Capítulo 7: Reforços

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— Hanna, você sabe que não precisa fazer isso. - Louis se livrou das mãos de Devin e correu até a capitã. — Se sairmos da Terra do Nunca, não poderemos voltar para te ajudar. É perigoso demais para lidar com tudo sozinha.

— Eu vou ficar bem. - se aproximou do amigo, tomando cuidado para que ninguém ouvisse. — Henry ainda está no meu barco, ele está chamando por ajuda extra. Vocês precisam ir, senão ele vai machucar todos nós.

— Te vejo quando encontrar sua família? - os olhos dos piratas se encheram de lágrimas, não queriam se separar novamente, mas se era necessário para a segurança de todos, Hanna teria de se afastar novamente.

— Nos veremos quando tudo isso acabar, eu te prometo, Louis. - Devin voltou a segurar Louis e saiu acompanhado de mais outros três Meninos Perdidos que levavam o restante dos piratas para longe de sua capitã.

No navio da Jones, Henry revirava todos os cantos a procura de alguma coisa que poderia ajudá-lo a entrar em contato com sua família. Já havia conseguido mandar um pedido de socorro para a Ilha dos Perdidos por uma mensagem em uma garrafa, mas sabia que demoraria para encontrarem, assim como poderia ocorrer de a maré a levar para o lado errado.

Ele já estava perdendo as esperanças quando o convés pareceu tremer e um redemoinho se formou próximo ao barco. Correu para a borda para enxergar melhor e logo várias figuras familiares surgiram em um veículo parecido com o de Hanna, mas tinha uma estátua ao invés das espadas e as iniciais dos cinco piratas que o controlavam.

— Henry? O que pensa que está fazendo aqui? - Regina repreendia o filho, que abaixou a cabeça antes de se explicar:

— Hanna está na Terra do Nunca, os amigos dela foram capturados pelo Peter Pan. - os barcos ficaram próximos e Henry passou de um para o outro. — Ela corre perigo, Peter quer ela.

— Como conseguiu chegar aqui? - Emma abraçou o filho, estava feliz em revê-lo.

— Entrei escondido no navio quando eles partiram de Storybrooke. Mãe, temos que impedir Pan de fazer algo com a Hanna.

— Nós vamos achar um jeito de tirar ela daqui, eu te prometo.

— Então viemos para resgatar uma garota, não o seu filho? - Henry sentiu o medo se apossar de seu corpo, Capitão Gancho se aproximava acompanhado de David, que sorria para o neto.

— Hanna já passou muito tempo sozinha. Não podemos deixá-la nas mãos de Peter Pan quando ela está perto de reencontrar a família.

— Por onde começamos então? - Henry nada disse, apenas apontou para o galho onde ainda se encontrava a jaqueta de Jack, mas a adaga da pirata estava cravada no meio como forma de marcar seu território.

Hanna se sentou em um tronco de árvore caído enquanto os Meninos Perdidos rodeavam uma fogueira, cantando e dançando. Ela não entendia o motivo daquela "festa", muito menos porque estava amarrada. Peter havia enfeitiçado o colar e o colocou de volta nela, era impossível tirar e agora seus poderes recém despertados estavam escondidos novamente.

Logo o Pan apareceu acompanhado de Felix e se sentou à frente da fogueira e tirou uma flauta de dentro das suas vestes, começando a tocar uma música chamativa que a fazia querer dançar e cantar junto com os meninos ao seu redor. Contudo, ela se controlava, não queria fazer parte daquilo, estava na Terra do Nunca para encontrar pistas da sua família ou ela própria, não para se tornar uma Menina Perdida.

— A flauta é encantada, apenas crianças que se sentem rejeitadas pelos seus pais podem ouvir a música. - Felix sentou ao seu lado. O suor escorria em seu rosto e desaparecia pelo pescoço, ele estava ofegante e as bochechas estavam coradas, isso significava que ele havia corrido muito antes de chegar. — Consegue ouvir?

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