21 - As Duas Semanas Mais Divertidas da Minha Vida.

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Deena Johnson POV.

— Desde ontem, eu não consigo parar de pensar em você. Você não sai da minha cabeça. Eu te quero tanto!

Encarei-a com devoção, a admirando.

— Deena, é só uma asinha de frango. — Vickie resmungou com os olhos vidrados no celular.

— Isso aqui não é SÓ uma asinha de frango. É o amor da minha vida! — Peguei uma das asinhas fritas do KFC e dei uma mordida generosa na mesma, enfiando-a dentro de minha boca e gemendo em deleite. Puta merda! Sinto que faz séculos que não como algo gostoso e gorduroso! Precisava desses carboidratos ou ia enlouquecer! — Você não sabe o que é sobreviver todo esse tempo só com comida de hospital, Vickie. Eu não aguento! Aquele purê de batatas com ervilha e o troço que eles têm coragem de chamar de carne não. me. sustenta!

— Pelo amor de Deus, você só ficou aqui por um dia! — Minha irmã riu da minha cara. E daí? Eu estou sofrendo! Vocês por acaso já comeram uma ervilha? Quem tem coragem de chamar isso de comida? Tem gosto de morte! — E ainda comeu bolacha escondida.

— Comi mesmo! Todo o americano tem direito a uma alimentação digna na América, ViVi! — Não que tenha, mas direito, têm!

— Cada dia fica mais fácil entender o porquê de você não ter uma namorada... — Revirei os olhos. E daí que eu não tenho namorada? Pelo menos eu tenho um balde de frango! Não que isso seja mais importante do que uma namorada... espera... é uma decisão difícil, OK? — Você é 50% idiota e 50% palerma.

— Bom dia, Deena. — A Enfermeira Peitões (apelido que Alice inventou, não eu!) desejou ao entrar no quarto, sem me dar tempo para esconder o balde de frango frito. — Frango frito hoje, uh?

— Recomendações totalmente médicas! — Me defendi e a mulher riu baixinho, se aproximando para começar a trocar o meu curativo.

— Como vai a cabeça?

— Costurada, e a sua? — Brinquei, fechando os olhos com força quando a ponta dos seus dedos encostara no meu corte. Outch!

— Oh, me desculpe!

— Deena, aqui está a sua mala! — Mama adentrou no meu quarto hospitalar com uma mochila roxa em mãos, colocando-a sobre a poltrona ao lado da cama. A enfermeira Holder começou a colocar outro curativo na minha cabeça, fazendo-me soltar resmungos de dor uma ou duas vezes. Aliás, agora eu entendi o porquê do "Enfermeira Peitões"... — Tem certeza que vai ficar bem sem a mamãe?!

— Sim, mãe! — Revirei os olhos, observando a enfermeira segurar a risada e erguer uma das sobrancelhas. Por que ela ama me envergonhar na frente de mulheres bonitas?! Primeiro, chamou a minha bunda de "bumbumzinho lindo" na frente da Sam, e agora isso? E depois tem a cara de pau de me culpar por não ter uma nora! Como que eu vou namorar alguém sendo que as mulheres terminam comigo quando conhecem a minha família?! (e antes também, mas ok). — Obrigada, Dona Clara.

— Prontinho, Deena. — A loira sorriu e, discretamente, depositou um papelzinho na minha cama. Dei um sorriso de lado para ela e observei-a piscar, saindo do quarto em seguida. Um pouco confusa, abri o pedaço de papel e li as palavras escritas com caneta preta ali sem que Mama visse.

"202-555-015586 - Haya Holder ;)"

— A Sam está sendo tão gentil, não? — Desviei a minha atenção para Clara, balançando a cabeça positivamente. — Sabia que eu ainda lembro da primeira vez que ouvi sobre ela?

— Sério? O que eu falei? — Questionei interessada. — "Ei, Mommy, uma menina maluca deu um chute no meu nariz!" — Fiz voz de criança.

Você de Novo? - SAMEENAOnde histórias criam vida. Descubra agora