Era quase madrugada, a rua tinha pouco movimento. Do lado de fora do prédio, a luz de um poste piscava, prestes a se apagar. Agradecia a Hyunjin por conseguir enxergar bem no escuro, seus sentidos à noite ficavam bem aguçados.
- Ouviu isso? – perguntou ele de repente.
Movida pelo instinto, empurro ele contra a parede, movendo meu braço, o coloco ao lado de sua cabeça. Ele era mais alto que eu, então tive que ficar na ponta dos pés para fingir que estávamos nos beijando.
Sua respiração batia lentamente contra o meu rosto, seus olhos vidrados nos meus.
‘apenas ignore, Jihyo. Apenas ignore.’ reforça o meu subconsciente.
Um grupo de universitários bêbados passava rindo alto, fazendo-me desfazer o contato com o garoto a minha frente.
- Era só um bando de universitários, não precisa se preocupar. – continuo andando, ignorando o olhar estranho que ele lançou-me. – você vem? – pergunto já na frente, vendo o loiro parado no mesmo lugar.
-Hum? Sim.
Enquanto caminhava até o estacionamento, que era um pouco longe do lugar aonde alugamos, me perguntava como eles poderiam ter nos achado. Quer dizer, já aconteceu deles terem nos achado uma vez, mas conseguimos despista-los. Porém, algo me dizia que dessa vez era diferente.
- No que está pensando? – sussurrou ele. – você acha que eles vão conseguir nos pegarem?
- Não! – havia convicção em minha voz. – não irei deixar. – não queria voltar para aquele lugar depois de ter provado um pouquinho da ‘liberdade' fora daqueles muros.
- Não querendo ser pessimista, mas e se eles já tiverem encontrado gente? – penso no que responder.
- Eles já tentaram nos encontrar antes, lembra? E não conseguiram. Preciso que fique calmo e se concentre, você é o único aqui que consegue ouvir a quilômetros de distância. – ele acena. – está vendo aquele carro ali – aponto para um carro velho vermelho. - vamos com ele até a estação de trem, pegaremos um trem para o mais longe possível daqui. Sempre tivemos esse plano, não vai ser agora que vai dar errado. – Fiz com que o plano parecesse simples. Era o que eu sempre fazia para mantê-lo calmo, embora não fosse nada fácil e simples manter-se em fuga constante. Hyunjin as vezes era um pouco dramática, e eu culpava o gene de príncipe.
Continuamos caminhando em silêncio até chegar ao carro, não foi preciso ele dizer nada, mas conseguia sentir sua confiança em mim. Tirando a chave de fenda da mochila, faço um esforço para abrir a porta.
- Aonde você aprendeu isso? – ele parecia admirado.
- Assisti a muito filmes. – abro a porta da frente, entrando no carro e me sentando no banco do motorista. Hyunjin faz o mesmo, se sentando ao meu lado no banco do carona.
Coloco a mochila com as armas no banco de trás e arranco o painel do carro, fazendo uma ligação direta.
***
Uma melodia qualquer tocava no rádio, dirigia apressadamente até a estação de trem mais próxima.
- Que horas são? – o loiro perguntou.
- Três e cinquenta da manhã. – respondi depois de um bocejo.
- Deve está cansada, quer que eu dirija?
- Não precisa. Não estou tão cansada. – minto. – pega o meu celular na mochila, preciso conferir uma coisa. – peço a ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
TRUE BLOOD | ᴸᴱᴱ ᴷᴺᴼᵂ
Fanfiction[EM ANDAMENTO] Normalidade? Não. Jihyo não conhecia essa palavra! Depois de fugir com o príncipe herdeiro vampiro, Jihyo e Hyunjin fazem de tudo para sobreviver no mundo humano. Agora, com todos os guardiões atrás deles, a única coisa que desejam é...