— ... Torneio tribruxo! — Anunciou o diretor, encarando por alguns segundos o silêncio anormal do salão, naquela manhã, antes do caos explodir.
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PROFETA DIÁRIO
Por: Rita Skeeter
02/09/1996TORNEIO TRIBRUXO EM HOGWARTS
É isso mesmo que vocês leram no título, meus caros leitores. Depois de 40 anos, Hogwarts irá trazer de volta a tradição do torneio mais mortal que o mundo bruxo conhece.
Esse mesmo evento, havia sido abolido pelo ministério da magia, em consenso, depois que os pais foram pessoalmente ao conselho estudantil exigir o cancelamento.
Esse grupo de bruxos - que tem como presidente Lorde Lucius Malfoy - , juntamente com o diretor, que cuidam de nossa amada escola de magia, não quiseram comentar sobre tal decisão de última hora tomada pela direção.As perguntas que ficam, são:
Por que o ministro cedeu para esse evento mortal, que matou centenas de alunos?
Por que, logo esse ano, o diretor teve essa idéia?
E a mais importante:
Como ele conseguiu convencer todos a concordarem com ele?Haverá suborno envolvido? Isso não saberemos.
Que Lady Magic cuide de nossas crianças, neste ano tão turbulento que virá.*
Diferentemente de um primeiro dia típico de aula, aquele em específico estava diferente.
Os corredores estavam vazios, as salas de aula, não muito diferentes.Todos os alunos, depois do café da manhã, foram instruídos a voltarem para suas salas comunais por professores nervosos, tentando esconder sua insatisfação com o anúncio surpresa.
No pequeno escritório cheio de livros e bugigangas, quatro pares de olhos extremamente irritados encaravam os azuis por trás de óculos meia lua.
— Você ficou louco de vez, Alvo? — Minerva perguntou, tentando controlar o tom ríspido de sua voz, e falhando miseravelmente.
Os quadros dos antigos diretores nem se preocuparam em tentar disfarçar o interesse no assunto, olhando atentamente para a cena.
— Presumo que em cada um de nós sempre haverá uma pitada de loucura. É isso que faz a vida ser especial. — Comentou o diretor, com a expressão serena. Preparado para enfrentar e apaziguar a fúria de sua vice.
— Ora! Não me venha com essas frases prontas de fundo de caixa de sapos de chocolates. Isso é algo sério, importante. Que você não deveria ter tomado a decisão sozinho, sem nos consultar, ou ao conselho.
A cada palavra seu rosto ficava mais vermelho e contorcido, e suas mãos em nenhum momento paravam de virar as páginas do livro grosso de regras do torneio enquanto andava de um lado para o outro, com uma pena de repetição anotando em um papel os tópicos que ela achava importante.
— Imagina saber de uma notícia dessas junto com os alunos? Disfarçar nossas caras de espanto? De onde veio isso Alvo? — Perguntou Sprout, sentada com as mãos em punho por cima de seu manto, e o rosto pálido e aflito.
Flitwick, sentado ao seu lado, preferiu nem falar naquele momento de raiva, pois sabia que seria muito duro com o homem em sua frente.
— Isso foi algo que, durante as férias, pensei com muito afinco, e que seria bom reviver. Nossas tradições não podem morrer. — Rebateu o diretor.
— As tradições não podem morrer, mas os alunos sim? — Snape não conseguiu, ou tentou, disfarçar seu tom frio e cortante, enquanto olhava como se fosse matar o homem a qualquer momento.
— Já disse que tenho tudo sobre controle. — Disse simplesmente.
— TUDO SOBRE CONTROLE? — Minerva finalmente conseguiu perder o próprio controle, e bateu o livro em cima da mesa que o diretor estava apoiado.
Alguns objetos voaram para o chão pelo impacto, mas Dumbledore nem se quer piscou os olhos amorosos.
— Você se quer preparou as regras? Idade mínima? Que outras escolas irão topar participar disso? A estrutura?
Ninguém nunca havia visto a vice-diretora daquele jeito, suas mãos enrugadas foram para o alto de sua cabeça como se fosse arrancar os cabelos a qualquer momento, se não estivessem apertados demais em seu coque para se mexerem.
Ela abriu a boca para soltar mais perguntas, quando uma coruja entrou pelo arco da janela aberta, segurando em suas garras uma pequena carta vermelha, que pegava fogo nas pontas.
Um berrador.
O pequeno animal, querendo se livrar da mercadoria logo, ainda no ar soltou a carta em cima da mesa e partiu para fora.
Antes de todos conseguirem piscar, uma voz fina, ampliada 3x foi ouvida na pequena sala.
— ALVO DUMBLEDORE! COMO SE ATREVE A CONCORDAR COM UMA BARBARIDADE DESSAS? ESTOU MUITO DESGOSTOSA COM SUA DECISÃO. ESPERO QUE ISSO SEJA ALGUMA PIADA DE MAL GOSTO, SE NÃO TEREMOS UM ENCONTRO MUITO MORTAL MARCADO EM ALGUNS DIAS.
A carta vinha de Molly Weasley.
Primeira de muitas.Pois a pequena reunião havia sido interrompida pelo rompante de corujas de todos os tipos, que invadiram o escritório do diretor depois que a notícia se espalhou.
— Isso não acabou, Dumbledore. Nós e o conselho teremos uma conversinha com você mais tarde. — Minerva disse, apontando para os chefes das casas que saíram sem olhar para trás, deixando o diretor coberto pelo mar de cartas e berradores.
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Grindelwald e o Herdeiro do Caos
Fanfiction(EM ANDAMENTO) Depois de se livrar do atual lorde das trevas e sequestrar Harry Potter, Grindelwald o cria para ele pensar que é seu pai, entretanto, a única coisa que ele quer do agora pequeno Hades, é que ele seja um soldado perfeito, frio e insen...