Capítulo 17

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As mãos de Lena balançaram mais uma vez, mas ela não deixou que isso a impedisse de deixá-las vaguear sobre o corpo de Kara. Alex tinha curado cada corte, porém, não parecia como se fosse o suficiente. Lena tinha que ter certeza que sua companheira estava bem. Sentaram-se em seu quarto, Kara no final da cama com Lena ajoelhado em frente a ela. Emma e Sarah tinham ido e tendo a certeza de que Kara estava segura, mas Lena não estava totalmente pronta para aceitar isso.
Kara deixou-o tocá-la e abraçá-la. Ela não falou, mas sim manteve os olhos sobre ele,
como se fosse à única que precisava acalmá-lo, em vez do contrário.
Isso só o enfureceu ainda mais.
Seu lobo ritmou, precisando de sangue ao invés de calma. Elas não tinham terminado a sua caça e não tinham encontrado Lex e o feito pagar pelo que tinha feito para Kara. Shannon estava lá fora também. Lena poderia ter cortado a ligação para que Shannon estivesse na dor e sozinha, sem qualquer ajuda ou assistência, mas não era o suficiente. Ela precisava vê-la morrer pelo que ela tinha feito.
A mais velha tinha arruinado tantas vidas, e foi culpa dela. Ela tinha sido forçado a mantê-la como parte do bando por causa de sua posição. Ela nunca tinha feito tecnicamente nada que motivou a ser expulsa ou executada. Por causa disso, ela tinha sido capaz de tecer a sua teia de mentiras por muito tempo.
Nunca mais.
Kara segurou seu rosto, e Lena finalmente olhou em seus olhos, em vez das feridas que haviam sido curadas.
_ Lena, minha loba, por favor, respire.

Lena respirou fundo, seu lobo mais no controle do que deveria ter estado. Ela soltou um grunhido, mas Kara não recuou. Em vez disso, ela deslizou a mão no peito e estômago até a
borda de sua camisa. Quando ela tocou a pele, Lena respirou fundo, mas se acalmou um pouco. Pele-a-pele, ela poderia pensar novamente.
_ Você não pode se machucar de novo. – Lena rosnou.
Kara balançou a cabeça.

_ Eu poderia me machucar novamente, Lena. – Seu peito retumbou, e suas unhas se apareceram. – Nosso mundo está à beira de algo, sabemos disso. Lex e Shannon ainda não terminaram. Eu não vou sentar e deixar as pessoas morrerem por mim.
Lena apertou o queixo.

_ Eu não posso te perder. Você não entende isso? Você não deveria ser minha. Eu sou, e sempre serei, muito perigosa para você, mas sou egoísta e te quero de qualquer maneira. Agora que te tenho, você não pode me deixar. Eu não vou deixar você ir, e isso inclui se machucar, porque os outros querem levá-la para longe de mim.
As lágrimas encheram seus olhos, e ela se inclinou para frente, forçando-a a liberar o queixo, e apertou seus lábios suavemente contra seu peito.

_ Estou aqui. Não vou a lugar nenhum.
Lena soltou um suspiro, em seguida, a puxou para perto, necessitava de Kara mais do que ela jamais pensou que iria precisar de alguém. Ela beijou o topo de sua cabeça, passando as mãos pelo corpo dela mais uma vez, apenas no caso de que tinha perdido alguma coisa nas primeiras quatro vezes que tinha feito isso.
Seu lobo empurrou para ela, querendo mais pele. Ela deslizou as mãos para cima de sua camisa, o calor de seu corpo acalmando-a, no entanto, ao mesmo tempo, empurrando-a mais perto da borda.
_ Você não pode me deixar. – Lena murmurou.
_ Nós não deixaremos que os outros machuquem o nosso bando, Lena.

_ O bando é parte de mim. – Disse Lena honestamente. – Mas eles não são você. – Lena se
afastou para que ela pudesse ver a verdade em seus olhos. – Você não deveria importar tanto. Você devia acalmar os laços dentro do bando. Você não deveria ser o meu coração. – Kara piscou para ela, com lágrimas nos olhos. – Eu fiquei longe por tanto tempo, porque não achava que eu era boa o suficiente, forte o suficiente para ser sua companheira.
Lena resmungou.

_ Você estava errada. Eu estava errada. Você é mais forte do que qualquer lobo que já conheci.
Ela balançou a cabeça.

_ Eu não iria tão longe.
_ Eu vou. É preciso força de caráter, a força do seu coração para governar um bando ao meu lado, sem o desejo de dominar. Isso é o que te faz forte. Isso é o que faz você ser minha, lobinha.
_ Eu sabia que você viria me encontrar. Tentei fugir por mim mesma, e quando não podia, fiz o meu melhor para manter a calma e encontrar outra saída. Não importa o que, porém, eu sabia que você viria. – Ela engoliu em seco. – Quando acasalei a você, pensei que estaria sempre do lado de fora olhando pra dentro. Eu nunca pensei que iria confiar em alguém tão completamente. Eu confio em você, Lena. Com tudo o que sou.
Beijou-a, em seguida, uma escova doce de lábios para não assustá-la.

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