Capítulo 4

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Sakura

Tá, não sei bem se eu confio na minha amiga loira, até porque, quando sai do meu quarto hoje de manhã encontrei Sai sentado no sofá, como se não tivesse levado um chifre. Tipo, se fosse meu caso, não voltaria com a Ino. Quem esquece que namora? E olha que ela vivia falando dele pra mim, e outras vezes, a cara de pau dos dois era tanta quando ele vinha pra cá, que eles começaram a fazer coisas indecentes do meu lado.

Poxa, eu só queria ver o que aconteceria depois, na novela indiana, que a mulher caiu e saiu se enrolando na cortina, - lê se, ela mesma se enrolou, como se tivesse acontecido naturalmente.

Até aí tudo bem, eu estava tão focada que só percebi o que estava acontecendo quando a porquinha começou a gemer. Eu até hoje não entendo como não percebi, até porque sou uma pessoa muito atenta, já que ela estava encima do Sai. 

Como a boa amiga que sou, decidi descobrir de maneira muito discreta...

— Tem um corno me olhando, tem um corno me olhando... — passei cantando em sua frente nesse momento, atraindo sua atenção. Como eu disse, sou muito discreta.

Caramba, depois dessa sirvo até pra ser atriz. Não, melhor... Sirvo pra ser uma espiã que veste as roupas sexy's, seduz o pessoal pra depois mata-los. É isso. FBI, se estiver me vendo agora, tô esperando minha carta pra esse mundo. 

Não, espera, acho que isso é Harry Potter.

— Não seria viado? — me perguntou, olhando sem emoção no rosto. Não entendi o que ele quis dizer, mas antes que eu pudesse expressar minha dúvida ele prosseguiu — A música que você está cantando, não seria viado?

— Também? Uau, isso explica muita coisa, obrigada por se abrir comigo Sai. Sempre te considerei um ótimo amigo.

— Ué, como assim? Do que você tá falando?

— Mozinnnnnnn... — disse Ino saindo de seu quarto, com aquela voz melosa de sempre — Ah, oi Sakura! Nem tinha te visto... — falou normalmente. Cara, a gente mora na mesma casa a dois anos, como ela não me viu? 

Ahhh tá! Ontem, depois que cheguei do almoço com meu honorável e psicopata chefinho, ela tava na cozinha com o Sai, gemendo como se não tivéssemos vizinhos.

Isso até me lembrou de uma vez que eu estava cozinhando, sim eu sou cozinheira Master Cheff, tava fazendo carne moída com molho de extrato de tomate. Bom, eu só sei que quando fui colocar o molho, ele voou na minha cara, sujando toda a minha roupa. Bom, só não sei porque o molho tava com dois buracos. Mas voltando ao assunto, a Peppa - vulgo Ino- estava no quarto gritando, eu não quero saber o que aqueles dois fazem entre duas paredes. Enfim, quando eu ia lavar a faca, que também se sujou com o molho, a campainha tocou. Eu tive que perder meus preciosos quinze minutos explicando pra vizinha fofoqueira que eu não tinha matado ninguém, e que eu não sabia o porquê da Ino tá gritando tanto. Depois de tê-la convencido a não chamar a polícia, voltei pra cozinha e a carne tinha queimado.

Enfim, sempre confiram se o molho não vai te sujar!

— Corno simmm sozinho nuncaaa... — sim, continuei a cantar porque sou espiã mesmo.

— Tem alguma coisa a me dizer Ino? — Sai falou em tom sério. Xiiii o negócio vai ficar feio.

Será que dá tempo de fazer uma pipoca?

— Claro né meu amor! Eu amei seu novo corte de cabelo.

Espera! O que?

— Que bom, achei que não tinha reparado. — deu um sorriso meigo.

GolpeOnde histórias criam vida. Descubra agora