Capítulo 56

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Essa era a primeira vez que Erin iria buscar as crianças sozinha na escola. Não era muito comum ela estar com as crianças sozinhas, então ela estava animada em busca-lós na escola e ter esse tempo com eles. Ela estava ansiosa de como as crianças iriam reagir. Ela estava tão feliz, depois de conversar com Jay e as crianças sobre seu filho, ela sentia uma tranquilidade em agir como mãe para as crianças, porque para ela, agora que Andrew era conhecido por todos, ela sentia que seu filho não estava sendo excluído ou esquecido, mesmo que nunca deixasse de doer, era uma sensação muito melhor agora.

Pensar em seu filho sempre foi muito doloroso, porque quando ela foi encontrada, a polícia a questionou sem parar, perguntavam e faziam ela se lembrar e repetir a cena, repetir como ela perdeu o filho. Os médicos perguntavam, o psicólogo perguntava. Demorou muito para ela deixar de se culpar 100%. Porque ela não deixava de se perguntar, todos os dias, desde o dia que acordou com seu filho rígido em seus braços, sem vida. E se ela não tivesse fugido com seu filho do hospital? E se ela tivesse ido morar na rua com seu filho? E se ela tivesse deixado ele ser adotado? E se, e se, e se? Era tudo o que ela pensava.

O psicólogo a ajudou, Olívia a ajudou e o tempo a ajudou. Talvez se ela não pensasse, não falasse, então ela não sentiria a dor, a culpa, o luto. Não era fácil, mas ajudou, ajudou esconder suas dores mais profundas no fundo da sua alma.

A memória dele era muito forte para ela porque naquela época, quando ela pensou que não sobreviveria, que não teria nada, ele foi seu tudo. Ele era a sua vida, a razão dela de lutar para ter uma vida melhor.

Então, quando Maya simplesmente diz que ele tinha sorte de ter tido ela como mãe, ela sentiu que ela teve sorte de ter tido Andrew como filho e agora estava tendo a chance de ser mãe de mais duas crianças tão especiais que escolheram isso e ela iria honrar isso. Por eles, por ela e pelo seu filho.

Erin estava animada em passar um dia inteiro com eles dois. Ela era grata a Jay por tudo o que ele fez por ela, por como sempre a apoiou e principalmente, por ter deixado ela fazer parte da vida das crianças em tão pouco tempo de uma forma tão significativa.

Para ela a outra parte boa e importante foi Sam, ela estava extremamente feliz, ela fazia parte de tudo e não se afastou, ela amou que sua irmã estava dentro das noites em família, dos jantares, das noites de filme, que ela aceitava dormir na casa de Jay e mais feliz ainda que ela não se sentia excluída, que graças a Jay e as crianças, eles deixaram Samantha confortável na casa dele. Era como ela estar na casa dela e era assim que todos se sentiam, seja na casa de Jay com Sam e Erin se sentindo em casa ou no apartamento de Lindsay onde Jay e as crianças se sentiam em casa e isso era bom porque quando você se sente assim, quando você se sente a vontade, você não está na casa dos outros, você já esta em casa com sua família e ter esse sentimento era muito bom.

Erin olhou no retrovisor e viu Jay ainda parado no mesmo lugar e então ela voltou sua atenção para a rua a sua frente. Mas então... Foi tudo tão rápido, ela não viu nada. Sua mente estava nas crianças e de repente ela perdeu o controle, seu carro estava voando. Ela estava prestes a bater com a cabeça no volante quando o airbag ativou e ela colidiu com ele, a força a empurrando para trás, mas o caminhão que bateu do lado do passageiro, jogou Erin contra a porta do carro e foi quando ela bateu a cabeça na janela. Foi tão forte que a levou a perder a consciência enquanto o carro deslizava pela avenida.

Erin não viu nada, não ouviu nada.

Quando ela acordou, era apenas escuridão para ela. Então, de repente ela viu uma luz muito forte, muito clara, tão brilhante que ela abaixou a cabeça e fechou os olhos. Ela não se lembrava de nada e não estava entendendo onde estava e que merda de luz forte era aquela. Ela tentou abrir os olhos, mas era tão forte que ela não conseguia olhar. Ela ficou assim, quieta e com os olhos fechados esperando que toda essa luz diminuísse, mas parecia que isso não iria acontecer tão cedo. Ela não entendia de onde vinha.

Linstead - Corações QuebradosWhere stories live. Discover now