Capítulo 14

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POV Brunna

Brunna acordou desejando que o dia passado não tivesse existido, se arrumou para ir ao trabalho e na hora do almoço iria até o bar dos pais para conversarem sobre seu encontro com Brunno.

Brunna: - Oi Mia, oi papai. - Beijou e abraçou seus pais. - Como vocês estão?

Mia: - Bem na medida do possível, achei que entraria em contato conosco ontem.

Brunna: - Cheguei tarde, pegamos trânsito na volta e eu precisava descansar, minha cabeça parecia querer explodir de tanto que chorei.

Jorge: - Oh minha querida, está tudo tão complicado. - Se sentou em uma mesa e apoiou o rosto sobre as mãos, Jorge estava extremamente chateado com o filho. - Diga o que conversou com ele, me conte o motivo dele ter estragado sua vida desse jeito. - Bufou. - Eu não sei onde eu errei com o Brunno, eu não criei um bandido, eu juro que não. 

Brunna: - Calma papai. - Sentou-se ao seu lado tentando consola-lo. - Não se culpe por nada, você e a Mia fizeram um ótimo trabalho conosco. - Ele assentiu. - Eu estive por poucos minutos com ele, ainda é cedo pra dizer, mais tem algo errado, eu sei que tem.

Mia: - O que você quer dizer minha filha?

Brunna: - Quero dizer que não estou convencida de nada que conversei com ele, até porque ele não me falou seus motivos. - Os pais a olharam como se quisessem consola-la, Brunna estava querendo se enganar. - Não me olhem assim tá legal, eu já sei o que estão pensando e não vou questiona-los também, eu sou mesmo vidrada no Brunno e me dói demais aceitar a realidade, mesmo assim ainda vamos precisar de mais tempo pra entender tudo isso e tirar nossas próprias conclusões sobre ele ter matado alguém e sobre de fato ter um motivo pra isso, pois pra mim é inaceitável tirar a vida de alguém.

Jorge: - Só não crie histórias minha filha, já está pesado esse fardo, carregar uma esperança pode parecer pior, ele é réu confesso, não se esqueça disso!

Brunna: - Pode deixar. Gostaria de avisar que a partir de hoje venho todos os dias trabalhar aqui com vocês, preciso ocupar a minha mente e vou aproveitar pra ficar mais perto, precisamos estar juntinhos para um apoiar o outro. Amanhã tenho reunião com Alice, a advogada do Brunno, então vou ter novidades.

Mia: - Eu não vou negar sua ajuda neste momento minha filha, Brunno fará falta aqui no bar e vou ficar mais tranquila se te ver todos os dias pois sei que vai precisar do nosso colinho as vezes. - Brunna assentiu emocionada. - Mais que fique claro, não a aceitarei aqui no sábado e nem no domingo, você precisa descansar.

Brunna: - Mia, eu vou ficar bem! Prometo me cuidar, não se preocupe. Ah, e o dia de visita é domingo, então podemos ir juntos.

Jorge: - Brunna, ou se compromete em vir só na semana ou nem isso! E domingo eu quero ir sozinho, lá não é lugar pra mulher e preciso conversar seriamente com seu irmão.

Brunna: - Ok papai, eu venho só na semana, mais sobre não ir ver meu irmão por lá ser um ambiente pesado eu não aceito ok? Esse final de semana você vai, mais no próximo eu não abro mão! - Jorge mesmo a contragosto, assentiu, sabia que sua filha era teimosa demais.

O almoço transcorreu de forma tensa, o trio ainda não conseguia digerir toda essa bagunça que tomou posse de suas vidas. Brunna voltou para a empresa, e como combinado, naquele mesmo dia após seu expediente, foi ajudar os pais no bar, chegando em casa no início da madrugada, totalmente dispersa de tudo e todos ao seu redor.

Na quarta-feira, Brunna chegou cedo na empresa, estava ansiosa para a reunião de mais tarde com Alice, queria saber o que a advogada analisou sobre o caso.

Brunna: - Oi Alice, posso entrar? - Apareceu na pronta que estava entreaberta.

Alice: - Claro, estava ansiosa por sua chegada. - Não perderia a chance de jogar uma cantada.

Brunna: - Direto ao ponto Alice, e ai, o que conseguiu analisar sobre o caso?

Alice: - Vamos lá... Estive com seu irmão ontem, conversamos por pouco mais de 30 minutos e receio que ele não tenha sido totalmente sincero comigo, ainda que eu seja bem clara sobre não existir segredo entre advogado e cliente. - Brunna assentiu indicando que ela poderia continuar. - Ele me contou o motivo do crime e não sei se é de conhecimento de vocês que ele é usuário de drogas.

O Amor E Seus Destinos (G!P) - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora