Companheiras destinadas

Capítulo 15

_ São os jantares Denvers sempre tão altos? – Nia perguntou quando se inclinou para Kara. A Ômega da Matilha Talon era uma das irmãs que ela não conhecia bem, mas estava tentando. Ela também passou a estar sentada ao lado dela durante seu primeiro jantar de família Luthor.
_ Mais altos. – Ela respondeu de volta. – Eles costumavam ser na casa dos meus avós, e quando todo mundo começou a ter bebês, eles apenas acrescentaram mais espaço ao redor da mesa. – Ela fez uma pausa, essa dor familiar perfurando seu coração. – Então, quando David e Mary Margaret se tornaram o casal Alpha, jantares começaram a ser em sua casa. Há sete irmãos e mais seus numerosos filhos. E depois, claro, os executores e outros às vezes visitavam. Nunca é silencioso.
Os olhos de Nia estreitaram por um momento, e essa dor que ela sentiu antes aliciou lentamente. Ela colocou a mão em seu braço e sacudiu a cabeça.
_ Você não precisa tirar isso. Estou acostumada com essa dor agora. É parte de quem eu
sou.
_ Às vezes eu nem sequer percebo que faço. – Ela respondeu honestamente. Como a Ômega, ela não siria capaz de sentir que alguém estava com dor, sem ajudar, mas Kara não queria que ela ficasse sobrecarregada também.
_ Você só esteve nisso por 30 anos, certo? – Perguntou ela. Só poderia ter soado sarcástico a um ser humano, mas era diferente para os lobos.
_ Sim. – Respondeu Nia. – Todos nós entramos em nossos poderes, ao mesmo tempo e
relativamente tarde na vida. Os outros não queriam desistir... Do dever.
Isso fazia sentido. A hierarquia geralmente passava à geração, as crianças próximas da Alfa e às vezes alguns de fora. Uma vez que ambas as partes estavam prontas. A menos que, como no caso dos Redwoods, a morte mudasse o jogo. No caso dos Talons, os anteriores foram muito egoístas, para permitir que o bando crescesse saudável.
_ Bem, vocês todos têm experiência agora de qualquer maneira. – Disse ela, tentando aliviar o constrangimento.
Nia lhe deu um pequeno sorriso antes de cair de seu rosto. Ela cresceu em torno de um Ômega que tinha estado através do inferno e de volta, pelo que ela entendeu a dor da carga de Nia, que tornou difícil para ela querer estar perto de outras pessoas. Kara não iria empurrá-la, desde que não parecia que precisava de um empurrão.
A mão de Lena deu a volta na parte de trás de seu pescoço, e seu lobo se animou. Lena manteve a sua atenção sobre Helena, enquanto as duas se falavam, mas o simples fato de que ela não podia evitar tocá-la fez seu coração inchar.
Cada um dos Luthor tinha seus segredos, e um dia Kara esperava que eles se sentissem confortáveis o suficiente com ela para compartilhá-los. Ou pelo menos alguns deles. Afinal, ela não precisava saber tudo. Só queria se sentir como se fosse parte da família.
Ela estava chegando lá, pelo menos. Logo todo mundo estava indo embora, e se viu do lado
de fora na porta conversando com Alex. Lena tinha ido para o lugar de Helena com
Regina, para discutir algo sobre a caça em curso a Leo. Ela sabia que os tenentes estavam ao
seu redor, sentia sua presença, pelo que ela não estava realmente sozinha.
Alex poderia ter sido um dos mais jovens desde que era um dos trigêmeos, mas como com Nia, responsabilidades de Alex a fizeram parecer muito mais velha. Embora tenha havido uma inocência ímpar em torno de Nia, que ela não poderia colocar o dedo, Alex parecia que manteve seus segredos perto de seu coração.
A Curandeira olhou por cima do ombro e baixou a voz.

_ Eu tenho sido negligente em meus deveres, Kara.
Ela inclinou a cabeça.

_ O que você quer dizer?

_ Eu nunca perguntei se precisava de alguma forma de controle de natalidade, uma vez que mudamos.

Alex não corou ou soou envergonhada, mas ela podia dizer a partir de seu lobo, que este não era um tema confortável para ela. Muito provavelmente porque sua irmã, sua Alfa, sua companheira estava próxima.
Ela mordeu o lábio e balançou a cabeça.

_ Eu... Eu não estou em nada, e nós não falamos sobre isso. – Estúpida, ela sabia. Não era como se elas poderiam obter doenças, e não tinham usado preservativo porque, em primeiro lugar, elas precisavam da conexão, e agora...
Bem, ela não queria.