500 ANOS À FRENTE

26 1 0
                                    


Aqui estou eu com novo capítulo, esperando de coração que vocês gostem, pois escrevi com muito carinho.

Aproveitem a leitura!
# os personagens não me pertencem e sim a Rumiko Takahashi.
# as imagens não são de minha autoria.


Capítulo 4 - 500 anos à frente





Um cheiro forte me fez acordar, algo parecido com saquê que o mestre de Miroku, o velho Mushin, sempre estava bebendo quando o visitávamos no templo. Mas este cheiro era mais forte e fez meu nariz arder, me afastei ainda sonolento e como todos os dias a realidade me atingiu. À minha frente, deitada naquela cama estava Kagome, parecia estar dormindo tranquilamente, mas nunca em minha vida eu desejei tanto que ela acordasse e eu pudesse novamente me olhar e sorrir para mim.

Peguei em sua mão sentindo como estava fria, seus batimentos cardíacos estavam fracos, mas num ritmo constante e isso me tranquilizava, havia também aquele som insuportável, como um bip insistente, olhei em seus braços e lá estavam, aquele monte de fios em seus braços, nariz, coisas espetadas em suas mãos que me deixavam com o coração apertado, eu não aguentava mais vê-la desse jeito.

– Kagome... acorde, estou te esperando aqui meu amor – Sussurrei não conseguindo segurar mais segurar minhas lágrimas. A emoção era muito forte e me fez recordar de quando cheguei aqui com ela em meus braços...


✺✺✺


Enquanto pulava no poço senti uma vibração intensa, olhei para baixo e avistei o céu da era de Kagome, eu estava certo, o poço funcionou! Assim que cheguei do outro lado reconheci os sons e cheiros de quando viajava para cá, então rapidamente, em alguns pulos, estava na porta da entrada da casa da mãe dela, que se abriu como se pressentisse algo, ela me encarou com os olhos arregalados desviando para Kagome em meus braços.

– Minha filha... – Disse com os lábios trêmulos.

– Ela precisa de hospital, e rápido, por favor me ajude! – Pedi praticamente implorando.

Depois disso a vi pegar um aparelho que chamam de "celular", enquanto eu entrava com Kagome ainda em meus braços. Podia senti-la fria e seus batimentos estavam fracos.

Rapidamente chegou algo parecido com uma carroça, mas que não precisava de animais, Kagome já tinha me explicado que aquilo era chamado de "carro", mas esse era uma "ambulância", assim a mãe dela me explicou, um carro muito maior que fazia um barulho terrivelmente irritante.

A senhora Higurashi me pediu para deixar eles levarem ela, porque eu não conseguia deixar que a tirassem de meus braços, mas seu olhar suplicante me convenceu. Enquanto eles a colocavam em uma cama com rodas, a mãe de Kagome me ofereceu um boné, parecido com o que eu usava quando vinha visitá-la na escola ou precisava andar pelos lugares da era dela. Eu queria muito entrar naquele carro com luzes barulhentas junto com Kagome, mas a mãe dela disse que iríamos em outro carro, ela disse ser um "táxi".

Chegamos no tal hospital, era uma casa muito grande e branca com muitos cheiros ruins, era um lugar desolador, ouvia muitos gemidos e pessoas chorando. Lá descobrimos que Kagome estava em "cirurgia", a mãe dela também me explicou que isso significava que estavam tentando curá-la.

Ficamos então sentados em um banco e algum tempo depois chegou Souta e seu avô, todos me olhavam angustiados, respirei fundo e então contei tudo o que tinha acontecido até o momento que pulei o poço.

Se lembre novamente...Onde histórias criam vida. Descubra agora