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O motorista tinha me deixando em frente ao colégio, suspirei ajeitando meu cabelo com a tiara que pus nele e adentrei o colégio, cumprimentando as pessoas que falavam comigo.
Meus pais sempre quiseram que eu tivesse uma educação boa, mesmo não ligando muito para mim, ou para o que eu fazia. Então, sempre que podiam, me botaram em aulas de inglês, piano e muitas outras. Eu tinha 17 anos e sabia fazer muitas coisas.
E com essas aulas, minhas notas no colégio sempre foram muito boa, mas sempre ficava em segundo lugar, e isso me fez vice-presidente de classe.
Ao contrário do que os alunos diziam, eu e Nam-ra nos dávamos muito bem, sempre apoiávamos uma a outra e ela era uma das únicas que eu chamava de amiga, amiga de verdade.
Acho que nos entendíamos por causa dos nossos pais.
Estava passando pelo campo quando vi o grupo dos bagunceiros passando por mim com dois alunos — alunos que pareciam com medo.
Me virei e comecei a segui-los, percebi que íamos para a nova construção que estava sendo feita. Parei no tério ouvindo passos atrás de mim e me virei com o punho levantado.
— Sou eu, calma aí! — O reconheci na hora, era Suhyeok, da minha sala.
— O que faz aqui? — Abaixei minha mão.
— Vi você vindo pra cá e resolvi te seguir. — Disse e olhou pelo meu ombro.
— Não faça nada que eu não faria! — Voltei a andar e primeiro vi a menina, ela estava no chão com as mãos cobrindo seu corpo. Corri até ela tirando meu cardigan e passei pelo seu ombro.
Ela encostou sua cabeça em meu ombro e começou a chorar. Finalmente levantei o olhar, e vi o outro aluno que tinha vindo pra cá com o celular na mão nos gravando.
— Ei, pare de filmar! — Olhei pra ele e vi seu medo quando eu falei.
Meu olhar encontrou Suhyeok e ele estava enfrentando os meninos. Ajudei a levantar a menina e comecei a sair.
— Onde pensa que vai? — Um menino disse e pegou no meu braço, me fazendo parar.
— Não toque nela! — Suhyeok falou tirando o braço do menino do meu.
— Vou para um lugar bem longe de você e do seu grupo de lacaios idiotas. — Dei um sorriso para ele, aproveitei e chamei pelo menino que tinha parado de gravar a gente.
— Quer viver assim pra sempre? — Reconheci a voz daquele idiota, era o Gwi-nam.
— Não ligue pra ele. Vamos embora daqui. — Peguei no braço do garoto e nós quatro começamos a sair.
— Soo-min, você ficou mais gostosa. — Ouço Gwi-nam dizer e parei de andar, percebi que Suhyeok apertou suas mãos. — Quer que eu monstra pra sua mãe, Eun-ji? Sabe que eu tenho o Facebook dela. — O tom de voz dele me deu raiva.
