Capítulo 2

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Sakura

Punta que pariu.

Merda.

Caralho.

— Sério, não acredito que confundi os documentos! Você acredita que tive que arrumar uma desculpa e acabei jogando a culpa na minha mãe? Ainda tive que falar algo sobre menstruação pra deixar ele constrangido e sair daquele assunto.

— Calma piranha, pelo menos ele acreditou. — Ino falou acariciando meu cabelo quando me deitei em seu colo.

— Sabe Ino, eu tenho certeza que aquele monstro gostoso me odeia. Ele me olha como se quisesse me matar, ainda por cima me fez atrasar meu trabalho todo pra terminar aquela porcaria de anúncio que era pra amanhã! Eu perdi até meu almoço arrumando aquele designer horroroso que ele escolheu.

— Amiga, acho que precisamos de sorvete.

— Você precisa de sorvete Ino, eu preciso de um macho, eu tô tão frustrada.

Eu tenho esse sério problema de querer tirar minhas frustrações com sexo. Sabe... acho que posso ser uma viciada.

Uma ninfomaníaca seria o nome correto?

— Hoje não...

— Nem vem vadia, aquele nosso chefe tesudo não pega no seu pé, então a gente vai sair sim, e eu vou dar pro primeiro cara que aparecer — Me levantei, indo me arrumar pra farra.

...

Sabe, eu realmente pensei que daria certo meu plano. Mas não deu. Pra começar o primeiro a aparecer foi um velho tarado, depois um cara gostoso que fedia, outro tava falando sozinho, e por aí vai.

— Saky, você tá muito azarada hoje, se eu fosse você nem perderia tempo, até porque se não deu certo até agora não é pra dar, né? Leva pros dois sentidos.

Revirei meus olhos e bebi um pouco da minha bebida. Por que caralhos as vezes parece que nada dá certo pra mim? Mas eu não sou de abaixar a cabeça, e muito menos desistir.

— Sabe, se eles não vem até mim, — virei o resto da bebida — então eu vou até eles.

Fui até a pista de dança, afinal, esperança é a última que morre, né?

As pessoas dançavam, se esfregavam uma na outra, pulavam, algumas estavam tão suadas que tive de cheirar minha própria axilas pra ter certeza que o cheiro de cecê não era meu. Pelo menos posso dizer que sou muito cheirosa. Será que em alguma briga isso vale como argumento? Talvez eu teste algum dia.

Era tantas pessoas e ninguém me agradava, talvez Ino esteja com a razão hoje.

Ao menos uma vez na vida ela deveria ter.

— Nossa, tô tão frustrada que tô dando razão pra Ino. — disse pra mim mesma, porque é muito normal falar sozinha.

— Disse alguma coisa?

Chega me assustei, um homem muito gostoso, que estava ao meu lado, e eu não vi, de olhos e cabelos pretos, quase sussurrou no meu ouvido. Nossa, eu quero esse cara no carro dele, tipo, agora mesmo.

— Desculpa? O que você disse? — gritei mesmo só pra ele sussurrar no meu ouvido mesmo, e de quebra ainda sinto o perfume dele.

— Achei que tivesse falando comigo — ele gritou perto do meu e tive que fingir que não machucou meus tímpanos. E que perfume cheiroso — Quer dançar?

— Claro, por que não?

— Qual seu nome?

Agora ele já estava de frente pra mim, então começamos a pular igual o resto das pessoas, enquanto conversávamos.

GolpeOnde histórias criam vida. Descubra agora