Companheiras destinadas

Capítulo 12

Kara não era a melhor padeira do mundo, em sua opinião, esse título era de sua mãe. No entanto, uma vez que ela estava nervosa sobre a próxima reunião e ainda não teve permissão para se aventurar na cova sem um guarda, decidiu que assando biscoitos seria apenas uma distração. Esperemos que, depois de hoje, ela iria se sentir um pouco mais segura em
sua própria pele, quando se tratava de seu novo bando, mas não colocaria muito para isso.
Na verdade, não era ela, tanto quanto os outros em sua vida. Lena e suas irmãs não eram boas, em deixar que os outros tenham o controle. Isso significava que, a menos que alguém a estivesse olhando para mantê-la segura, elas não seriam capazes de se concentrar na tarefa em mãos. Esse fardo estava sobre elas, mas desde que Kara estava tentando encontrar seu lugar, deixou-as continuar com a superproteção.
Por enquanto.
Isso mudaria.
Em breve.
O problema com acasalar a alguém muito mais dominante do que ela, e que não era do mesmo bando, era a questão de que Lena poderia governar bem em cima dela sem querer. Lena era tão forte que... Que não seria capaz de ajudá-la, se ela fizesse algo de proteção que acabasse prejudicando seu lobo. Estava em sua natureza cuidar dela de maneira que, por vezes, colocar limites até onde ela precisava se movimentar. Talvez ela estivesse errada em deixá-la ter o controle no início, mas não tinha tido outra escolha. Lena não era o lobo dominante de costume, trazendo com ela uma enorme diferença entre elas em termos de força. Ela também era a Alfa, e ela teve que levar em conta as necessidades de seu bando também. Que, afinal, era por isso que elas tinham acasalado em primeiro lugar.
O bando precisava de uma companheira para a Alfa, e ela deu um passo para cima.

Agora, porém, ela precisava realmente intensificar e ser a companheira. Seu vínculo estava lá, podia senti-lo, mas isso era apenas uma parte. O bando acabaria por ser capaz de sentir o vínculo, não como ela podia sentir Lena, mas de uma maneira diferente. Eles seriam capazes de sentir uma camada extra de proteção e fundamento, porque agora tinham dois lobos na camada superior. Ela havia sentido com David e Mary Margaret, e um dia, ela esperava que seu novo bando fosse capaz de senti-la com ela e Lena.
Antes de fazer isso, porém, eles precisavam aceitá-la como a segunda fêmea Alfa.
Lena, pensou, estava apenas começando a ver a necessidade de que ela fosse sua própria pessoa dentro do bando. Tinha estado tão presa certificando-se de que ninguém a machucasse quando a trouxe que não tinha pensado sobre a carga emocional. Hoje ela iria levá-la para a parte dos maternais da cova onde ela seria capaz de falar com eles em particular. Ela não podia esperar para conhecer as mulheres que ajudaram levantar o futuro do bando. Ela, especialmente, não podia esperar para ver os filhotes. Fazia muito tempo desde que teve um lobo bebê adorável em seus braços.
Corou, pensando no que ela e os filhotes de Lena seriam semelhantes. Seriam escuros e fortes como Lena ou submissos e pálidos como ela mesma?
Ok, Kara, um passo de cada vez.
Ela empurrou esses pensamentos para o lado e dobrou o chocolate em sua massa. Ela já tinha feito alguns lotes de biscoitos de manteiga de amendoim, e agora estava fazendo farinha de aveia com gotas de chocolate. Ela não sabia que não tinha sido uma das questões que tinham jogado algumas noites – qual era o favorito de Lena antes, mas esperava que ele gostasse de um destes. Ela estava fazendo o suficiente para levar com ela para os maternais e também mantendo alguns ao redor da casa para os Luthor. As irmãs pareciam comer fora de casa em casa.
Ela chamou-as de irmãs, ao invés de irmãs e primas, considerando que Helena e Max eram tão arraigadas na família, que não foram tratadas de forma diferente do que as outras. Ela gostava da proximidade que tinham e as piadas que ela esperava um dia ser totalmente parte. A lembrava de seus tios e primos.
Lágrimas picaram nas costas de seus olhos, e piscou-as fora. Embora fizesse vídeo conferência com a família diariamente, ainda era difícil não poder estar com eles fisicamente todos os dias. Ela especialmente sentiu falta de Emma, desde que viveu com ela por mais de uma década. Sua prima era sua melhor amiga, e esperava que um dia ela fosse capaz de vir para uma visita. Ela não tinha certeza de que seria fácil, porém, porque Emma era a herdeira. Não importava que os Talons e Redwoods eram amigos. Às vezes lobos precisavam manter este espaço de forma que a agressão não sairia da mão. Eles não eram humanos, afinal.
_ O que está errado? – Perguntou Lena.
Kara pulou de um pé e deixou cair a tigela. Lena conseguiu pegá-la antes de bater no chão, seus reflexos rápidos estranhamente fazendo-a quente. Tudo sobre esta mulher, aparentemente, a excitava. Lena colocou a tigela no balcão, em seguida, colocou um buquê de
flores selvagens ao lado disso antes de segurar seu rosto.
Seus polegares escovaram debaixo de seus olhos, enxugando as lágrimas que ela não tinha a intenção de deixar cair.
_ Por que você está chorando, lobinha? O que aconteceu? Quem eu preciso machucar?
Ela fechou os olhos e soltou uma risada baixa. Havia tanta coisa de errado com o que Lena tinha acabado de dizer, no entanto, a mulher nela apreciava-a. Ela era tão malditamente protetora.
_ Nada está errado. – Disse ela quando abriu os olhos. Seu olhar verde brilhante estudou-a sem pestanejar, e ela colocou as mãos sobre o peito.