Centuries

Capítulo 2: Juramentos

Já era mais de meio-dia quando os meninos resolveram acordar, se espreguiçando sincronizadamente em suas camas enquanto Peter já estava pronto, parado ao pé da cama enquanto amarrava a bainha da adaga em sua roupa. Eles rapidamente se arrumaram e se colocaram ao redor do "pai", que os olhou sério ao se virar. Felix e Devin já sabiam o que estava por vir, mas o olhar de Peter os deixavam arrepiados de qualquer maneira.

— Escutem, rapazes! Fomos enganados pelo Capitão Gancho! Não foi um mapa do tesouro que encontramos, era um desenho com uma data distante! - ouviu-se uma onda de suspiros tristes e os rapazes voltaram às suas camas, deitando-se novamente.

— Porém! - começou Felix, atraindo a atenção dos outros.  — O desenho era de uma garota, mais bela do que a Wendy, mais valente! Ela segurava uma espada manchada com o sangue de seus inimigos! Essa garota, cujo nome é Hanna, tem tudo e muito mais para ser nossa nova mãe! O que acham?

— Felix, o que quer dizer com isso?

— Pai, já fazem anos que não busca Wendy em Londres, ela com certeza já é adulta agora e tem os próprios filhos, precisamos de uma nova mãe para cuidar da gente enquanto está fora.

— Eu quero uma nova mãe. - um dos gêmeos, - que ninguém se deu a importância de lhes perguntarem ou ao menos lhes darem um nome - desceu da cama e se aproximou de Peter. — Vamos ter uma nova mãe?

— Vocês realmente querem uma substituta para a Wendy? - Peter perguntou confuso e espantado, todos os rapazes acenaram positivamente, o fazendo suspirar em resposta. — Tudo bem, eu vou procurar por ela e a trarei para ser a nova mãe de vocês.

— Você promete? - Felix arqueou uma sobrancelha enquanto perguntava, Peter bufou e o olhou sério.

— Eu juro que vou encontrá-la e ela virá morar com a gente. - os menino vibraram em emoção, Peter não pôde conter um riso com tal cena.

— Como vamos começar as buscas? - o gêmeo perguntou e todos pararam para olhar o pai.

— No desenho tinha um local escrito. - Devin começou e os outros o olharam. — Storybrooke, Nova Inglaterra.

— O que é Storybrooke?

Storybrooke, uma cidadezinha situada no extremo nordeste da Nova Inglaterra. Um lugar calmo onde todos os habitantes são personagens de contos de fadas, presos a esse povoado por causa de uma maldição lançada pela ex-prefeita Regina Mills como vingança contra a Branca de Neve e o Príncipe Encantado.

Nessa cidade, morava Hanna, uma jovem que morava com avós paternos após o misterioso desaparecimento de seus pais. Seus cabelos longos e negros passavam a maioria do tempo presos em um rabo de cavalo em uma tentativa falha de os fazerem parar de tampar o belo rosto que muitos sabiam com quem se parecia, mas ninguém arriscava comentar ou ao menos perguntar a jovem sobre.

Hanna costumava passar o tempo livre entre a escola e o trabalho voluntário no orfanato da cidade em uma lanchonete famosa de seu bairro, conversando com a garçonete Ruby e de vez em quando ajudar a dona do estabelecimento quando a neta não estava por perto.

Desde o momento em que o feitiço que Regina jogara foi quebrado e todos recuperaram suas memórias, a garota continuava a não se lembrar de seus pais apenas tinha vagas lembranças de uma terra distante e um navio pirata.

 — Mas é claro que você deve ser uma pirata. - Ruby começou, enchendo a xícara da amiga com café até a borda. Hanna estava sentada no balcão acompanhada de mais duas amigas da mais velha, discutindo novamente sobre suas memórias. — Essa ilha que você tanto fala, sabe mais sobre ela?

— Eu me lembro de uma árvore. - os olhares das duas adultas ao seu lado se viraram para si, ela apenas pôde corar com a atenção, sentindo o coração acelerar e aquecer com a lembrança. — Ela era enorme e tinha um buraco do meu tamanho, sob a terra tinha uma casa com uma cama enorme para várias pessoas, uma cesta pendurada no teto e outra cama, um pouco menor do que a primeira e feita de folhas. Lembro que não ficava muito tempo por lá, só até o anoitecer, quando ouvia o barulho de galo e depois voltava para o "meu navio".