Capítulo 19🖤

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Azriel

Eu encarei diante de nós uma grande casa, construída no topo da montanha, embutida nas pedras cinzentas.

Eu ergui as sobrancelhas,  surpreso.

— É muito bonita, mas, por que em uma montanha? -questionei.

Angel subiu as escadas embutidas nas pedras, uma escada longa, que se assemelhava a da casa do vento, mas pelo o que eu podia ver, deveria ter onze ou doze mil degraus, pois é a montanha mais alta.

— Ah, vai que eu quisesse pular em algum momento. -ela deu de ombros.

Eu a encarei assustado.

— Pular por que?? -arregalei os olhos.

— Ninguém sentiria a minha falta, até porque, eu não tinha ninguém até você chegar. -ela disse.

Com um movimento de sua mão as portas se abriram.

Eu encarei a bela casa, por dentro, elegante, o chão feito de mármore negro, onde ondas douradas traçam o mesmo, como se um artista tivesse borrado o ouro no negro alcatrão.

As portas se fecharam atrás de nós, eu encarei as escadas feitas do mesmo mármore, os corrimões bem trabalhados na madeira nobre.

As paredes em um tom de cinza, com quadros bonitos expostos em algumas.

— Nossa. -falei.

— Eu que desenhei. -ela disse.

Eu a encarei.

— A casa. —ela entendeu minha dúvida— eu quem projetou ela, a planta, tudo.

— Você é habilidosa. -assenti.

— Sou arquiteta. —ela rolou os ombros— formada, diplomada, até que o trabalho ficou bom. -ela olhou em volta.

Ela subiu as escadas.

— Você vem? -me encarou.

Eu a segui, vendo a pequena criança brincar com as mechas de seu cabelo.

Nós seguimos um corredor, onde há duas portas.

— Este é o nosso quarto. -ela apontou para a primeira porta.

Ela abriu a segunda.

— E este é o da luz. -ela disse.

Nós adentramos o quarto e eu encarei tudo, um lindo berço, ursos e brinquedos, parece o quarto de uma princesa.

— Como conseguiu aprontar isto em pouco tempo? -a encarei.

— Yago arrumou para mim. —ela disse— o invoquei quando achei a menina.

— E você já tinha decidido ficar com ela sem me comunicar naquele momento? -a encarei.

— Não é porque somos parceiros que nossas opiniões são iguais. —ela argumentou— eu tomo minhas decisões, você toma as suas, e pronto.

— Mas era uma decisão séria. -falei.

— Sou bem grandinha para tomar uma decisão sem debate de um conselho. -falou.

Ela estalou os dedos, as pequenas e belas cortinas do berço se abrindo.

— Yago. -chamou.

Um ser se materializou diante de nós, teria de me acostumar com esse seu servo demônio.

— Senhora. -ele a encarou.

— Poderia trazer para mim uma mamadeira? com leite. -ela questionou.

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⏰ Última atualização: Jan 24, 2022 ⏰

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