Capítulo 13: Confissão

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Finalmente, eu pude ser verdadeiro com meus sentimentos.


Hinata encostou-se na parede, com as mãos nas costas, e eu fiquei de frente para ela, com as mãos nos bolsos.

Nos fitamos, por um momento, sem dizer nada.

— Eu vou ser breve... – Comecei, respirando fundo – Eu não preciso dizer que tudo o que eu fiz foi errado... Você sabe e eu sei... Mas eu tenho que dizer... Apesar de me arrepender sim pela situação, eu não me arrependo por ter feito...

A morena mordeu o lábio, em sinal de nervoso, e minha atenção foi completamente atraída para o local. Eu respirei fundo novamente, aproveitando as batidas descontroladas do meu coração. Era inútil resistir a sensação de gostar dela. Me consumia inteiramente, então parei de tentar.

Porém, não podia esquecer para o que eu tinha vindo aqui.

— Eu não posso admitir o que eu sinto... Mas acho que você já deve ter uma ideia – Abaixei a cabeça – Eu sinto muito por todas as vezes que eu me deixei levar... Sabendo que eu não podia ficar com você.

Fiz uma pausa, pensando em como eu podia colocar em palavras, tudo o que eu queria.

— Nós não temos uma saída... Não posso nem dizer que vou te esperar, porque isso ainda seria errado... E apesar de saber isso, eu fiz coisas que não podem ser reparadas... E eu sei que faria de novo... Eu não confio em mim mesmo... Com você... Então, eu vim te dizer que, depois de hoje, você não vai precisar se preocupar comigo...

Ela permaneceu em silêncio e eu não tive confiança para levantar o olhar, então continuei.

— Hyuuga, eu... – Suspirei – Eu não preciso que me dê uma resposta, eu só peço que me perdoe por tudo o que eu fiz – Fui sincero e esperei que ela me entendesse.

— Não tenho nada pra perdoar – Ela murmurou – Eu sei melhor do que ninguém as coisas que não posso ter.

Engoli em seco, levantando o meu olhar para ela, que me fitou com um sorriso triste, conformado. Tudo o que eu queria era que ela não precisasse mais desses sorrisos.

— Mas não deveria saber menina, você merece o mundo – Enfatizei.

— Eu não quero o mundo – Ela disse baixo, me olhando diretamente nos olhos. Percebi que a respiração dela ficou pesada.

Eu não teria outra chance de retribuir esse olhar, de tê-la tão perto. De tocá-la novamente...

Beijá-la.

O pensamento fez as pontas dos meus dedos formigarem, então eu tirei as mãos do bolso e me aproximei dela. Hinata se endireitou em expectativa.

Ao menos por agora, ela seria minha.

— É a última vez... – Sussurrei. Minha mão subiu ao rosto dela, fazendo um carinho suave em sua bochecha, enquanto a outra pousou em sua cintura. Meus dedos colocaram uma mecha do cabelo dela atrás da orelha, prolongando o contato – Não vai... Acontecer de novo...

— Eu já consegui mais do que sonhei pra uma vida... – Senti que as mãos delicadas seguraram minha camisa.

Eu não tinha mais como resistir, então inclinei a cabeça e a beijei. Dessa vez não era um beijo roubado, nem um beijo no calor do momento... Nós dois desejamos isso.

E aproveitamos cada segundo.

Minha boca permaneceu presa a dela, enquanto a abraçava pela cintura. A outra mão se enroscou nos fios sedosos de sua nuca, pela primeira vez, e o contato me agradou profundamente.

ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora