O início do fim

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PROFETA DIÁRIO

Por Rita Skeeter
30/10/1981


GRINDELWALD FOGE DE NURMENGARD!

Senhoras e senhores, queridos magos e bruxas da Grã-Bretanha. Lamento ter que vir lhes escrever essa notícia lamentável.
É com mãos tremendo e coração acelerado que digo:
Gellert Grindelwald, o maior lorde das trevas antes de aquele-que-não-deve-ser-nomeado, fugiu de sua prisão.
Os aurores e até a polícia trouxa está em colaboração para tentar encontrar tal ameaça.
É um momento de grande apreensão.
Se cuidem, protejam uns aos outros e que Lady Magic tenha misericórdia de nós.


A brisa cortante do vento batia em seus cabelos brancos e encardidos, os jogando em seus olhos bicolores, sendo o direito castanho claro e o esquerdo puramente cinza, dando um contraste com sua pele branca e meio enrugada já pela idade não tão jovem.

Seus passos ecoavam pelo asfalto da rua deserta da pequena vila situada no sudoeste da Inglaterra, Godric's Hollow.
Algumas casas estavam decoradas para o feriado trouxa, Halloween. Pequenos artefatos como lanternas de abóboras com rostos cortados em sua casca, esqueletos em gramas bem aparadas e até teias de aranha em portas.

Grindelwald torceu o nariz ­­­- que continha algumas manchas de sujeira - e pensou em como os trouxas eram patéticos. Até parar em frente seu destino, e quase arrancar os olhos de sua face.

Aparentemente não são só os trouxas.
Pensou, olhando as mesmas decorações na casa de Lilian e James Potter.

O antigo lorde das trevas estava escondido nas sombras do outro lado da rua, olhando o desenrolar dos fatos pelas janelas de vidro que davam acesso ao interior da casa.

Chegou na hora certa, quando viu que a calmaria e risadas que preenchiam o ambiente antes se tornaram gritos de horror, feitiços e maldições sendo trocadas por Voldemort e os integrantes.
O marido foi o primeiro a cair. Patético.

De onde você se combate um Avada Kedavra com Expelliarmus?
Pensou mais uma vez, como se estivesse ali apenas julgando uma cena.

Viu quando o homem ofídico subiu as escadas em direção ao quarto da criança.
Já sabia o que iria acontecer ali, viu em sua visão, e agora era a hora que ele entrava em cena.

Atravessou a rua com passos decididos e postura ereta. Passou pelo portão quebrado e torto que balançava precariamente em suas dobradiças.
Entrou pela porta destruída e viu primeiro o corpo de James caído, ainda com os olhos abertos e opacos, com a expressão congelada em horror. Passou por cima de seu corpo nem se dando ao trabalho de olhar uma segunda vez e atravessou a sala, pisando em cacos de vidro e papéis que se perdiam no chão.
Subiu as escadas lentamente, sabendo o segundo exato para agir.
Ouviu vozes alteradas no quarto de porta azul, com nome de Harry Potter, no final do corredor.

- Saia da frente. - Uma voz fria e arrastada ecoava através dos gritos da criança e do choro desesperado da mãe.

- Por favor, meu filho não! Me mate no seu lugar, mas não faça isso com meu menino. - Sua voz estava oscilando, trêmula, dava para ouvir os soluços que era emitido de sua boca entre as palavras.

- Que assim seja, posso ter os dois.

Grindelwald não precisou ouvir as próximas palavras para saber quando seu corpo caiu oco e quebrado no chão de madeira, que Lilian Potter estava morta.

Grindelwald e o Herdeiro do Caos Onde histórias criam vida. Descubra agora