A soldadinha preferida do Levi

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Percebi que a S/n estranhou o meu comportamento.

- É incomum alguém fazer isso com você? – Perguntei sério.

S/n: - Não que seja incomum, mas é que veio de você capitão. – Ela respondeu ainda caindo um pouco das lágrimas e senti ela aos poucos, me abraçando, parece um pouco receosa com isso. – E-E geralmente você não faz isso. – Ela disse soluçando um pouco.

- Eu sei que não.

Um silencio ficou entre nós por alguns segundos.

- Não conte isso para ninguém, é uma ordem. – Falei sério.

S/n: - Porque fez isso? – Ela perguntou enquanto ainda a abraço.

- Simplesmente achei que deveria. – Respondi sério e a soltei.

S/n: - Obrigada. – Ela disse e passou a mão nos olhos, secando as lágrimas. – Acho que eu precisava de um abraço. – Ela fungou e respirou fundo.

- Eu sei.

S/N

Realmente, foi estranha a reação do capitão, ele sempre é seco, direto, grosso...

Ele deve ter me puxado pra esse lugar vazio para ninguém ver o que ele fez, eu tentei entender.

Levi: - S/n, irei falar com os seus pais e explicar o que aconteceu.

- Tudo bem. – Falei um pouco cabisbaixa ainda. – Mas eu explico para eles que foi responsabilidade minha isso ter acontecido. – Olhei para ele. – Obrigada por fazer isso por mim.

Levi: - Não agradeça. Porque eu não fiz isso por obrigação.

- Sim, imagino que não. – Respondi, e também, acho que nem que o Comandante Erwin mandasse, ele abraçaria alguém se não quisesse. – Com licencia.

Levi: - Ei. – Ele segurou o meu braço. – Me diga onde mora os seus pais, que eu irei avisar agora. – Ele disse com o olhar sério.

Falei o endereço.

- Certo, agora eu realmente tenho que ir capitão. – Falei um pouco tensa, mas tentando manter a postura.

Levi: - Eu sei, vá.

Saí um pouco apressada de lá por dois motivos: tenho que ver como o meu irmão está, e porque esse momento com o capitão foi um tanto constrangedor.

Fui para o local que tratam os soldados feridos e vi o meu irmão e alguns dos soldados que eu trabalhei.

Jean: - Capitã! – Ele me chamou e foi até mim.

- Jean, onde está o Saymon? – Perguntei um pouco séria, mas também preocupada com o meu irmão.

Jean: - Ele está aqui, me siga.

- Claro.

Segui ele até uma maca e vi o meu irmão completamente machucado, ele está desacordado e com muitos curativos e costuras no corpo.

- ... Saymon? – O chamei, talvez ele consiga me escutar. – Você... pode me ouvir? – Me abaixei até ele. – Me desculpa, eu... não consegui proteger você, e nem a Bella. – Abaixei a cabeça e segurei na mão dele, que está sei um dos dedos e está toda cortada. – Eu não vou pedir desculpas. – Senti uma lágrima no meu olho esquerdo cair. – Porque eu sei que eu não mereço o seu perdão...

Escutei ele gemer de dor e levantei a cabeça devagar.

Jean: - Ele está muito ferido, acho que a Sasha falou para você. – Ele coçou o cabelo. – Mas está vivo, só precisa descansar.

Imagine Levi Ackerman - Uma Brecha De LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora