E Agora? — Capítulo 11
"Tá pode deixar que eu vou contar as coisas agora Camus"
"Mas, Milo? Eu não terminei ainda!"
"Mas eu quero escrever também, Camus! Você tá monopolizando"
"Milo, tem coisas que você não sabe ao certo"
"Ahhhhh, ainda tem coisas que eu não sei??? Vamos lá, Camus, conte, conte! E não gire os olhos pra mim assim!!!"
"..."
"Vamos lá, Camus, o que eu não sei?"
"São apenas detalhes, Milo, apenas detalhes."
"Hunf"
"Posso continuar?"
"... Tá, continua, Camus. Quero saber sobre esses detalhes".
A semana estava tranquila, eu havia combinado tudo com a Hilda, ou melhor, estávamos a semana inteira colocando os detalhes em prática.
— A gente vai junto até o shopping, chegando lá você vai até o lugar que combinou de se encontrar com ele, vou estar atrás de você. — Ela começou decidida no intervalo da escola.
Eu e a Hilda conversávamos muito durante o intervalo enquanto o Milo e os outros caras ficavam jogando o vôlei, sempre treinavam para o campeonato deles.
— E se ele for um maluco com uma arma? E se ele me sequestrar para trabalhar numa rede de prostituição internacional? — Perguntei tenso, realmente, eu estava nervoso. O encontro era dali a dois dias.
— Camus, ele te enviou uma foto dele, não foi? — A Hilda me perguntou e eu confirmei com a cabeça. — Então você só se aproxima se for o rapaz da foto, se for um velho maluco a gente grita e sai correndo.
— Tá. — Confirmei, — Mas você sabe que vamos ao shopping do outro bairro, não é? "O The Mall Athens", pois o "River West Shopping Center" é o que eu costumo ir com o Milo e os meninos. — Acrescentei quando vi a Hilda erguendo a sobrancelha pra mim. — Não quero correr o risco de encontrar com nenhum deles, é isso! — Menti, na realidade é onde eu e o Milo combinamos de ver Transformers há algum tempo, realmente não queria ver este filme sem o Milo, principalmente no cinema que havíamos combinado de ir.
— Tá tudo bem, você já falou com ele? — Ela perguntou novamente.
— Já, Hilda, já acertei tudo, vamos mudar de assunto? — Pedi, pois aquela conversa estava me tirando do sério.
Ela me olhou por uns instantes e viu que eu olhava para a partida de vôlei que acontecia na quadra, na realidade meus olhos estavam grudados num certo loiro cabeludo que havia acabado de fazer um bloqueio incrível e sorriu pra mim. — Você sabe que não vai rolar, não é? — Ela me perguntou.
Desviei os olhos do jogo do Milo e não respondi nada.
Foi a vez de o Sieg fazer um ponto de ataque. — Algum avanço com o seu pretendente secreto? — A Hilda ainda achava que eu não sabia quem era o "alvo secreto" dela, mas era só juntar os pontos, esse interesse da Hilda em mim começou quando o Sieg foi transferido para minha classe, e obviamente ela tinha interesse em alguém de lá, só poderia ser ele. Isso sem contar a forma que ela olhava pra ele, só faltava babar. — Se continuar secando o Sieg assim é capaz dele cair daqui a pouco.
Não que eu fosse mágico ou algo assim, mas a questão é que o Sieg tropeçou nas próprias pernas e se estatelou no chão logo após eu falar.
Eu e a Hilda tentamos abafar o riso. — Estou confiante, Camus, ontem ele me acompanhou até em casa, falei que estava com medo de ir sozinha. — Ela completou dando risadinhas.
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E Agora?
Fiksi PenggemarMilo tem uma vida tranquila numa pequena cidade grega, até a chegada de uma família de gringos mudam-se para a casa da frente. E a mais improvável amizade se faz presente. Desde a infância, com toda a sua inocência, adolescência,com todas as suas de...