Taeyong
Já haviam se passado 30 minutos desde que saí da sala do Jaehyun, eu estava sentado na minha mesa sem tirar os olhos das persianas fechadas, o que será que estava acontecendo ali?
— Taeyong, ele vai ficar bem, não é como se Jaehyun não tivesse passado por coisa pior. — Sana disse me trazendo uma xícara de chá de camomila.
Eu apenas assenti com a cabeça, mas meu coração estava apertado, ele ficaria bem? Ele realmente ficaria bem? As palavras daquele homem tinham sido brutas demais e eu nunca vi o Jaehyun perder a compostura igual naquele momento.
Eu tomei um gole do chá e me levantei, eu não conseguiria ficar ali parado, ele poderia me mandar embora, eu não ligava, ele tinha ouvido aquelas palavras por minha culpa, eu queria dançar valsa, se eu não tivesse insistido essa foto nem existiria.
Caminhei até a sala e abri a porta lentamente entrando no local, várias coisas quebradas estavam espalhadas pelo chão e no canto perto da janela Jaehyun estava jogado com a cabeça baixa, eu pude perceber lágrimas caindo do seu rosto.
Nem ele sendo o satan deveria sofrer assim.
Eu me aproximei silenciosamente para que ele não percebesse minha aproximação, mas pelo que pude ver, ele estava perdido em pensamentos dentro de sua cabeça que não veria nada do que estava ao seu redor.
— Eu só seria feliz se você estivesse aqui. — ele disse e eu sabia que estava falando de Kihyun.
— Porque você não tá aqui? Porque ? — Seus olhos pressionaram e então um soluço alto soou, sem mais cuidado eu corri para ele e me joguei no chão ao seu lado o puxando para mim, eu não conseguiria suportar ver ele assim.
— Jaehyun... está tudo bem, vai ficar tudo bem, desabafe, deixe tudo sair. — Ele abriu os olhos e em algum momento eu achei que ele iria protestar, mas ele apenas se deixou vir e se acomodou no meu peito.
Um calor passou pelo meu peito e mais uma vez naquela semana, era como se eu tivesse segurando meu mundo todo nos braços, eu estava perdidamente apaixonado pelo meu chefe, mas ele não me pertencia e nunca iria pertencer.
Eu comecei a cantarolar uma música que minha mãe cantava quando era menor.
"Eu não quero me envolver com o que é certo e errado, a flor do meu coração murcha e não pode voltar..."
— Essa música é bonita, qual o nome dela? — ele perguntou com a voz sonolenta.
— Seu nome é Unsullied — Eu falei, mas percebi que ele tinha caído num sono profundo, eu continuei cantando a música baixo.
As horas se passaram e a respiração de Jaehyun já tinha se acalmado, eu continuava na mesma posição, meus quadris já estavam doendo e não era de um jeito bom, mas eu não iria me mexer até ele acordar.
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O diabo veste Prada e tem olhos lindos º Jaeyong
Fiksi PenggemarJunte Lee Taeyong, um estudante de jornalismo, uma vaga de trabalho em uma famosa revista de moda, um diretor demoníaco chamado Jung Jaehyun, muitas montanhas russas emocionais e encontre um romance no mundo da moda, afinal Paris é a capital do amor...