Recomeçar - Luriel.

Pontos Finais.

Lucien estava decidido, iria tomar uma atitude nesse solstício. Se passara um ano desde todo o lance com as rainhas humanas e tudo com Feyre e seu filho e agora as coisas estavam mais calmas em relação as terras feéricas e humanas. Foi por isso que ele decidira conversar com sua parceira e por um fim naquela angustia e desespero, já se foram dois anos que esse laço foi firmado e estava mais do que certo que Elain jamais olharia para ele ou o daria uma chance, seria melhor dar um fim nessa insistência sem sentido e desistir.

Estava cansado, era isso que o de cabelos vermelhos e brilhantes dizia. Cansado de insistir em algo que não o levaria a nada além de tristeza, sabia que ao fazer isso não mudaria muita coisa, sabia que esse maldito laço sempre estaria ali o deixando como um macho selvagem e irritadiço quando algum outro macho se aproximasse de Elain, mas ele lutaria contra esses instintos, assim como vem lutado contra todos os seus problemas desde que nascera. Mas no momento ele estava desistindo de muita coisa, cansado de lutar todas as suas lutas sozinho e simplesmente todos dizerem que ele não era ninguém. E talvez fosse isso, ele começará a pensar nisso ultimamente quando ficava só na mansão.

Mas isso não importava, agora seu foco estava na abotuadura de sua camisa, tentava deixá-la arrumada o mais rápido possível já estava atrasado o suficiente para o solstício de inverno que Feyre o chamara, ia resolver tudo naquele dia, pois esse seria seu último junto dela, não retornaria, daria espaço a Elain, assim como também se livraria dos olhares de acusação e desconfiança que o círculo intimo, como era chamado, dava a ele, o que seria um alívio. Quando terminara de se arrumar, com sua camisa de seda leve preta e sua calça de couro igualmente preta, atravessou para a casa do rio.

Assim que chegara foi para a porta pronto para bater levemente, quando esta foi aberta por uma Feyre sorridente.
- Eu sabia que viria - Falou o abraçando, ela era a única que Lucien fazia questão de abraçar forte e a que sentia mas saudade.

- Não poderia faltar, certo? - Disse soltando-a e olhando para a sala.

Todos estavam conversando naturalmente, olhou para a parceira sentada ao lado da irmã mais velha acenou brevemente para as duas que o encaravam. O general estava ao lado de Nestha, a loira, Mor estava em outra poltrona ao lado do encantador de sombras, este que olhava para o ruivo, com sua típica cara de desinteresse. Amren e o príncipe de Adriata estavam em um sofá mais afastado conversando. Rhysand estava em outro sofá sozinho, esperando pela parceira provavelmente.

- Boa noite – Disse sabendo que não seria respondido, mas para sua surpresa alguns responderam baixo. Bom, parece que sua amiga tinha dado seu sermão a eles. Um vago sorriso passou por sua mente.

- Estávamos agora indo entregar os presentes, o jantar já terminou mas se você..- Um aceno de Lucien disse que ele não queria – bom estão, junte-se para beber.

- Passo também – um sorriso simples para ela – já deu minha cota de bebidas essa semana. - era uma verdade, tinha bebido mais do que aguentava com Vassa e Jurian numa comemoração simples para Juriam.

- Bom então, porquê não começamos com os presentes? - Ouviu os murmurinhos de alegria deles e então procurou um lugar para sentar, restava apenas ao lado do encantador e não soube bem o que fazer. Sabia que o mesmo o odiava, sabia também que ele tinha interesse em sua parceira, mas por hoje ele ligou o foda-se e sentou-se ao seu lado o vendo ajeitar sua postura um pouco desconcertado e sem saber o que fazer, mas ficou parado e encarou a grã-senhora – Por que você não começa Rhys ?- Continuou Feyre, o grão-senhor da corte noturna olhou para a parceira e sorriu.

- Como quiser, Feyre querida – Ainda sorrindo para a parceira e distribuindo os presentes para os demais.

Lucien sabia que não iria receber presentes de outras pessoas além de sua amiga, mas ele dessa vez resolveu trazer presentes a todos, ainda não sabia o motivo de ter feito isso. Então quando chegou sua vez, presentes aparecem nas mãos deles.