05 憂 School

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Naquele dia, John havia acordado um pouco mais contente e não se importou de trabalhar tanto até seus músculos doerem ou de a noite ter apanhado do seu pai como um castigo por no dia anterior ter "cometido um pecado". Antes de sentar-se mesa para o café da manhã, foi obrigado a tomar água "abençoada" e ler alguns salmos da Bíblia, em específico o 120 e o 27, John realmente não via tal necessidade já que "havia lido" os mesmo na noite passada.

— Agora que está livre dos pecados e da desobediência, vamos trabalhar passar mostrar a Deus que merecemos o retorno pelo nosso esforço contínuo! Não pare até o anoitecer! — Disse o velho.

"Até hoje espero Deus me dar algo, trabalho igual um escravo e ainda tenho que aguentar esse homem chato que só me deu decepção até agora!" — Pensou o jovem.

Até segunda de manhã, Johnny estava proibido de sair de casa e nisso continha deitar-se debaixo da costumeira árvore por seu pai saber que ele conversava com Ten, ou seja, não estaria isolado o suficiente para se purificar dos pecados. No dito dia, lá pelas 6 da manhã o americano bateu na porta da casa de Ten, demoraram para atender e quem atendeu foi Chaya.

— Olá Sr. Seo, como está? — Ela disse calmamente o olhando de cima a baixo e notando alguns hematomas por seus braços e rosto.

— Bom dia senhora, eu estou bem e vocês? — Ao perceber o olhar dela sob si, tratou de baixar as mangas para cobrir os ferimentos dos braços.

— Estamos bem graças a Deus! Veio buscar Ten para a escola certo?

— Sim...

— Irei chamá-lo, ele está se arrumando ainda, se quiser sente-se na mesa para esperá-lo querido!

— Não tem problema, eu fico aqui fora mesmo!

Poucos minutos se passaram e Ten saiu cautelosamente pela porta, não estava com o costumeiro sorriso nos lábios pelo contrário, estava amuado e tristonho.

— John, antes de ir aqui está seu dinheiro, 30 euros como prometido! — A senhora surgiu atrás do menino e esticou o braço para entregar o dinheiro ao americano que a agradeceu de imediato. — Por favor, cuide bem do meu pequeno!

— Muito obrigada senhora, eu irei! — Deu um sorriso mínimo mas que em sua carrancuda seria soou estranho. Tocou o ombro do menino e deu um último olhar a mulher. — Até mais tarde! Vamos Chittaphon!

O tailandês pegou sua bicicleta azul-claro e a levou até o lado do americano, subindo na dita cuja. O maior ia se conter mas aquele olhar triste estava o consumindo, sentia que era o motivo dele estar assim e não pôde evitar de sentir-se culpado.

— O que você tem? — Perguntou sem muito humor, o que era pra ser uma tentativa de aproximação soou como um desdém.

— N-ão é nada Jô...! — O menino mordeu os lábios e virou o rostinho para o lado oposto.

John suspirou fundo e se espreguiçou antes de prosseguir.

— Eu não me importo com seus sentimentos, mas se estiver bravo comigo eu quero saber o motivo! — Segurou no guia da bicicleta e olhou pra o moreno que lentamente virou a face chorosa pra si. — Já estás chorando criança?

— É-é p-porque você parou de falar comigo nesses dias e não apareceu pra gente c-onversar! Você não gosta mais do T-Ten? — Ele falou com a pausa para os soluços entre as palavras, e deixava a cena ainda mais dramática para John que assistia com uma expressão séria. — Você não quer ser mais meu amigo porque a gente se beijou?

Lavanda e Amor | JohnTenOnde histórias criam vida. Descubra agora