POV Silvana
O grande dia chegou, pelo menos pra Isabelly que estava dando o golpe sem fazer tantos esforços, já para Silvana a noite anterior foi um martírio, ela mal dormiu, se consumia em culpa por apoiar a maluquice de sua filha. Que tipo de mãe era ela que se conformava com o sofrimento dos seus?
Silvana: - Filha, já está pronta? - Olhava para a negra que resolveu usar um smoking feminino e uma gravata borboleta preta.
Ludmilla: - Sim, na verdade já estou saindo mãe, você vem agora?
Silvana: - Estou esperando seu pai se arrumar, não quer aguardar para irmos juntos? - A negra balançou a cabeça em negação.
Ludmilla: - Não... Quero recepcionar os convidados e tentar me distrair um pouco, a cerimônia só vai ser no fim do dia, porém pretendo aproveitar para tentar relaxar um pouco com os meus amigos. - A mais velha assentiu.
Ludmilla e Isabelly optaram por um modelo diferente de cerimônia, elas confraternizariam com os convidados e apenas firmariam o compromisso no fim da noite, com uma breve assinatura em um documento redigido por um Juiz de paz. Isabelly preferia o modo convencional, com tapete vermelho e entrada triunfal, mas Ludmilla no pouco que participou da organização, deixou claro que não iria fazer essa cena toda.
Silvana: - Filha, você tem certeza que realmente é isso que quer pra sua vida? - Se aproximou e fez um carinho em seu braço. - Eu estou olhando pra ti e mais parece que vai para um enterro.
Ludmilla: - Não é o que eu quero mãe, mais é o que eu terei que fazer. - Deu um beijo na testa da mais velha e sorriu triste.
Silvana: - Meu amor, eu estou aqui pra te apoiar no que precisar, acho que me ausentei durante esse tempo todo tentando assimilar as coisas e justo hoje, quando você parece não ter mais pra onde fugir, eu te digo que se você quiser, essa é a hora de largar tudo e tentar ser feliz! - Viu a negra encher os olhos de lágrimas. - Você não ama Isabelly, ela não vai te fazer feliz! Nem eu e nem seu pai temos o direito de tirar isso de ti.
Ludmilla: - Obrigada pelas palavras mãe, durante todos esses dias eu sonhei em escutar isso, não de ti, mais do carinha que ta lá no quarto de vocês se arrumando. - Suspirou frustrada. - Eu sei com quem posso contar e sempre soube que nunca largaria minha mão se eu fizesse uma escolha que não lhe agradasse, mesmo assim, não vou decepcionar o papai e mais que isso, eu não posso bancar a minha vontade, porque os meus princípios são maiores neste momento. - Desfez o contato com a mãe e foi em direção a porta. - Eu jamais serei feliz com Isabelly porque eu amo a Brunna, mais também não teria paz me relacionando com ela e nem ela comigo, você sabe... O destino escolheu nos dar essa rasteira, me basta aceitar a minha forca! Te encontro lá. - Mandou um beijo no ar e saiu.
A negra saiu da casa e foi para o salão onde a festa aconteceria. Silvana por sua vez ficou pensativa, tentando achar uma solução, e a saída estava com ela, com o amor da vida de sua filha, Brunna seria a única capaz de tirar Ludmilla da escuridão em que se encontrava. Mais como fazer isso dar certo? Como passar por cima de tudo que envolve suas famílias?
Renato: - Vamos mulher, estou pronto! - Renato apareceu com um terno cinza escuro e uma gravata cor de vinho, cabelo cortado e barba feita.
Silvana: - Eu não vou agora, pode ir que chego logo em seguida.
Renato: - Mais você está pronta primeiro que eu, por que isso agora?
Silvana: - Preciso passar em um lugar antes e tenho certeza que não vai querer me acompanhar.
Renato: - Onde você vai Silvana? - Cruzou os braços imaginando que ouviria algo que não iria lhe agradar.
Silvana: - Vou até o bar dos pais da Brunna, hoje é sábado e pelo que sei ela costuma ajuda-los. - Falou simples.
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O Amor E Seus Destinos (G!P) - Brumilla
PoetryE se você descobrisse que o grande amor da sua vida está ligado a ruína da sua família? Ludmilla é uma jovem advogada bem sucedida que reside em Nova York mais se vê forçada a retornar ao Brasil quando uma grande tragédia acontece com sua família...