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Sem revisão

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Parte um

Jihyo Yang

5 horas depois

Uma armadilha. Caímos na droga de uma armadilha! Strigois saiam de todas as partes, velozes e indestrutíveis. Tínhamos poucos guardiões, a maioria estava morto e alguns se transformando nesses monstros sem humanidade. Lee e eu permanecíamos lutando contra eles, ele usando mais que a força para cravar sua espada contra o coração ou arrancar suas cabeças, algo poético eu diria. Com meu corpo se movendo com rapidez, balancei minha espada no ar, a girando e cravando a parte da madeira de carvalho branco bem no coração daquele vampiro sem humanidade.

Eu já estava ficando cansada, estávamos nessa batalha a horas e não conseguíamos nos comunicar com ninguém da instituição para pedir reforços. Alguma coisa estava muito errado nessa missão, era como se os strigois já soubessem que iriamos aparecer e isso não era possível, ao menos que... ao menos que tenhamos sido traídos. Mas quem? quem trairia sua própria espécie e porque?

- Lee, temos que recuar! - Gritei para ele, que lutava contra três strigois e tentava a todo custo não abaixar a guarda. Mas, quando eu gritei em sua direção, ele se distraiu.

Minho virou a cabeça em minha direção, parecendo ter ficado preocupado com meu grito e se distraiu por uma fração de segundos, fazendo o strigois que estava ao seu lado avançar e morder seu pescoço com força, arrancando um pedaço de sua pele. O guardião mais velho gritou de dor, mas antes de cair no chão, levou sua mão ao peito esquerdo do vampiro, arrancando o seu coração com agressividade.

- Min! - Vi quando ele caiu no chão, fraco e com dor.

Não soube dizer de onde minhas forças surgiram, mas comecei a enxergar tudo vermelho em minha frente, era como se estivesse possuída por trevas. Avancei contra os Strigois e matei um por um, sem remorso algum. A ideia de ver Minho machucado fez incendiar algo em mim, algo que eu não gostei.

Trevas.

Cheguei até ele, sussurrando um feitiço que surgiu em minha cabeça em latim. Uma barreira azul de proteção surgiu ao nosso redor, impossibilitando os monstros de avançarem. Só percebi que estava chorando quando Minho levou sua mão até meu rosto, secando uma lágrima.

- V-você... você não pode fazer magia... - ele falava com dificuldades; suas orbes negras se transformando em um vermelho vivo, o seu ferimento no pescoço não estava curando e isso me deixou mais preocupada que o normal. - não podia ter feito magia. - Eu não conseguia entender nada do que ele falava, magia? como ele poderia saber sobre eu fazer magia?

- Min, você não está curando... - sussurrei.

Ele está se transformando em um Strigor, um strigor sem humanidade e que mata sem piedade. - Por favor, me diga como eu posso ajudar? - Não sabia por quanto tempo esse feitiço iria durar, temia que o tempo que segurasse a barreira se esgotasse.

- M-me mate, por favor. Não quero machucar você, não posso machucar você. - trêmulo, ele pega a estaca de madeira e coloca em minha palma, suplicando para que eu o matasse e acabasse logo com seu sofrimento.

- Não, Min. Não. - A essa altura, eu não ligava mais para o que ele tinha pedido antes, sobre o apelido.

Um grito saiu de seus lábios, indicando que a transformação para Strigoi tinha começado. Com a estaca em mãos, eu tentava fazer o que ele pedira antes, mas travei antes mesmo de pressionar a estaca contra seu coração.

TRUE BLOOD | ᴸᴱᴱ ᴷᴺᴼᵂOnde histórias criam vida. Descubra agora