
- ENTRE...O QUE VOCÊ QUER? Disse Nedim nada amigável. Tuna então pra concertar disse.
- BEM-VINDO...PODE ENTRAR, NO QUE PODEMOS AJUDAR?
- EU...QUERO COMPRAR UM BUQUÊ DE FLORES PRA MINHA NAMORADO, ONTEM COMETI UM ERRO E QUERO PEDIR DESCULPAS!
- SIM...TEREMOS AS MAIS LINDAS FLORES... ENTRE...VAMOS...MEU AMIGO VAI TE AJUDAR, ELE É ÓTIMO NESSE ASSUNTO!
Empurrou Nedim pra ajudar o rapaz na escolha das flores, ele arregalou os olhos dizendo que era melhor não, mais ela insistiu dizendo pra eles trabalharem juntos. O rapaz coitado quase morreu do coração, um brutamontes como Nedim desajeitado e rude não era o ideal para uma tarefa tão delicada, mais não teve escolha começou a trabalhar com ele.
Tentava puxar assunto dizendo que provavelmente a namorada iria adorar as flores e se render ao pedido de desculpas. Foi então que Nedim perguntou o que ele tinha feito.
- COMO EU TE DISSE...FOI UM RUDE E TUDO POR CULPA DE CIÚMES! FIQUEI CEGO E NÃO RESPEITEI MINHA NAMORADO...Tuna soltou uma gargalhada atrás do balcão, o que fez Nedim olhar bravo pra ela.
- NÃO É CERTO AGIR DE FORMA GROSSEIRA...AINDA MAIS COM SUA AMADA! VOCÊ FEZ BEM EM COMPRAR AS FLORES...AGORA STA. TUNA VAI FAZER UM LINDO BUQUÊ TA BOM?!
- EH...DESCULPE IRMÃO...MAIS TEM UM ERRO! NÃO SOU EU QUE ESTOU ATENDENDO...O SR. NEDIM VAI FAZER O SEU BUQUÊ...SÓ MAIS UM MINUTO!
- TUNA...VOCÊ SABE QUE EU NÃO SOU CAPAZ, OLHA O TAMANHO DAS MINHAS MÃOS, COMO VOU DAR UM LAÇO DESSES? Ela quase se perdeu olhando para as mãos dele e lembrando como gostava de ser pegada por elas, mais então disse que não era pra ele deixar o cliente esperando.
Sem escolha Nedim começou a juntar as flores e arranjos, envolveu no papel cetim e então começou a tentar dar o laço. Depois de algumas tentativas e todas com fracasso, Tuna se aproximou e ajudou a finalizar o buquê entregando para o rapaz, mais antes disse.
- IRMÃO...O BUQUÊ FARÁ O PAPEL SECULAR, PRIMEIRO VOCÊ DEVE PEDIR DESCULPAS SINCERAS E NÃO VOLTAR A FAZER ESSAS GROSSERIAS DESNECESSÁRIAS...SUA NAMORADA SÓ TEM OLHOS PARA VOCÊ, SE NÃO PORQUE ESTARIA AO SEU LADO? TA BOM?!
- TA BOM ABLLA...PROMETO QUE FAREI COMO VOCÊ DISSE...MUITO OBRIGADA! VOCÊS SÃO UM CASAL ESPECIAL, SAÚDE PARA SUAS MÃOS!
- ATÉ MAIS! E BOA SORTE...Disse Nedim que já sabia que pedir desculpas para uma mulher não era tarefa tão fácil. Tuna se apoiou nos ombros dele enquanto o rapaz saia muito feliz com buquê nas mãos.
O dia só estava começando e Tuna não pretendia aliviar para o lado de Nedim, a cada novo cliente que entrava ela sempre dava um jeito de incluir ele no atendimento. Não demorou pra ele esquecer o que tinha acontecido, pois a procura foi muito grande e se continuasse desse jeito teria que contratar uma ajudante.
Tuna também nunca iria admitir mais não gostou da forma que algumas moças olhavam pra ele. Com a loja cheia não tinha espaço para conversar ou tempo a perder, mais deu um jeito de ir até onde ele estava para interromper uma moça, um pouco atirada que gargalhava demais e tinha uma mão ligeira que não cansava de encontrar os braços fortes dele.
- EH...COM LICENÇA ABLLA...NEDIM FALTOU UM POUCO DE ROSAS VERMELHAS, VOCÊ PODE IR BUSCAR NA ESTUFA? POR FAVOR?
- SIM CLARO...SÓ UM MINUTO!
- NÃO PODE IR AGORA...EU...TERMINO ESSE ATENDIMENTO...OBRIGADA NEDIM! Disse ela de forma delicada porém séria, ele encontrou um par de olhos azuis o encarando e então obedeceu, lógico que não deixou de notar que a vasilha de rosas estava cheia, rindo foi para a estufa.
Tuna terminou o arranjo como ela queria e quando Nedim voltou a moça já tinha ido embora, ele então disse que não tinha onde colocar as flores já que a vasilha estava cheia, Tuna então disse mudando de assunto.
- ESTOU COM TANTA FOME...VOCÊ PODERIA FAZER ALGO GOSTOSO PARA COMER!? O QUE ME DIZ?
- SIM CLARO...VOU PREPARAR UM JANTAR DELICIOSO...
A puxou para dentro do quartinho e deu um beijo apaixonado, sabia que ela tinha ficado com ciúmes, ficou satisfeito ao pensar que ela gostava tanto dele ao ponto de parar uma moça assanhada.
Adem não conseguiu mais trabalhar, estava completamente envolvido com a lembrança da florista. Ficou disperso a tarde toda e seus funcionários e amigos começaram a desconfiar que algo tinha tirado atenção dele. Estava na hora de ir embora, desta vez ele pegou um carro mais esportivo uma audi preta e saiu dirigindo, queria ter a chance de vê-la antes de ir pra casa então passou na frente da floricultura e pra sua sorte lá estava ela linda recolhendo as coisas para fechar. Até pensou em parar, mais logo atrás estava Nedim recolhendo algumas caixas pesadas então não enfrentaria o homem novamente ficou feliz em conseguir rever Tuna mesmo que a distância, seguiu para seu apartamento ainda lembrando da bela florista que viu mais cedo.
Com um balanço positivo deste primeiro dia de trabalho Tuna estava só alegria, apesar do cansaço ela estava muito feliz. Nedim estava na cozinha fazendo um jantar delicioso, como tinha prometido e ela foi direto para o banho, depois de um tempo com a água quente escorrendo pelo corpo e mais relaxada saiu enrolada na toalha. Não percebeu mais Nedim observava enquanto ela trocava de roupa, o desejo dele era tão intenso que quase não conseguiu se segurar e entrou no quarto acabando com essa vontade que parecia agulhas em seu corpo. Ela colocou un pijama e seguiu para a sala, mais calmo ele esperava sentado a mesa.
- AINDA BEM QUE VOCÊ NÃO DEMOROU...SENÃO A COMIDA IRIA ESFRIAR...VENHA SENTE-SE AQUI!
- ESTOU TÃO CANSADA QUE PODERIA DORMIR AQUI MESMO...MAIS ESTÁ COM UM CHEIRO TÃO DELICIOSO...Agarrou ele pelo pescoço e beijou as bochechas, como forma de agradecer.
Fazia um tempo que ele estava pensando em casamento, mais algo parecia travar quando ele ia propor. Talvez a história de vida dele, com o casamento destruído dos pais e muita violência, ele tinha um bloqueio nesse assunto. Olhava pra ela mais as palavras não saia pela boca e cada vez o olhar dela denunciava que ela estava só esperando ele dizer. Mais uma noite. Nedim não conseguiu falar o que tinha pra dizer, depois do jantar  eles arrumaram a cozinha e ela foi embora já arrependido, pensou "VOCÊ PRECISA ABRIR A BOCA NEDIM...ELA ESTÁ ESPERANDO SEU PEDIDO". Mais parecia que a boca estava travada e mais uma noite foi embora dormir sozinho.
Tuna já estava deitada, mais continuava pensando e sem entender o porquê Nedim ainda não tinha oficializado o pedido do casamento. " O QUE ESTÁ ACONTECENDO? PERCEBO QUE ELE ESTÁ NERVOSO OU INSEGURO? O QUE ESTÁ ME ESCONDENDO?" Ouviu um barulho na parte de fora parecia ser no quintal assustada ela acendeu a luz pra tentar afugentar o intruso. Pegou uma vassoura e correu pra porta, as latas de lixo continuavam fazendo barulho, ela então abriu a porta e disse.
- QUEM ESTÁ AI? APAREÇA...OU VOU CHAMAR A POLÍCIA...
Ouviu mais um barulho e então uma moça apareceu, ela estava toda suja, com roupas esfarrapadas e apenas uma bolsa nas costas.
- SRA...DESCULPE-ME SE TE ASSUSTEI...Dizia ela com as mãos para cima, demonstrando não ser uma ladra - EU APENAS ESTOU COM FOME E BUSQUEI AQUI NO SEU LIXO ALGO PARA COMER...MAIS JÁ ESTOU DE SAÍDA!
Mais calma Tuna abaixou a vassoura e disse.
- ESPERE...NÃO QUERIA TRATAR VOCÊ DESSA FORMA...EU SOU TUNA! VOCÊ GOSTARIA DE UM PRATO DE COMIDA?
- ME CHAMO CIÇEK...E SIM EU ESTOU COM MUITA FOME, SÓ ME DÊ O PRATO E EU PROMETO IR EMBORA RAPIDAMENTE!
Tuna ficou com pena a moça parecia ter por volta de 25 anos, apesar do rosto sujo ela era muito bonita, pele branca e cabelos negros porém mal cuidado. Ela convidou a moça para entrar, disse que precisava esquentar a comida.
Tuna mandou a moça sentar a mesa enquanto ela esquentava a comida, a jovem pediu para usar o banheiro. Quando voltou estava com o cabelo preso, rosto e mãos limpas sentou onde ela apontou e começou a contar sua história.
- EU PERDI TUDO PARA GUERRA SRA...PERDI MINHA FAMÍLIA EM UM BOMBARDEIO E EU NÃO PODIA CONTINUAR NA SÍRIA, OU PODERIA MORRER TAMBÉM...POR ISSO SAI SEM RUMO E O DESTINO ME TROUXE AQUI...
- CIÇEK...VOCÊ ESTÁ ME DIZENDO QUE UMA MOÇA TÃO BONITA COMO VOCÊ, SOBREVIVEU NAS RUAS COMO UMA REFUGIADA? MEU DEUS...QUANTAS CICATRIZES VOCÊ DEVE CARREGAR?!
- SIM SR. TUNA...TUDO QUE EU TINHA DE MAIS PRECIOSO EU ENTERREI NA SÍRIA E DEPOIS DEIXEI MINHA PÁTRIA EMBUSCA DE SEGURANÇA! NÃO ESTÁ SENDO FÁCIL SOBREVIVER NAS RUAS, MAIS TENHO SORTE...SEMPRE ENCONTRO ALMAS BOAS COMO A SRA QUE ME AJUDAM QUANDO A FOME APERTA.
Tuna estava emocionada com a história dela, como poderia alguém tão jovem já ter sofrido tanto então serviu o prato de comida e ofereceu abrigo aquela noite.
- CIÇEK ACEITE DORMIR NO MEU SOFÁ...VOCÊ PODE TOMAR UM BANHO E DORMIR CONFORTÁVEL ESSA NOITE?!
- POSSO TE CHAMAR DE TUNA? Com a moça afirmando que podia ser chamada pelo nome, ela completou. - EU NÃO VOU NEGAR UM LUGAR SEGURO E QUENTE PRA DORMIR, MAIS AMANHÃ EU PROMETO DEIXAR TUDO EM ORDEM...
Tuna emprestou uma roupa limpa e quando ela saiu do chuveiro a beleza agora com limpeza ficou ainda mais evidente. Ela ajeitou o sofá e mandou ela ficar confortável e sem preocupações apagaram as luzes.
Na manhã seguinte Ciçek já estava em pé bem cedo, era acostumada a levantar junto com o sol. Ela ajeitou onde passou a noite e saiu no jardim, o lugar parecia um sonho com tantas flores e na estufa com as mudas tinha um regador então pra ajudar a jovem que tão prontamente lhe estendeu a mão na noite passada fez todo serviço regando as plantas. Tuna acordou e quando saiu pela porta do quarto, tudo estava em ordem na sala e a moça já tinha feito o serviço matinal, sorrindo ela chamou para o café. Enquanto preparava um café fresquinho com tudo de gostoso que tinha na geladeira Tuna teve uma ideia.
- CIÇEK...EU TIVE UMA IDEIA E QUERIA LHE PROPOR UM TRABALHO! O QUE EU GANHO NA FLORICULTURA AINDA NÃO DÁ PRA OFERECER UM GRANDE SALÁRIO...MAIS VOCÊ PODERIA DORMIR AQUI COMIGO, SE ALIMENTAR E EU TE DARIA UM SALÁRIO ADEQUADO...O QUE ME DIZ?!
Quando ela se virou a moça estava chorando muito, as mãos estavam no rosto tentando tampar sua vergonha. Ela então atravessou a cozinha e abraçou com força.
- SE ACALME...CIÇEK EU TAMBÉM SOU ÓRFÃ E SEI DE TODOS SEUS MEDOS...POR ISSO PODEMOS NOS AJUDAR! VEJA SE VOCÊ JÁ FOI TÃO PRONTA EM REGAR AS PLANTAS NA LOJA VAI SER UMA HARMONIA PERFEITA...
- TUNA...SUA PROPOSTA ME COMOVEU PORQUE ENQUANTO EU REGAVA AS PLANTAS EU PEDIA ALLAH UM LAR COMO ESSE...QUE TRANSMITE SEGURANÇA E PAZ...AGORA VEJA O QUE ALLAH ME PREPAROU...EU ACEITO! NÃO PRECISO DE SALÁRIO, APENAS UM TETO PARA SEGURO, QUENTE, UMA REFEIÇÃO E SUA AMIZADE JÁ É O BASTANTE.
Ela então deu outra roupa para a moça e disse que elas tinham muito serviço pela frente. Abriram a loja e logo os clientes começaram a aparecer, realmente a ajuda foi de muita valia, CIÇEK era muito prestativa e também caprichosa.
Adem saiu de casa cedo, queria tentar chegar antes de Nedim na floricultura e pegar a moça sem qualquer impedimento afinal só queria agradecer e se desculpar.
Pegou o carro mais esportivo, abriu o teto solar, colocou uma música agitada e saiu, no caminho pensou em tudo, inventou que precisava de um buquê para sua sócia, para comemorar o aniversário dela, dessa forma não assustaria a moça com sua presença hoje de novo e se por acaso Nedim aparecesse também tinha a desculpa certa.
Parou o carro e bateu na porta pedindo licença, Tuna estava ainda mais bonita naquele dia, prendeu os cabelos em uma linda trança que quase chegava no final das costas, algumas mechas teimavam em cair no rosto dela, os olhos azuis ficaram vivos quando percebeu sua visita.
- BEM-VINDO! DEIXE-ME VER SE LEMBRO SEU NOME...ADEM?! NÃO É MESMO?
- SIM...STA. TUNA...ME CHAMO ADEM...COMO VOCÊ PODE VER, HOJE VOLTEI POIS PRECISO DA SUA AJUDA!
Ele contou sobre o buquê especial para sua sócia e disse que pensou na loja dela quando a ideia veio a mente. Tuna então disse que ele tinha vindo ao lugar certo e que eles fariam um belíssimo arranjo.
- PARA UMA DATA DE ANIVERSÁRIO EU SUGIRO FLORES MAIS COLORIDAS...VEJA ESSAS OPÇÕES...PODEMOS MESCLAR ALGUMAS VARIEDADES...Enquanto ela fazia seu trabalho Adem só conseguia olhar para ela, o vestido igualmente florido fazia ela parecer parte da decoração. Ele então viu CIÇEK trabalhando e disse.
- VEJO QUE HOJE SUA AJUDANTE É BEM MELHOR QUE SR. NEDIM...ELA PELO NÃO PARECE QUE VAI ME BATER...EU QUERO PEDIR DESCULPAS POR ONTEM E AGRADECER POR SUA AJUDA...
- NÃO SE ENGANE CIÇEK PODE ATACAR A QUALQUER MOMENTO...Disse Tuna sorrindo, parecia uma fada alegre daquele jeito.
Com o buquê quase pronto ela estava tendo dificuldades em amarrar o barbante, foi então que Adem perguntou se podia ajudar, ela não vendo problema disse que seria ótimo e realmente foi se Nedim não tivesse chegado bem na hora que ele pegava nas mãos de Tuna. Envergonhada ela tirou rapidamente as mãos debaixo das dele e desejou boas vindas ao noivo. Antes que conseguissem dizer mais alguma coisa Nedim fez uma cara de poucos amigos e levou a mão na cintura, onde ficava a arma. Tuna olhou feio para ele reprovando essa atitude e pediu.
- CALMA NEDIM...POR FAVOR! ADEM SEU BUQUÊ ESTÁ PRONTO...VOCÊ PODE IR...
- MAIS STA. TUNA EU NÃO PAGUEI...
Nedim foi pra cima dele, mais Tuna entrou na frente e pediu mais uma vez pra ele ir embora.
- ADEM EU DISSE QUE SEU BUQUÊ ESTÁ PRONTO...VAI...AGORA!
Puxou Nedim pelo braço enquanto o rapaz passava por ele temendo apanhar.
- NEDIM...O QUE É ISSO? VOCÊ NÃO PODE AGIR ASSIM...NÃO PODE PUXAR A ARMA PRA QUALQUER UM...
- VOCÊ NÃO ENTENDE QUE ELE PROVAVELMENTE ENGANOU VOCÊ COM ALGUMA HISTÓRIA DE PRESENTE...COM TANTOS LUGARES PORQUE VOLTAR AQUI?  Com animos agitados eles gritavam no meio da loja, CIÇEK veio até o casal e perguntou.
- TUNA VOCÊ QUER ALGUMA AJUDA AÍ? DIGO NÃO É MELHOR CONVERSAR EM OUTRO LUGAR?
- QUEM É VOCÊ AGORA? Perguntou Nedim ainda esbravejando e muito inrritado.
- NÃO RESPONDA CIÇEK...VOCÊ NÃO DEVE SATISFAÇÃO PARA ELE...E SE VOCÊ NÃO TIVER MAIS NADA PRA DIZER EU TENHO TRABALHO NEDIM...Apontou para a porta com a mão na cintura, como quem dava ordem pra ele sair.
Expulsar ele só piorou as coisas, mais ela não podia deixar ele agir daquela maneira grosseira. Nedim por sua vez cabeça dura saiu pisando duro entrou no carro e saiu depressa, prometendo que depois voltava pra conversar melhor. Adem que observava tudo já tinha mais uma desculpa pra vir outro dia, graças a Nedim ele não pagou a conta então iria render mais um encontro.
Ciçek correu buscar um copo com água para Tuna aparentemente estava abalada com toda a situação e também estava com vergonha dos clientes que estavam na loja naquele momento.
- VÁ PARA CASA...EU TERMINO OS ATENDIMENTOS E VOU VER COMO VOCÊ ESTÁ! VAMOS...Ponderou Ciçek percebendo que a amiga não tinha condições de continuar parada na loja. Tuna deu um sorriso sem graça e achou melhor fazer como ela dizia, saiu correndo e ao chegar no jardim não aguentou e desabou a chorar, pensava " COMO ELE PODE DESCONFIAR QUE EU OLHARIA PARA OUTRO HOMEM...ELE ME INSULTA COM ESSA DESCONFIANÇA". Brava andava de um lado para outro, tentando se acalmar.
Ciçek terminou o que estava fazendo e colocou uma placa de "VOLTO JÁ" precisava ver como Tuna estava, ao passar pelo balcão o telefone tocou, achou melhor atender pdoeria ser algo importante.
- ALÔ...SIM É DA FLORICULTURA...E UMA ENCOMENDA? SIM É VERDADE NÓS TEMOS AS MAIS BELAS FLORES DE ISTAMBUL...PRA QUANDO? SEXTA? ÓTIMO SUA ENCONDA ESTARÁ PRONTA...MUITO OBRIGADA!
Ao desligar o telefone se deu conta que poderia ter arrumado uma confusão, sem consultar Tuna ela deu a palavra que a encomenda estaria pronta na sexta, agora precisava se certificar que a amiga tinha essa quantidade.
Encontrou Tuna sentada no jardim, ela estava triste e preocupada. Ciçek se aproximou e abraçou dizendo que tudo ficaria bem. Depois dela contar sua história com Nedim e Ciçek entender um pouco como ele era, ela disse.
- ABLLA...VEJA NEDIM É UM HOMEM DIFERENTE...PROVAVELMENTE TÊM ALGO QUE VOCÊ NÃO SAIBA DO PASSADO DELE...O QUE FAZ ELE AGIR ASSIM! PESSOAS COM ESSE CIÚMES EXAGERADO PROVAVELMENTE JÁ FOI MUITO TRAÍDO E ESSAS MARCAS CAUSAM TODO DESCONFORTO.
- EU SEI ABLLA...MAIS VEJA NÃO É JUSTO COMIGO, ME DÁ IMPRESSÃO QUE NÃO SOU UMA PESSOA CONFIÁVEL E POR ISSO ELE PRECISA ESTAR ATENTO AOS MEUS FEITOS!
- OU TALVES ELE TE AME TANTO QUE O MEDO DE TE PERDER ESTÁ CONFUNDINDO SUA MENTE...NÃO SE ACHA DIGNO E POR ISSO VOCÊ PODERIA TROCA-LO A QUALQUER MOMENTO, JÁ PENSOU NISSO?
Realmente era bom ter alguém pra conversar, a nova irmã era uma ótima conselheira e a fez refletir sobre tudo que aconteceu. Ciçek então revelou o telefonema com a encomenda, Tuna se desesperou pois não tinha essa quantidade e era impossível conseguir para sexta.
- ABLLA...RU ACHEI QUR CONSOLIDAR O NOME DA FLORICULTURA NESSE EVENTO SERIA BOM PARA OS NEGÓCIOS...ME DESCULPE!
- ALLAH E AGORA? PRECISAMOS PENSAR...EH...JÁ SEI ZIYAH ABI ELE DISSE QUE PODERIA AJUDAR...CIÇEK QUERIDA, VOCÊ VAI PRECISAR IR FALAR COM ZIYAH ABI NA MANSÃO...ELE PODE TER ALGUM CONTATO! VOCÊ FARIA ISSO POR MIM? NÃO ESTOU BEM...
- SIM...EU PROMETO QUE VOU VOLTAR COM A NOSSA ENCOMENDA GARANTIDA...
A garota nem se trocou, foi do jeito que estava com avental e lenço na cabeça, pegou um taxi e foi para a mansão Kirimili.
Quando ela chegou os seguranças do portão perguntaram o que ela fazia ali, ela então sem saber ao certo o que dizer respondeu que Ziyah Kirimili estava esperando por ela, os homens se olhavam pois aquela garota simples era bem diferente das damas de companhia que eles estavam acostumados a ver Ziyah buscando para satisfazer seus desejos.
Todos da mansão estavam no hospital, então quando Ziyah voltou disse que uma moça chegaria de taxi e era pra eles mandarem ela para o seu quarto, sem pensar os homem disseram que ele  já tinha chegado e estava esperando, contente Ciçek seguiu com eles. A mansão já estava bem diferente, mais ainda assim era imponente chegou até dar medo nela, mais respirou fundo e subiu as escadas. Bateu na porta mais como estava aberta apenas entrou dizendo "OLÁ!" sem resposta achou melhor sair e esperar lá fora o quarto dele era bonito e tinha um terraço com muitas flores o que chamou atenção, não vendo problemas resolveu ir até lá, afinal Tuna chamou o homem de irmão deveria ser alguém de confiança.
Ziyah fazia muito tempo que já não se interessava sexualmente por Ikbal, apenas cumpria suas obrigações mais paixão ardente não sentia. Bem antes da morte dela ele já recorria as damas de companhia, que em suma gostava de conversar coisas normais e depois satisfazia seus fetiches e desejos, agora depois da morte dela essa busca por mulheres ficou mais frequente, ele era bem discreto mais naquela tarde como todos ainda estavam no hospital com Kevser e Yalçin, ele telefonou e mandou uma moça seguir para mansão. Queria desflorar ela na cama de Ikbal, lugar onde tantas vezes foi infeliz, queria se sentir desejado ali no quarto do antigo casal.
Chegou avisou os seguranças e entrou para o banheiro, tomou um banho demorado e então ouviu alguém dizendo "OLÁ" a voz dela já excitou pensou "É ESSA MULHER, SE ELA JÁ ME DEIXOU ASSIM SÓ COM A VOZ, VAI TIRAR DE UMA VEZ A AMARGA LEMBRANÇA DAQUELA MALDITA". Enrolou uma toalha na cintura o que não disfarçou em nada o volume e saiu do banheiro com outra toalha no pescoço. Estava empolgado e muito excitado então nem se deu o trabalho de ver direito a moça, a encontrou abaixada próximo as flores, na posição que ela estava só aumentou o tesão então a puxou para cima e abraçou por trás se esfregando nela.
- AI...ALLAH...SOLTE-ME! VOCÊ ESTÁ LOUCO? Gritou a moça, mais o estado de transe era tão profundo que ele nem ouviu o que ela dizia, o cheiro que vinha dela lembrava a flor Jasmin-doce sua preferida e só isso já era o bastante pra ele se perder. Ziyah subiu a mão pela coxa dela o que fez a moça se debater até conseguir se soltar dele, se virou  e então inconformada com a astúcia e falta de respeito dele o empurrou pra tentar sair do quarto. Ele percebendo que tinha cometido um erro, tentou ir atrás dela para entender quem era.
- EI...ESPERE! SÓ UM MINUTO...Ciçek corria pelo corredor, antes de chegar na escada ele alcançou. - EU MANDEI VOCÊ PARAR...QUEM É VOCÊ?! Ziyah segurava firme nos braços dela e agora observava mais atentamente, ela estava vestida com um avental e lenço mais o rosto era delicado e tinha algumas sardinhas nas bochechas, olhos negros como a noite e cabelos bem cheio de cachos preto como petróleo e a boca era fina e delicada. Algo nela chamava sua atenção talvez fosse o olhar forte ou sem dúvidas o perfume.
A trouxe para mais perto e perguntou de novo quem ela era e o que fazia no seu quarto, a moça estava tão assustada que não conseguia responder, gaguejava coisas sem sentido mais não tirava os olhos dele.
Pra piorar a situação um barulho na porta o fez recuar, Seher e Yaman estavam chegando quando olhou para si, estava sem roupas adequadas e com uma moça que parecia assustada. Ele então a puxou de volta para o quarto pedindo para fazer silêncio.
- POR FAVOR...NÃO FAÇA BARULHO OU VAI SER MUITO RUIM...E NÃO VAMOS CONSEGUIR EXPLICAR, POR FAVOR!
Ela fez que sim com a cabeça e entrou no quarto, percebendo que ela não fugiria Ziyah soltou seu braço e indicou para ela se sentar na cama enquanto ele entrava no banheiro. Em dois tempos voltou com um moletom e sentou ao lado dela, envergonhado pediu desculpas.
- EU CONFUNDI VOCÊ COM...DEIXA PRA LÁ! DESCULPE-ME POR FAVOR?! SOU ZIYAH, QUAL O SEU NOME?
- SOU CIÇEK...Ele não segurou a risada ao ouvir o nome dela, só podia ser brincadeira "flor" combinava muito com ela esse nome.
- O QUE FAZ AQUI MOÇA? COMO VOCÊ ENTRA NO MEU QUARTO DESTA MANEIRA?!
- SR. ZIYAH EU VIM EM NOME DE TUNA, ESTOU TRABALHANDO NA FLORICULTURA COM ELA...ENTÃO QUANDO CHEGUEI OS SEGURANÇAS MANDARAM EU PRA CÁ  ACHEI QUE O SR. ESTAVA ME ESPERANDO!
- TALVES EU ESTIVESSE MESMO TE ESPERANDO, SEM NEM SABER...
Ela puxou o lenço dos cabelos que revoltados ficaram armados e com muitos cachos mais combinava com ela e sem dúvidas ficou ainda mais linda, levou a mão na cabeça pensando na confusão que tinha arrumado. Ela se levantou e disse que precisava ir, saiu do quarto em direção das escadas mais Yaman a parou.
- QUEM É VOCÊ? E O QUE FAZ NA MANSÃO?
Ziyah que vinha logo atrás disse que ela estava com ele, intrigado Yaman perguntou do que se tratava aquilo antes que o homem falasse mais alguma asneira ela resolveu responder.
- VIM A PEDIDO DE STA. TUNA...ZIYAH BEY VAI NOS AJUDAR A ENCONTRAR AS FLORES QUE PRECISAMOS PARA UMA GRANDE ENCOMENDA...POR ISSO ESTOU AQUI E AGORA ESTAMOS DE SAÍDA NÃO É MESMO ZIYAH BEY?
Yaman olhou para irmão e sem questionar disse que eles poderiam ir já que era tão importante, achou estranho irmão sair com roupa de exercícios, já que ele sempre usava roupas executivas mas pensou ser a pressa pra ajudar Tuna. Ziyah então seguiu escada abaixo com a moça e mandou buscar seu carro  abriu a porta para ela, saiu dirigindo sem nem saber para onde exatamente estava indo.

AMORES IMPROVÁVEISOnde histórias criam vida. Descubra agora