Dazai encara Nakahara perplexo.
─ Você foi um ótimo companheiro, sabe Chuuya... Mas, outra coisa que está me incomodando... Quem lhe fez chorar?
Como se Chuuya não acreditasse na pergunta que Osamu tinha lhe feito o ruivo ergue uma das sobrancelhas.
Sério que não sabe, Dazai?
O de olhos azuis bebe mais um gole do vinho, apenas para tomar coragem de proferir tal palavra.─ Você. ─ A palavra saiu amarga, sem falar mais nada o ruivo olha para o céu acima, agora estava escuro e a Lua já começava a “aparecer” iluminando a noite escura e os becos da cidade, apenas para escutar o choro dos mal-amados e o poema dos apaixonados.
Dazai tinha parado completamente, sua mente era apenas um borrão branco, não passava-se nada em sua mente, não esperava e ao mesmo tempo já esperava essa resposta, sabe quando você sabe que aquilo vai acontecer, mas quando acontece você acaba se surpreendendo? Pois então.
─ Por que? Digo, por que eu te fiz chorar?
Chuuya volta sua atenção ao moreno que se inclinou olhando o mesmo.
─ Talvez, por você ter me deixado? Há que grande besteira eu estou falando aqui? ─ O mesmo balança a cabeça e volta a olhar o céu repleto de pontinhos brilhantes.
Dazai o encara, não podia deixar de notar que, Chuuya Nakahara admitira que sentia falta de si, o que era completamente satisfatório.
─ Bom, ao menos gostava de minha companhia...
─ Há até agora não entendeu? Dazai eu te amava.
Osamu o encara surpreso, sabia pelo menos um pouco do que o ruivo sentia, mas não imaginara o mesmo dizendo que o amava, Dazai pega a garrafa da mão do outro homem e a beberica.
─ Sabe, Chuuya... Eu também te amava, era algo confuso e não soube indentificar a tempo, mas passou para você não é?
─ Nunca disse que tinha passado, amor não acaba assim e acha mesmo que acabaria só por eu ter te visto? Caramba, eu fiquei com isso por 7 anos, escondido de você... Vou embora da Máfia do Porto.
─ Como assim, vai embora? Eles fizeram uma excessão pra mim, mas normalmente eles matam as pessoas que decidem sair... Chuuya você-
─ Quero viver, só vou ficar fugindo, como antigamente, não quero mais matar pessoas e estou farto desta vida, quero aproveitar, beber, madrugar, ler um bom livro, comer queijos em um apartamento com uma pessoa amada ao meu lado. Há, que grande besteira, não vou sair de lá, é o único lugar que me entende e o único que eu não tenho que passar fome para continuar sobrevivendo neste mundo podre...
Dazai o encara em silêncio, então beberica mais uma vez e última, o pequeno gole que havia na garrafa, era uma ideia maluca, mas se tentasse...
─ O que acha da ideia de ser recrutado pela agência?
─ O que?! De jeito algum! Está maluco?! Osamu, é você mesmo?
─ Argh! Chuuya! Apenas me ouça, sei que não lembrará no dia seguinte, você sempre foi fraco para bebidas, mas ama vinhos... ─ O mesmo coloca uma mecha ruiva atrás da orelha do mesmo, se aproximando.
─ Acha que não estou sóbrio, porque eu desabafei contigo? Típico de ti, não é Dazai?
O moreno o encara e então abre um sorriso perverso, lembrava - se de quando eram uma dupla dinâmica, a melhor e a perfeita. Olhando para o céu atrás do ruivo o mesmo suspira e aproxima seu rosto do outro, ainda hesitante, Osamu encara os olhos azuis e parecendo confusos olhando para si, logo passando seu olhar para a boca rosada;
Deve ter gosto doce e de vinho...Chuuya encara o mesmo, estava sem reação, não imaginara que Dazai um dia tomasse iniciativa de estar tão perto daquela forma de si, era totalmente surpreendente, mas ele tinha um cheiro agradável e os dois tinham um toque do cheiro do vinho de 82 que o mesmo trouxera.
Hesitante Osamu puxa Nakahara para um breve beijo, terno e sincero, que logo se tornara algo a mais, embora Chuuya logo se afasta e o encara surpreso, parecia um gato acuado, mas poderia resolver isso facilmente, conhecia o jeito do ruivo e não o deixaria ir embora daquela forma novamente...
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐕𝑖𝑛𝒉𝑜 𝐃𝑒 𝟖𝟐 🍷- 𝓓𝑎𝑧𝑎𝑖 &&'𝓒𝒉𝑢𝑢𝑦𝑎
Fanfiction˚࣭ 𖥔 ּ 𝑨pós um longo tempo, 𝐂𝐡𝐮𝐮𝐲𝐚 𝐍𝐚𝐤𝐚𝐡𝐚𝐫𝐚 decide ir atrás de 𝐎𝐬𝐚𝐦𝐮 𝐃𝐚𝐳𝐚𝐢 e ser franco com seus sentimentos, após o mesmo (Dazai) ter saído da 𝐌áfia do 𝐏orto; 𝑶 que Osamu não esperava era que aquilo fosse tão trans...