BÔNUS: tempo que não tenho.

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A luz das velas tremeluziam, próximas às paredes, lançando sombras ameaçadoras ao longo da sala pouco iluminada.

O som de um animal desconhecido, na floresta, fez o homem sentado atrás da mesa de madeira levantar os olhos para a porta. Esta que abriu ao mesmo tempo.

- O que faz aqui essa hora da noite? – perguntou enquanto juntava alguns pergaminhos sobre a superfície do móvel.

- Estou apenas checando se nosso acordo ainda está valendo. – Seu tom de voz pingava malícia, combinando com seu sorriso torto.

O homem atrás da cadeira lhe analisou de cima a baixo, então suspirou profundamente, tirando os óculos de leitura e esfregando os olhos cansados.

- Você sabe que isso requer tempo...

- E você sabe... – Interrompeu, se aproximando alguns passos e pousando as mãos em cima da mesa – que eu não tenho todo tempo do mundo. Nem ele. – Essa última palavra foi diga em voz baixa, soprada no nariz torto do homem sentado.

- Você tem até o final do ano escolar. Ou... – Deixou a frase incompleta no ar, se virando e batendo a porta de madeira ao sair.

O homem que permaneceu, descansou a cabeça entre as mãos e deixou sua postura cair, revelando já a idade avançada.

Quando levantou seus olhos para onde o desconhecido havia saído, estes azuis apenas mostravam como o brilho estava se apagando com o tempo. Que ele não tinha.

Grindelwald e o Herdeiro do Caos Onde histórias criam vida. Descubra agora