Bônus - Parte 02

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Senti o carro desligar e respirei fundo.

Notei que Naruto se voltou para mim, mas eu não quis olhá-lo.

Eu fiquei em silêncio, quase o caminho todo. Sentia o peito apertar cada vez que a distancia diminuía. E esse sentimento de aflição aumentou agora que já estávamos dentro dos portões da casa do meu pai.

Depois que ele exigiu nossa presença imediata.

— Amor, olha pra mim – Naruto pediu baixo e meu peito aqueceu, então me permiti olhá-lo – Eu sei que deve ser difícil, mas não fica assim... Ele não tem mais poder sobre você.

— Eu tenho... Medo... De que ele possa interferir nas nossas vidas, na sua vida... Eu... – Respirei fundo – Eu não queria envolver você nisso...

— Hina, eu me envolvi quando me apaixonei por você – Senti quando sua mão alcançou a minha, apertando com firmeza – Viemos por que ele é seu pai... Porém, não interessa o que ele diga ou faça, o único jeito de eu deixar você sair da minha vida é se você quiser, entendeu?

Me senti reconfortada naquele momento. E mais corajosa do que estava sendo, desde o momento que atendi aquela ligação. Eu sorri e o observei se aproximar de mim e depositar um beijo carinhoso em meus lábios.

Quando finalmente saímos do carro, ele rapidamente segurou minha mão, determinado. Caminhamos até a entrada da residência, onde a Chiyo esperava, e demonstrou alegria em me ver.

— Oh, querida – Ela se adiantou e me deu um abraço bem apertado – Que saudade de você.

— Também senti sua falta – Chiyo sempre foi um apoio para mim. E sempre me ajudou como podia. Quando me afastei, eu a fitei com seriedade e apresentei Naruto – Esse é o meu namorado, Naruto Uzumaki.

Chiyo o olhou por um tempo, mas com bondade nos olhos.

— Prazer em vê-lo, Sr. Uzumaki – Ela estendeu a mão – Espero que o caminho até aqui tenha sido tranquilo.

— O prazer é meu. Agradeço a preocupação – Ele a cumprimentou.

— Vamos, por favor, entrem.

Segurei novamente a mão de Naruto e seguimos Chiyo até a sala principal, que não havia mudado absolutamente nada.

— Vocês querem beber ou comer alguma coisa? – Ela ofereceu amigavelmente – Está com fome, querida?

— Isso não é necessário – A voz grave e imponente do meu pai atraiu imediatamente nossa atenção. Acabei apertando um pouco mais a mão de Naruto, que retribuiu o gesto – No meu escritório, agora.

Meu pai sumiu pelo corredor, da mesma forma que eu vi acontecer tantas vezes, enquanto eu crescia.

Respirei fundo, umas duas vezes, antes de começar a caminhar, na mesma direção. Naruto apenas me esperou e seguiu meu ritmo.

Entramos em silencio no escritório. Meu pai estava sentado, de forma autoritária, em sua mesa.

— Sentem-se – Não foi um pedido. Mal nos sentamos e ele continuou – Finalmente deu as caras, Uzumaki. Eu quase admiro sua ousadia.

Senti o coração apertar.

— Papai...

— Eu ainda não te dei permissão para falar – O olhar que ele me lançou foi muito frio, então resolvi me calar – Pensou que eu não fosse descobrir, Hinata? Ainda acha que pode esconder alguma coisa de mim?

— Eu... – Ergui minha cabeça, fazendo o possível para não demonstrar medo na voz – Eu sabia que você ia reagir assim, por isso decidi esperar...

ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora