Capítulo 10🖤

3.6K 523 141
                                    

Azriel

— Az, o que há? -perguntou Angel.

— Nada. -murmurei.

Eu rosnei para o sexto macho que olhou para ela por tempo demais.

— Se é nada, por que está rosnando? -perguntou.

Ela pediu para a moça embrulhar o grande ursinho lilás pra presente.

— Não tenho nada. -falei.

— Sei... -semicerrou os olhos.

Eu a encarei e ela deu um pequeno pulinho, me dando um leve selar nos meus lábios.

Eu desmanchei a carranca que eu estava, a encarando.

Ela sorriu para mim, aquele sorriso ao qual faz seus olhos se apertarem, quase se fechando, aquele sorriso que chega aos olhos.

Eu sorri pouco de lado para ela.

— Aqui está, senhorita. -disse a feérica, entregando um grande embrulho para Angel em uma sacola.

— Obrigada. -ela agradeceu, pagando ela, sorrindo.

— E o senhor? Não vai querer nada? Mestre espião. -a feérica sorriu para mim, me encarando de cima a baixo.

Eu abri a boca e Angel me cortou.

— Ele já tem, não quer não, flor. -ela disse.

Ela pegou em minha mão, me arrastando.

Eu encarei a fêmea, sério.

— Comprometido. -falei.

— Entendo. -ela disse, envergonhada.

Angel resmungou um "mulher assanhada".

Eu mordi os lábios, contendo a risada.

— Ei. -cutuquei a mesma, que estava emburrada.

— Quê? -me encarou.

— Não ligue para isso, sabe que gosto só de você. -falei.

Ela fez bico, irritada.

— Difícil, e olha que eu sou pacífica, na santa paz de jhá. -ela disse.

Eu a trouxe mais para mim, segurando sua cintura.

— Fica linda irritada, sabia? -questionei divertido.

— Olha o tiro não, Az, não adianta se esconder porque o tiro vai te achar. -falei.

Eu mordi os lábios, contendo a gargalhada.

Um macho passou, assobiando na direção da bela mulher.

Eu parei bruscamente, só ouvia o som de Angel me chamando.

Mas eu já tinha acertado um soco no macho, o levando a neve.

— AZRIEL! -gritou Angel.

Eu me virei, a encarando, a mesma estava horrorizada.

— O que é isso?? Az! -exclamou ela.

— Ele...

— Assobiou para o cachorro dele! -ela apontou para um cachorrinho que saltitava ao redor do dono, que estava na neve.

Eu pisquei.

— Moço, desculpe, eu juro que ele não é assim. -ela disse, ajudando ele a levantar.

— Sem problemas, moça. -disse o macho ainda zonzo.

— Desculpe. -murmurei.

— Aconselho que não saiam em frenesi, é melhor ficarem em casa, sei disso porque tive que fazer o mesmo com a minha esposa. -ele disse.

Corte De Um Amor Para Azriel.Onde histórias criam vida. Descubra agora