18- 𝙀𝙪 𝙩𝙖𝙢𝙗𝙚𝙢 𝙩𝙚 𝙖𝙢𝙤

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Saí do cômodo com dificuldade, pois eu não queria deixá-la

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Saí do cômodo com dificuldade, pois eu não queria deixá-la. Sofri muito nas mãos de meu pai, e eu não queria que Soyeon passasse pelo mesmo. Com uma dor enorme no coração, saí do lugar, esbarrando em dois homens no corredor, que provavelmente Soso havia os atacado antes de me resgatar, pois eles estavam desmaiados, com a cabeça sangrando.

Desviei meu olhar dos capangas e continuei a andar por aquele corredor extenso, que parecia não acabar. Ao subir, andei pela casa a procurar das meninas, até ouvir algumas vozes soarem ao longe, me chamando. Me deixei levar pelos sons, e finalmente as encontrei.

-Unnie! -Gritei abraçando Minnie. -A Soyeon...ela.... -Solucei, sentindo um bolo se formando na minha garganta.

-Calma, respira. -Retribuiu o abraço. -Nós estamos aqui... -Sussurrava tentando me tranquilizar.

-Yuqi! -Shuhua, Miyeon e Soojin gritaram em uníssono, adentrando a sala da casa.

-Me desculpa... -Solucei contra o peito da tailandesa. -É tudo culpa minha... -Choraminguei.

-Não fala assim... -Miyeon afagou meus cabelos. -A culpa não é sua.

-A culpa é do canalha do seu pai! -Proferiu Shuhua furiosa recendo um olhar de reprovação de Soojin, como se dissesse: "Agora não é hora!".

-Onde está a Soyeon, Yuqi? -Perguntou Soojin preocupada.

-Com o meu pai... -Olhei para elas. -Ele ia me matar, mas ela ficou no meu lugar.

-O que?! -Esbravejou assustada. -Nós precisamos ir até lá!

-Minnie-ah, isso não é seguro. Ele está armado, não podemos simplesmente invadir. -Disse Miyeon.

-Nós não podemos ficar paradas! -Esbravejou Soojin. -Vai que aquele louco faz algo com a nossa amiga? -As meninas passaram um tempo decidindo o que fazer. Entretanto, no final, a emoção falou mais alto do que a razão, e nós descemos, para tirar Soyeon dali.

Eu estava muito nervosa, pois apesar de ter saído por pouco tempo, aquele era tempo suficiente para meu pai fazer algo contra ela. Corri para chegar no cômodo o mais rápido possível, e quando já estávamos no corredor ouvimos um disparo.

-Soyeon! -Gritei.

Meu coração acelerou. Larguei o vidro que pegara para me proteger e o deixei cair em algum canto daquele corredor. Eu só me importava com uma coisa: Soyeon.

-Soyeon! Soyeon! -Ela estava sentada no chão, com uma expressão de susto. Me agachei frente à ela e a fiz me encarar. -Soso, você está bem? O que aconteceu? Ele te feriu? Soyeon me responde! -Gritei a última frase fazendo ela finalmente sair do transe. Ela olhou para baixo e eu percorri o mesmo caminho que seus olhos, me deparando com a arma que ela segurava.

Olhei para o outro lado de cômodo e vi meu pai deitado no chão, coberto por uma poça de sangue a sua volta.

-Soso...o que você...?

Yuqi olhava para seu pai desacreditada

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Yuqi olhava para seu pai desacreditada. Merda! O que eu fui fazer?

-Gatinha, me desculpa... -Segurei em sua blusa. Ela continuava assustada, tanto quanto eu. Não era a minha intenção mata-lo, eu só queria conversar, mas as coisas acabaram saindo do controle.

Ela se movimentou e caminhou até ele. Tentei impedi-la de ir, mas ela se desvencilhou do meu toque. Minnie e Soojin vieram até à mim, me ajudar, enquanto Shuhua e Miyeon ficaram com a híbrida.

-Está tudo bem, Soyeon. -Dizia Soojin. -Ela vai te entender.

-Você fez o que achou que deveria fazer. -Comentou a outra.

Eu queria prestar atenção nelas, mas meu foco estava em Yuqi, que chorava no colo de Miyeon. Minha vontade era de ir até ela, lhe abraçar, mas como? Como fazer isso quando fui eu mesma que provoquei aquela situação? Como fazer isso quando eu mesma matei a pessoa que Yuqi mais amava? Me doía vê-la daquele jeito, chorando, soluçando alto. Eu deveria ter me matado, ao invés do contrário.

Apesar do abalo emocional de todas as garotas, elas resolveram sair o mais rápido possível dali

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Apesar do abalo emocional de todas as garotas, elas resolveram sair o mais rápido possível dali. Com dificuldade, a mais velha e a mais nova do grupo retiraram Yuqi dali e levaram até o carro de Minnie, para dar de partida no veículo. O caminho até a casa de Soyeon foi silencioso, todas tentavam processar o que tivera acontecido naquela noite. A hibrida ainda chorava baixinho no colo de Shuhua, que tentava acalmar a garota que se tremia. Ao chegarem em casa, a ruiva correu para o quarto e se trancou lá, enquanto as outras ficaram conversando na sala.

-Eu não sei o que deu em mim... -Dizia com nervosismo. -Eu só reagi sem pensar... Agora ela vai ficar chateada comigo... -Passou as mãos nos fios loiros.

-Você não deveria se preocupar tanto. -Disse Soojin. -Sim, o que fez foi errado, mas foi para se defender, e principalmente defender Yuqi.

-Ela tem razão. Você foi muito corajosa em ficar no lugar dela, sabe-se lá o que aquele babaca poderia ter feito. -Comentou Minnie.

-Eu só espero que ela me entenda. -Suspirou.

-Ela vai. Acredite, aquela garota gosta mais de você do que tu imagina. -Olhou com um sorriso sacana para Miyeon, que sabia exatamente do que ela estava falando.

As cinco passaram mais um tempo conversando até que decidiram que era hora de voltar para suas casas. Após se despedir, Soyeon foi até seu quarto e reparou que a porta não estava mais trancada. Tomou coragem e adentrou o cômodo com cautela, reparando que Yuqi dormia suavemente em sua cama. Após ficar admirando a garota, decidiu tomar um banho, e depois de feito, se deitou ao lado da hibrida. Inesperadamente, Soyeon sentiu a outra se remexer na cama, e logo viu os braços gentis lhe envolvendo num abraço, por trás.

-Yuqi...eu... -Quebrou o silencio pensando no que falar.

-A Yuqi não quer falar disso agora. -Apertou a coreana com mais força, não querendo a deixar escapar. A loira mudou suas posições e ajeitou a pequena em seu colo.

-Sei que não te respondi mais cedo mas... -Respirou fundo, tomando coragem para falar. -Eu também te amo.

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