A família Inuzuka-Aburame vai passar o dia com os amigos, assistindo às flores de cerejeira desabrocharem.
Entre as boas lembranças estão um beijo apaixonado, o pedido de casamento inusitado e... o perigo infantil de quem não teme o perigo!
***
* A...
Eis que temos o último bom momento desse "album-livro". Espero que gostem tanto de ler quanto eu gostei de escrever ♥
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Houve também um momento significativo na vida do casal, algo mais de percepção propriamente dita do que um acontecimento que deixou grandes marcas. Foi no dia de ano novo, quando as pessoas procuram os templos e santuários a fim de requisitar boas graças dos deuses e agradecer por tudo o que tinham alcançado.
Kiba não ia movido por ideias assim tão nobres. Claro, pretendia clamar bênçãos sim, como todo bom cidadão de Konoha. Mas seu objetivo principal era aproveitar as comidas deliciosas que serviam no Matsuri. Aquele primeiro de janeiro prometeu uma noite gélida, embora sem nenhuma nevasca ou chuva. Seria perfeito para aproveitar um passeio com o namorado!
Então ele vestiu um par de roupas quentinhas, com um blusão de gorro, e saiu de casa para se encontrar com o namorado. Tinha um relacionamento com Aburame Shino, um Alpha que conheceu em tenra idade e que vivia ao seu lado desde que eram pirralhinhos. Os sentimentos românticos vieram naturalmente, entrelaçando-se com os tons de amizade. O namoro que começou aos quinze anos pareceu o certo, não apenas para ambos. Mas para todos que viam de fora, acostumados a observar o Alpha de gestos calmos e controlados ao lado do Ômega que era um balão cheio de pólvora, que ninguém sabia quando explodiria e causaria um estrago!
Como combinado se encontraram no portal do santuário central de Konoha. Ainda não eram oito horas da noite e já tinha muita gente por ali, passeando em grupos, duplas, solitários. Kiba viu o namorado se aproximando e sorriu. Ele vinha com uma jaqueta jeans escuro, blusa de gola alta e o inseparável par de óculos escuros. Era aluno do último ano de faculdade e já tinha uma vaga na Academia praticamente garantida. Kiba, por sua vez, desistiu do ensino superior e aceitou um emprego na clínica da família, passando a trabalhar com ninkens que tanto amava.
— Olá!! Pronto pra encher a barriga? — A pergunta veio num tom que não surpreendeu, nem pelo teor nem pelo grau de animação.
— Sempre pronto. — Shino respondeu. Ainda não sentia fome, mas acompanharia seu namorado na procissão de barraca em barraca.
De mãos dadas seguiram direto para o Takoyaki. Antes, Kiba ficava meio constrangido com essas demonstrações de apego em público, coisa que com o passar do tempo se atenuou. Antes sentia como se todos estivessem olhando!! Que constrangedor! E ele estava certo: as pessoas olhavam, não para julgar os gestos de carinho. Mas porque era "o peste Inuzuka" que estava sossegando. Pasmem! O moleque que tocou o terror em Konoha junto com o melhor amigo estava tomando juízo. Se acalmado. Amadurecendo! Os cidadãos acostumados às traquinagens precisavam olhar duas vezes para se convencer de que a cena era real...
Mas era real. A prova estava naquele casal que caminhava de mãos dadas. Um Ômega empolgadíssimo, mas sem aquele traço arteiro que o caracterizou na infância. E o Alpha envolto naquela aura de calmaria que o fazia passar despercebido muitas vezes. Casal que parou em frente à primeira barraquinha e pediu uma montanha de Takoyaki fumegante! E dividiram sem pressa, ao som do Matsuri e de exclamações de prazer vindas de Kiba.
