Capítulo 15🖤

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Azriel

Suspirei aliviado quando vi que Angel não tinha mais febre ou dores no corpo.

Fora só uma recaída, ela não está acostumada com inverno a este nível.

O inverno ainda brilha lá fora, a neve branca pintando Velaris, este será o inverno mais longo do ano, pelo o que vejo.

Eu fiz questão de fazer sopa para ela, canja de carne, e também fiz questão de lhe dar cada colherada na boca.

— Sabe, eu nunca contei a verdade sobre os biscoitos, contei uma meia verdade. -falei.

— Foi? -me encarou, apoiando o rosto em meu peito.

— Minha mãe levava café e biscoitos de avelã com cobertura de chocolate para mim quando eu estava naquela cela escura, quando eu era criança. -murmurei.

— Ah, Az.. -tocou o meu rosto.

— Sempre que ela vinha a esperança invadia meu peito, e eu podia ter alguns minutos com ela, conversando, comendo biscoitos e tomando café.

— Eu sinto muito pelo o que te fizeram, e se eu os visse, os mataria. -falou.

Eu sorri pouco.

— Você é tão pura, meu amor, não quero que suje suas mãos por mim. -beijei sua mão.

— Mas você sujaria as suas por mim.

— Sem pensar duas vezes. -falei seriamente.

— Então eu sujo as minhas por você, não me importo. -falou.

Eu beijei seus lábios suavemente.

— Minha linda...

— Eu te amo. -falou.

Eu a encarei, meu coração sempre se derretendo quando ela dizia aquelas três palavras.

— Eu também te amo, meu amor. -falei.

Ela sorriu, esfregando a ponta de seu nariz no meu.

— Az, queria falar sobre....

Ouvi uma batida na porta, ela também ouviu, erguendo a cabeça.

— Eu antendo. -falei.

Quem diabos é? Ninguém sabe desse apartamento além de Cassian e Rhys e a minha mãe, tirando eles, ninguém.

— Deixa que eu abro. —ela deu um pulinho da cama— já estou melhor.

— Mas não cem por cento! -saí correndo para pegá-la e botá-la na cama de novo.

Ela foi mais rápida, chegando até a porta.

Ela a abriu.

Eu parei atrás dela.

— Não tem ninguém. -ela disse confusa.

Eu franzi o cenho.

Ela fechou e trancou a porta.

— Será que é uma brincadeira das crianças? —questionou ela— eu tocava a campainha e saía correndo. -falou.

— Ora, mas que coisa feia. -cruzei os braços, a encarando.

Ela sorriu divertida.

— Eu era criança, e você não sabe o que é uma velozes e furiosos versão a pé quando eu fazia isso. -disse ela rindo.

Nós nos viramos, travando de imediato, eu pus Angel com um movimento atrás de mim.

Nós encaramos um homem de cabelos azuis e olhos mercúrio, de pele clara, que estava sentado em uma poltrona.

Corte De Um Amor Para Azriel.Onde histórias criam vida. Descubra agora