Golpe

Capítulo 9

Sasuke

Naruto falava sobre algumas coisas nada a ver, ao qual eu nem prestava mais atenção.

O que ele tem haver de eu usar ou não camisinha?

Eu acho que isso não tem nada haver, até porque eu fiz questão de perguntar a Saky se ela não tem nenhuma doença transmissível sexualmente. Gente isso já faz até algum tempinho, por que ele tá falando sobre essas coisas? Eu hein, agora entendo porque a Hinata fica brava com o Naruto por nada.

— E agora Sasuke? Já pensou na hipótese de ela engravidar?

— Daí eu me caso com ela.

— Ela vai ficar tão chata, mas que o .... — o mesmo travou como uma estátua, se virando lentamente como a boneca de round 6 — Você o quê?!

— Tá surdo, Naruto?

— Você não fez isso de propósito, ou fez?

— Na verdade não, eu nem estava pensando nisso na hora, até porque aconteceu naturalmente. Mas se eu tivesse planejado a gente iria usar camisinha, ué.

— Bom.

— Que ia tá furada pra ela poder engravidar.

— Sasuke!!! — Gritou — Você é a pior pessoa que existe, isso não se faz cara. Já pensou como a Sakura vai se sentir quando ela descobrir isso? Ela vai ficar muito mal e definitivamente vai te odiar pra sempre por ter dado um golpe do baú nela, nossa, eu só lamento por você.

Errei até a minha respiração.

Nossa, eu não tinha pensado nisso, porque eu achei que ela me amava! Mas quando a gente ficou eu nem tinha pensado em nada, só nela.

Eu vou surtar, se a Sakura me odiar vou sofrer bastante por essa burrice que cometi.

Tudo culpa do Naruto.

Tá. Ok. Eu mereço todo o ódio que a Sakura vai sentir de mim.

Eu mereço qualquer coisa ruim que acontecer comigo. Eu sou a pior pessoa que já existiu na face da terra, eu me odeio por isso.

Se a Sakura sofrer por minha culpa, nunca vou me perdoar.

— Naruto — falei cabisbaixo.

— Droga Sasuke, por que você fez isso, de onde tirou essa ideia maluca?

— De você.

— O quê? Eu nunca disse isso, não me mete nos seus rolos!

Quem é o idiota que ouve ele? Eu, eu sou o idiota.

— Você disse pra mim que a Hina só se casou com você porque ela estava grávida.

— E você me ouviu dizer pra engravidar a Sakura que ela ia casar com você?

— Exatamente!

— Nem eu sou tão lerdo Sasuke. — Me levantei e comecei a sair do meu escritório — Onde você vai?

— Beber Naruto. Eu preciso pensar em como conseguir o perdão da Sakura.

— Mas ainda são oito da manhã.

— Em algum lugar já passa do meio dia. Vem logo!

Na saída não vi a rosada em lugar nenhum, depois converso com ela, agora eu necessito encher a cara.

.

.

— Por que o Itachi tá aqui? — perguntei a Naruto.

— Qual é maninho, quem é melhor conselheiro do que eu? Eu sei que você precisa de um conselho, até porque tá parecendo que foi atropelado por um ônibus — bebericou um pouco de sua tequila e se virou pra mim — Eu também sou o melhor a dar conselhos porque sou perfeito, então tudo que eu digo é de completa absoluta certeza que vai estar correto.

— Tem razão, eu não deveria ter chamado ele — o loiro se prontificou.

— Sabe irmãozinho, eu sou tão lindo que já sou conselho o suficiente. Basta me olhar — revirei os olhos com as palavras de Itachi.

— Eu descobri o melhor conselho do mundo — olhei para meu sobrinho que virava sua coca-cola goela a baixo, para depois voltar sua atenção a mim.

— Qual? — Não vejo problema algum em pedir conselhos para uma criança, até porque elas dão ótimos conselhos sem perceber.

Melhores dos que venho recebendo ultimamente, certeza que deve ser.

— Que se meu dia tá ruim, é só olhar no espelho que ele melhora.

Mas acho que isso não serve para algum filho de Itachi.

— Filho esse realmente é o melhor conselho, vou começar a praticar.

— Itachi, por que você trouxe uma criança ao bar mesmo?

— A Izumi estava trabalhando, e a mãe dela viajou — fez carinho no cabelo do menino, como se ele fosse um cachorro — Daí eu trouxe ele, porque dois cérebros pensam melhor que um. Desculpe Naruto, mas seu cérebro é menor que o de uma formiga.

— Ei — disse irritado.

— E pelo visto, se juntar o de vocês três não dá nem a metade de um — me levantei — Não me sigam.

Como minha última esperança - vulgo Eren - também não sabia dar conselho, tive que ir embora, e fui a pé, já que a chave tinha ficado com Naruto.

Sinceramente é uma boa ir andando, até porque eu posso pensar melhor no que fazer. Como sabia que era um pouco longe resolvi passar em um mercado pra comprar chocolates pra mim.

Até estranhei não ter ninguém no caixa, ele ou ela deve estar ocupado em algum lugar, sei lá. Tinha uns dois homens de onde pude ver, os ignorei e fui até minha sessão favorita. Ao me aproximar me deparei com uma mulher pegando todos os chocolates. Me aproximei o mais rápido possível, porque eu também queria comprar pra Saky. Assim que também comecei a pegar alguns chocolates a mulher me olhou como se não estivesse entendendo nada.

Até parece que eu iria deixar ela pegar todos os chocolates, né?

— Garoto, você tá bem? — A moça de cabelos ruivos é simpática.

Pensando bem, quem melhor que uma mulher pra me ajudar né?

— Na verdade, eu preciso de um conselho — ela franziu as sobrancelhas, e antes que disse algo expliquei a minha situação desde o início, enquanto ela ouvia atentamente.

— Você pode conversar com ela sobre isso. Mesmo que seja difícil, ela pode ou não te perdoar. Se eu estivesse no lugar dela, iria me sentir traída, com raiva, iria querer vingança, provavelmente iria chorar bastante por ter sido usada de tal forma — ela ficou falando e falando de todas as maneiras que possivelmente a Sakura poderia agir, e eu como um bom ouvinte, escutei tudo, até ouvir alguém chamá-la — E por fim, provavelmente nunca te perdoaria e nem iria querer ver sua cara pintada de ouro.

— Tá, e o conselho?

— Eu já disse, conversa com ela. Tem uma chance de cinco por cento dela não te odiar.

— Mais alguma coisa? — Perguntei enquanto focava nos cinco por cento.

Antes isso do que nada.

— Ah, claro — disse com um sorriso meigo, e foi inevitável não sorrir de volta — Passa o dinheiro — gritou apontando uma arma pra mim.

E como não havia percebido antes, vi algumas pessoas amarradas e outros dois caras também armados. Fiz o que ela pediu e tirei vinte reais do meu bolso.

— Passa o resto garanhão.

— Primeiro, não me chama assim, e segundo, vinte reais é muito dinheiro. Sabe o quanto de árvore morre pra fazer isso? — arqueei as sobrancelhas — Isso mesmo, muitas.

— E sabe quantos espermatozoides morreram por que você chegou primeiro? Muitos. E não queira se juntar a eles... Ou você quer?

— Calma, eu ainda tenho um casamento pra participar, e só tenho isso aí mesmo. Foi mal.

— Eu vou te perdoar, mas só porque você é muito gado!

Ela e os outros saíram às pressas assim que a sirene da polícia tocou.

Passei muito tempo na delegacia dando meu depoimento, então decidi ir pra minha casa mesmo e descansar, depois de ter enviado uma mensagem para Izumi, dizendo que não voltaria.