Capitulo 14 - Preso no Armário

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E Agora? — Cap14

 “Olá voltei, o Camus tá descansando um pouco, se é que vocês me entendem?”

 “Hum... deixa eu ver onde paramos... Ah, sim!"

O final de semana com o Camus na casa dos avós da Marin foi sem dúvida um dos melhores da minha vida, até então. E lá pude ter a certeza que eu amava o Camus, que queria passar toda minha vida ao lado dele. Tá, eu sei que vocês devem estar pensando... "Com dezesseis anos o que esse garoto sabe da vida?" realmente não sabia nada, mas aquela certeza morava dentro de mim, eu queria o Camus junto a mim, para sempre.

Voltamos pra casa mais apaixonados que antes, e eu com mais tesão e vontade de transar com ele... Sei que prometi para o Camus ter calma e esperar o momento dele, mas não prometi que não ia tentar de todas as formar, vai que o momento dele chega e ele, distraído não percebe? Eu tinha que tá ali lembrando a ele, não é?

Nós vivíamos nos agarrando, ou melhor, eu vivia agarrando o Camus. Quando estávamos na minha casa eu sempre mantinha a porta do meu quarto trancada pra poder ficar bolinando ele em paz.

Certa vez minha mãe veio me perguntar por que a porta vivia trancada e eu, com a maior cara de pau, coloquei a culpa na Sônia.

— Mãe, ela não deixa a gente em paz, atrapalha quando a gente tá estudando e principalmente quando a gente tá jogando. — Expliquei com minha cara de anjo, acho que minha mãe acreditou, mas ainda assim, me deu uma leve bronca.

— Milo, você tem que ter mais paciência com sua irmã, ela é pequena e precisa de você! — Mamãe disse antes de sair, olhei para o Camus que estava tentando disfarçar o constrangimento pela situação. Pelos Deuses, ele ficava lindo sem graça daquele jeito quando era criança, e ainda fica até hoje.

— Camus, relaxe, está tudo bem. — Falei tentando acalmá-lo, ele concordou com a cabeça e voltou a prestar atenção nos livros, estávamos estudando, e agora com o campeonato de vôlei estourando por ai, tínhamos pouco tempo para ficar juntos e “estudar” juntos era a saída.

— Ela vai acabar descobrindo, Milo, temos que ser mais cuidadosos. — Camus falou sério e acrescentou: — Agora vamos estudar.

Não demorou muito para que minha mãe entrasse no quarto novamente e nos viu estudando comportados. — Milo, estou indo ao mercado, vou levar Sonia comigo para que vocês possam estudar em paz.

Precisei que usar de todo meu autocontrole para não fazer aquela cara de alegria de quando nosso time ganha, sabe?

— Tá bom, mãe. Ei, traz doritos pra mim! — Lembrei a ela.

Assim que ela saiu, olhei para o Camus com um olhar ferino.

— Nem vem, Milo, a gente tem que estudar! — Meu ruivo falou fazendo doce, acho que ele tinha um prazer a mais em me ver implorar.

Não preciso dizer que não demorou nem dois minutos e nós já estávamos aos beijos na minha cama.

— Milo, isso é loucura, daqui a pouco sua mãe volta. —Camus reclamou entre um gemido e outro.

— O que eu posso fazer Camus? Não consigo me manter longe de você, já tinha tesão em você antes de saber o gosto da sua boca e o cheiro da sua pele. — Falei trabalhando rápido com minhas mãos, acariciando seu corpo e puxando seu pau para fora da bermuda.

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